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RESPONSÁVEL MARIO ALVIM DRT/MT-1162

sexta-feira, 30 de abril de 2010

ENTREVISTA – Infraestrutura, carro chefe para o desenvolvimento


sexta-feira, 30 de abril de 2010
Cidades, ´Juína
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O setor de infraestrutura de qualquer cidade, estado e país, é primordial para todas áreas de uma sociedade. Pois com vias de qualidade, alunos chegam mais rápido às escolas, pacientes aos hospitais e toda a sociedade com mais conforto por onde queira chegar. Sem falar que, com a pavimentação de diversas ruas, diminui a poeira reduz problemas de saúde, principalmente os relacionados à respiração. Continuando com a série de entrevistas com os secretários municipais da cidade de Juína, estivemos conversando com o secretário de Infraestrutura, Rogério Veronese.

Rogério nasceu em 1974, na pequena cidade de São Jorge do Oeste, interior do Paraná e está em Juína há 30 anos. É casado, tem duas filhas, ambas nascidas em Juína. De uma família tradicional na cidade, seus familiares foram um dos primeiros a adquirirem uma propriedade no município, por meio da extinta Codemat. Um dos primeiros também a ocupar o cargo de prefeito, seu tio, Liceu Veronese, administrou a cidade entre 1989 a 1992. Rogério mora em Juína desde a infância. Graduou-se em História, em um núcleo de extensão da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Juína. Hoje é vice-presidente do diretório municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB), principal partido na coligação vitoriosa na última eleição e secretário municipal de Infraestrutura da Prefeitura de Juína.

Correio do Noroeste: Como é administrar uma secretaria tão estratégica e importante para o município?

Rogério Veronese: Minha intenção é somar com a administração, com o prefeito Altir, construir um futuro melhor para Juína, que tanto merece. Estamos há cerca de um ano e quatro meses galgando desenvolvimento do município com máxima responsabilidade do dinheiro público e trazer sempre qualidade de vida para o morador daqui. Dar mais oportunidade, conforto no ir e vir com ruas em boas condições, este é um dos nossos objetivos perante a administração.

Correio: Qual sua avaliação deste segundo de gestão?

Rogério: A administração é uma área bem diferenciada para quem nunca viveu dentro dela. Eu vim de uma instituição privada, meu pai é empresário, sempre estive com minha família nas diversas atividades econômica que desenvolveram como pecuária, agricultura e mineração, inclusive sou um pequeno minerador, ainda temos uma pequena produção mineral, totalmente legalizada com títulos do governo que autorizam a atividade. Desta forma, trouxe toda minhas experiências adquiridas na área privada para dentro da instituição pública. É um pouco conflitante, mas é um desafio em andamento. Já tivemos muitos avanços, é um ano muito propício. O primeiro ano foi um ano de ajuste das contas, da casa e de configuração da administração. Acreditamos que neste ano iremos implementar ainda mais diretrizes de desenvolvimento e qualidade de vida para sociedade juinense.



Correio: Um dos carros feches da administração é a pavimentação, como estão as previsões para este ano?

Rogério: Temos uma previsão para 2010 de 20% superior ao que foi feito em 2009, ano passado fizemos mais de 100 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica com recursos dos governos estadual, federal e também do programa de parceria com a população juinense. Este programa foi estabelecido a partir de uma idéia do Prefeito Altir, uma iniciativa muito propícia e inteligente que busca convocar a população, rua por rua, e fazer a proposta. As ruas que obtém maior número de contribuintes são atendidas primeiramente. Esta contribuição dos moradores cobre 40% dos custos das obras e os 60% restantes são custeados pela Prefeitura. Só por este programa fizemos mais de 50 mil metros quadrados e em 2010 pretendemos ultrapassar os 70 mil. Este ano temos a favor as dificuldades causadas pela crise estão cada vez menores, o que contribui para o melhor andamento dos projetos. Antes de iniciarmos as novas pavimentações, iremos terminar os meio-fios e bueiros da vias asfaltadas em 2009 e sem seguida dar sequência ao projeto.

Correio: Alguma previsão para execução do projeto de trânsito?

Rogério: O projeto foi protocolado no Detran, o governo do estado avisou que está sem recurso no momento, mas nos próximos meses voltará a analisar e teremos uma nova previsão de liberação dos recursos. Devido a esta demora por parte do Estado, estamos, paralelamente, executando algumas pinturas nas principais vias do município com recurso do próprio município. Só não foi feito antes devido ao período chuvoso.

PSDB oferece à Paulo Maluf indicação de vice para Serra


Um jantar na noite desta quarta-feira, reuniu o Deputado Federal Paulo Maluf com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra. A parte da conversa que pôde ser divulgada girou em torno do apoio da sigla de Maluf em troca da indicação do vice de José Serra.

O encontro acontece logo após Maluf sofrer condenação em primeira instância por um processo de furto de galinhas.

O escândalo conhecido como "frangogate" deveu-se a compra superfaturada de frangos para a merenda escolar da prefeitura da capital paulista, em 1996. A compra de 1,4 t de frango custou R$ 1,39 milhão ao município. A empresa fornecedora das "penosas" pertencia à sua mulher e a uma de suas filhas.

Maluf também foi incluído, no mês passado, na lista de procurados da Interpol, pela promotoria criminal de Nova York, que o acusa de "conspiração com objetivo de roubar dinheiro da cidade de São Paulo a fim de possuir fundos no Brasil, Nova York e outros lugares, e ocultar dinheiro roubado."

Por isso, Maluf obviamente declinará de candidatar-se a vice, e fala-se em Francisco Dornelles, com a benção de Maluf.

O jantar foi na casa do deputado federal Pedro Henry (PP-MT), velho conhecido de José Serra do tempo do escândalo sanguessuga, das ambulâncias, do qual é réu. Quando Serra era ministro da Saúde no governo FHC, Henry estava no PSDB.

A imprensa agora trata os dois políticos com reverência quando apoia José Serra. Até pouco tempo, Henry foi tratado como "mensaleiro", por envolver-se também no escândalo do mensalão de Roberto Jefferson, onde também é um dos réus.

Em eleições, apoios não se dispensam (contanto que as conversas girem dentro de assuntos republicanos), mas imaginem se esse jantar fosse com o lideranças do PT, o escarcéu que a imprensa demo-tucana estaria fazendo.

Pedro Hernry e Paulo Maluf tiveram experiências desagradáveis com a Polícia Federal no governo Lula. Pelo jeito contam com a certeza de que com José Serra, eles "poderiam mais".

Nas fotos, evento em Mato Grosso, em 2001, de entrega de ambulâncias, que depois descobriu-se que eram superfaturadas. Com a participação dos irmãos Vedoin, junto com o então ministro José Serra (PSDB/SP) e Pedro Henry (no PSDB/MT nesta época).

O evento também violou a lei eleitoral, ao promover pessoalmente nomes de deputados e de José Serra nas ambulâncias, que eram bens públicos.

Só é rico o país que descobre que o povo é sua maior riqueza


(Para assistir o VÍDEO é só CLIKAR no título acima)

Em pronunciamento em rede de emissoras de rádio e televisão na noite desta quinta-feira (29/4), o presidente Lula destacou o momento de retomada de emprego e trabalho que o País vive e os avanços sociais dos últimos. Lembrou ainda que este será seu último pronunciamento como presidente da República para comemorar com a população o Dia do Trabalhador, que ocorre no próximo sábado, 1º de maio, e que o atual modelo de governo está “apenas começando”.

Algo me diz, fortemente, em meu coração, que este modelo vai prosperar. Sabe por quê? Porque este modelo não me pertence: pertence a vocês, pertence ao povo brasileiro. Que saberá defendê-lo e aprofundá-lo, com trabalho honesto e decisões corretas.

Em 100 dias do Minha Casa Minha Vida, Caixa já recebeu projetos para 145 mil moradias


Nos primeiros 100 dias do Programa Minha Casa Minha Vida, a Caixa Econômica Federal já recebeu projetos para construção de 145.680 unidades habitacionais para as famílias com renda de até 10 salários mínimos. Isso representa 14,6% da meta de construir 1 milhão de moradias. Os dados foram apresentados pela presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, ao Presidente Lula e seu Ministério na segunda reunião ministerial deste ano, realizada nesta segunda-feira, na Granja do Torto.

De acordo com o balanço, a Caixa já cadastrou 763 propostas de empreendimentos, que totalizam quase R$ 9 bilhões. A maior parte dessas propostas ainda está em fase de análise, mas 134 já foram contratadas pela Caixa, o que representa financiamento para 18.687 moradias.

Dos 26 Estados, 25 mais o Distrito Federal já formalizaram a adesão ao Programa. Falta apenas o Espírito Santo, cujo governo já manifestou a intenção de aderir. Entre os municípios, já firmaram a adesão 776, o equivalente a 14% dos 5.564. Sendo que todas as 27 capitais, 97% dos 226 municípios com mais de 100 mil habitantes e 78% dos 313 municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes já estão habilitados para a parceria com o governo federal.

Nos primeiros três meses do Programa, a Caixa quintuplicou o número de empresas da construção habilitadas a operar no Programa Minha Casa Minha Vida. Até 30 de junho, eram 2.244. Depois que foi adotado um sistema simplificado de cadastramento, 9.636 novas empresas foram incluídas.

Mais de 400 mil famílias já foram cadastradas no Programa. E a média de consultas de financiamento no simulador do portal da Caixa na internet aumentou cerca de 50%, saindo de 283 mil consultas por dia, para 422 mil. Na primeira semana do programa, chegou a quase 800 mil.

Leia e escute aqui entrevista com ministro das cidades, Márcio Fortes, a respeito do programa Minha Casa Minha Vida. A entrevista e outras informações sobre o programa estão disponíveis no site do programa Minha Casa Minha Vida. Há mais informações sobre o programa no site da Caixa Econômica Federal.

Embrapa, 37 anos impulsionando o Brasil


Os 37 anos de fundação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) serão comemorados nesta quinta-feira (29/4) em cerimônia que terá a participação do presidente Lula, às 16h30, na sede da empresa em Brasília. O mais importante braço do agronegócio público nacional, a Embrapa conquistou o Brasil e tem projetos em outros países. Em conversa recente com o Blog do Planalto, o presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, destacou a importância do trabalho que vem sendo efetuado no continente africano -- ver aqui. Segundo ele, muitas culturas estão sendo implementadas em países da África que possuem condições de solo e de clima, por exemplo, parecidas com o cerrado da região Centro-Oeste.

As comemorações da Embrapa ocorrem com o evento Ciência para a vida” -- VII Exposição Tecnologia para a Agropecuária. A feira, que começou no último sábado (24/4), será encerrada no dia 1º de maio.

O Blog do Planalto traz três experiências para que o internauta possa conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelos escritórios espalhados pelo Brasil.

Na Planície de Tecnologias você vai conhecer as inovações desenvolvidas pela Embrapa e seus grandes parceiros que propiciam o desenvolvimento do nosso país e demonstram o esforço feito em benefício de todos os brasileiros.

Uma alternativa natural para o controle de pragas: menos uso de produtos químicos que contribuem para a resistência aos inseticidas, menos intoxicação de homens e animais, e menos poluição do meio ambiente. O uso de insetos como a joaninha minimiza prejuízos ambientais e econômicos.

Informações para melhorar a vida das pessoas do campo, com músicas de artistas locais, receitas, dicas, poesias, utilidade pública -- tudo isso você encontra no Prosa Rural, o programa de rádio da Embrapa.

Agenda do Presidente Lula 30/04


Reuniões com ministros no CCBB e posse das diretorias da Anfavea e Sinfavea em SP e
O ministro Celso Amorim se reúne com o presidente Lula às 9 horas desta sexta-feira (30/4), abrindo a agenda presidencial no gabinete provisório da Presidência da República no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Em seguida, Lula conversa com Cezar Alvarez, chefe de gabinete-adjunto de Agenda do Gabinete Pessoal e, às 12h30, com a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Às 13 horas, tem reunião com o ministro da Justiça Luiz Barreto.

O presidente Lula segue para São Paulo às 17 horas, com chegada prevista para 18h30 no aeroporto de Congonhas. Às 20h30 participa da solenidade de posse das diretorias da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea) no clube Atlético Monte Líbano.

Programa Mais alimentos: bom para o pequeno produtor rural, bom para os trabalhadores e fabricantes de máquinas agrícolas


Dilma Rousseff, visitou a Agrishow em Ribeirão Preto (SP) - maior Feira de equipamentos agrícolas da América latina, e foi muito saudada por populares, tendo que parar várias vezes para abraços, beijos e fotos.

Dilma subiu em um trator, e usou um chapéu de palha. Perguntou se o trator fazia parte do programa Mais Alimentos, do governo federal, que dá subsídio à compra desses equipamentos. Representantes da companhia New Holland disseram a Dilma que sim e que eles haviam sido os primeiros a vender tratores do programa por meio da internet. Ganharam elogios da pré-candidata.

Dilma aproveitou para defender o programa Mais Alimentos, uma linha de financiamente de até R$ 100 mil aos pequenos produtores rurais interessados na compra de máquinas e equipamentos agrícolas. “É preciso garantir que a cadeia inteira seja capaz de gerar emprego, renda e desenvolvimento”, disse.

25 mil pequenos produtores rurais já tiveram acesso a máquinas e tratores pelo programa Mais Alimentos, onde o agricultor tem até dez anos para pagar a compra do equipamento, com carência de três anos e juros de 2% ao ano.

Dilma também ressaltou a liderança da região de Ribeirão Preto na produção de etanol, uma das apostas do governo federal. “O etanol era um setor que nós tínhamos uma inequívoca superioridade, protagonismo e superioridade. Mais do que a nunca a importância do etanol se comprova. Sabemos que o Brasil consome mais etanol que gasolina no que se refere aos veículos leves”, defendeu.

TV Brasil começa a operar rede nacional na segunda


A TV Brasil começa a operar oficialmente na segunda-feira a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), a ser formada pelos 4 canais da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), 7 emissoras universitárias e 15 estações estaduais.


A meta é atingir 1.716 dos 5.562 municípios brasileiros (30,8%), onde moram 100 milhões de pessoas mais da metade da população do País. O acordo para criação da nova estrutura foi fechado na terça-feira.


O objetivo é que a Rede Nacional de Comunicação Pública veicule por dia programação nacional conjunta por até dez horas e meia. A nova estrutura terá três categorias de membros: os associados retransmitirão a grade conjunta na íntegra; os parceiros, de seis horas a menos de dez horas e meia; e os colaboradores, três horas.


Desde seu surgimento, em dezembro de 2007, por medida provisória, a TV Brasil elevou de 32% para 70% sua parcela nos conteúdos veiculados pelas estações públicas de televisão no País. A criação da rede é determinação da Lei 11.652/2008, que criou a EBC.


"A mudança permite que possamos vir a ser tratados pelo Ibope como rede nacional; e, a partir dos contratos de adesão, poderemos firmar parcerias para algumas iniciativas pontuais, o que facilita a descentralização da produção", disse ao Estado a presidente da EBC, Tereza Cruvinel.


O superintendente de rede da TV Brasil, Marco Antônio Coelho, destacou o que considera uma aposta importante da nova rede: a reserva para produção local de 40% da programação nacional. "A ideia é que os Estados ocupem 40% da programação da rede", afirmou ele, lembrando que, no Brasil, a lógica é inversa, com a maior parte das produções feita no Rio e em São Paulo.

Lula faz pronunciamento relativo ao Dia do Trabalho (29 de abril de 2010)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Rebanho bovino de Mato Grosso começa ser vacinado sábado


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou para o sábado (1º) o início da vacinação contra febre aftosa em bovinos e bubalinos de 20 Estados e do Distrito Federal, na primeira etapa de 2010. Conforme o ministério, pecuaristas do Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe, Tocantins e do Distrito Federal devem imunizar todo o rebanho e, posteriormente, comunicarem, nas agências de defesa agropecuária das unidades federativas, a aplicação das doses.
Em Mato Grosso, Espírito Santo, Paraná e São Paulo devem ser vacinados apenas os animais com idade até dois anos. Já em Rondônia, onde a campanha inicou no dia 15 deste mês, termina em 15 de maio.
Em Mato Grosso do Sul, segundo o ministério, os produtores do Pantanal que optaram pela vacinação em maio devem imunizar todo o rebanho e, na região do Planalto, apenas os animais com menos de dois anos.
Ao todo, nesta etapa da campanha, 153,7 milhões de animais devem ser alcançados. No ano passado, a cobertura chegou aos 97% em todo o país. No Brasil, o rebanho chega a 204 milhões de bovinos e pouco mais de um milhão de bubalinos.
Mato Grosso já comemora 14 anos sem registrar casos da doença. No início do ano, uma decisão do mercado chinês em reabrir as portas para a carne de gado reacendeu o otimismo do setor produtivo. Desde 2005 a China restringiu a compra de carne bovina do Brasil após a descoberta de focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul.
O Instituto Matogrossense de Defesa Agropecuária (Indea), deve divulgar a meta de vacinação para esta etapa. No ano passado, Mato Grosso passou a realizar apenas duas etapas de vacinação: em maio para animais de 0 a 24 meses e em novembro para animais de todas as idades. A etapa que era realizada em fevereiro foi eliminada, sendo mantida apenas nos municípios localizados na faixa de fronteira com a Bolívia.

Michael Moore: o que Lula tem a ensinar para os Estados Unidos


Quando os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente pela primeira vez, em 2002, os capitalistas selvagens do país checaram, nervosos, os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles tinham transformado o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta e agora parecia que tinha chegado a hora da revanche.

Por Michael Moore*, na revista Time

Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho das classes trabalhadoras da América Latina — na verdade, um dos membros fundadores do Partido dos Trabalhadores — que já havia sido preso por liderar uma greve.

Quando Lula finalmente conquistou a Presidência, após três tentativas frustradas, já era uma figura conhecida na vida nacional brasileira. Mas o que o levou à política, em primeiro lugar? Foi sua experiência pessoal de como os brasileiros têm que trabalhar duro para sobreviver? Foi ter sido forçado a abandonar a escola depois da quinta série para sustentar sua família? Foi ter trabalhado como engraxate? Foi ter perdido parte de um dedo em um acidente de trabalho?

Não. Foi quando, aos 25 anos, viu sua esposa, Maria, morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, porque não podiam arcar com cuidados médicos decentes.

Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deem ao povo boa assistência médica, e ele causará muito menos problemas.

E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da Presidência de Lula — ele foi eleito para um segundo mandato em 2006, que se encerra no final deste ano — é que, enquanto ele tenta levar o Brasil ao Primeiro Mundo, com programas sociais como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os Estados Unidos se parecem cada vez mais com o antigo Terceiro Mundo.

O que Lula quer para o Brasil é o que costumávamos chamar de sonho americano. Nós, nos Estados Unidos, em compensação, onde o 1% mais rico possui mais do que os 95% mais pobres somados, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente se tornando mais parecida com o Brasil.

* Michael Moore é cineasta. Dirigiu Tiros em Columbine, Fahrenheit 11 de Setembro e Sicko — $O$ Saúde, entre outros filmes.



Fonte:Vermelho

O povo aprendeu a lição de que, quando quer, pode fazer", diz Lula à LBC


Um dos grandes desejos do presidente Lula, para quando deixar a Presidência no Brasil, é viajar pelo continente africano de ônibus, conhecendo a realidade local, conversando com as pessoas e os governantes, procurando soluções para os seus principais problemas. Seria quase uma reedição das Caravanas da Cidadania que promoveu no Brasil em 1993 e 1994, quando era candidato à Presidência. A revelação foi feita semana passada em entrevista concedida à TV libanesa LBC.

Pretendo dedicar um pouco do meu aprendizado para ver se presto um serviço à África. É só sonho, por enquanto, não tenho nada construído, mas eu por exemplo sonho em pegar um ônibus num país africano e atravessar a África, conversando com as pessoas e conversando com os governantes. Vamos ver se há condições de fazer.

Também falou sobre a popularidade de seu governo, a sucessão presidencial deste ano, o combate à corrupção e à fome, a paz no Oriente Médio e a nova ordem econômica mundial, entre outros temas.

Para ver a íntegra da entrevista em vídeo, clique aqui (divido em 6 partes).

Ao ser convidado pelo entrevistador a dar uma mensagem ao povo brasileiro, o presidente Lula se emocionou ao afirmar que, ao deixar a Presidência, sabe que vai encontrar muitos companheiros e amigos “porque eu não perdi a minha relação com meus companheiros”.

Com lágrimas nos olhos, disse: "Eu sei o quanto nós sofremos para chegarmos na Presidência da República, eu sei o quanto nós fomos atacados, eu sei depois o quanto as pessoas mentiram a respeito do nosso governo. Tinha gente que pensava que a gente tinha acabado para a política. E nós vamos chegar ao final do nosso governo com uma performance eu diria inusitada na história política desse País. Isso me dá muito orgulho. Eu, se não fizer mais nada, se eu morresse agora, o povo brasileiro teria aprendido uma lição. Sabe aquela frase do Obama ‘Nós podemos’? Aquela frase é do povo brasileiro: Nós podemos. E quando o povo quer, o povo pode fazer muito mais. Eu sou apenas isso, eu sou a cara do que é possível um cidadão, que acredita na luta, fazer".

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

SEGREDO DA POPULARIDADE

O segredo da nossa popularidade são os acertos das políticas públicas, das políticas sociais e da política econômica que estamos colocando em prática no Brasil. Eu tinha muita clareza de que quando o Brasil elegeu um torneiro mecânico para ser presidente da República, o Brasil tinha que dar certo porque se não desse certo iria demorar mais 100 anos para um trabalhador, um operário chegar à Presidência da República. Então eu trabalho todo esse tempo com a cabeça muito firme, com uma convicção de que o Brasil tem que dar certo, que o povo tem melhorar de vida, para que a gente possa provar à sociedade brasileira, aos trabalhadores, aos intelectuais, aos empresários, ao mundo, que um operário saído de dentro de uma fábrica pode governar um país do tamanho do Brasil. E as coisas deram certo.

ELEIÇÕES 2010/SUCESSÃO

Eu tenho uma candidata. E essa candidata obviamente que me ajudou a elaborar o programa e portanto é co-participante do sucesso que o governo vive no momento. Eu a indiquei porque é uma pessoa da maior capacidade, uma pessoa com capacidade de gerenciamento extraordinária, uma pessoa de uma lealdade fantástica e uma pessoa que está gabaritada para dar continuidade, aprimorar, melhorar e fazer mais do que nós fizemos nesses oito anos. Por que? Porque o paradigma que ela tem para começar a trabalhar é diferente do que tive para começar a trabalhar em 2003. O Brasil está melhor – está melhor na educação, está melhor na saúde, está melhor no emprego, está melhor no salário, na distribuição de renda, a economia brasileira está melhor, o Brasil é mais respeitado no mundo hoje. Então, a pessoa que vier depois de mim vai pegar um Brasil muito mais estruturado, muito mais preparado do que o Brasil que eu herdei. E eu estou convencido de que, quem quer que seja que ganhe as eleições para presidente no Brasil, vai pegar um Brasil muito melhor e portanto pode fazer mais. E eu tenho também a convicção que é a minha candidata quem vai ganhar as eleições.

FALTA DE EXPERIÊNCIA DA CANDIDATA DILMA ROUSSEF

É o que falavam de mim. ‘O Lula nunca governou’, ‘O Lula não tem experiência’, ‘O Lula não fala inglês’, ‘O Lula não tem diploma universitário’, falaram isso de mim durante 12 anos. Até que um dia o povo falou ‘deixa eu dar uma chance para esse brasileiro’ e me deu a chance. E era o que eu precisava para provar que nós estávamos preparados para montar uma boa equipe e estávamos preparados para fazer uma boa governança no Brasil. (…) Acho que a ministra Dilma já venceu muitos preconceitos, a doença dela não existe mais, descobriu no começo e resolveu o problema, e ela está do ponto de vista intelectual e do ponto de vista gerencial, do ponto de vista administrativo ela está perfeita para governar o Brasil. E eu acho que ela é a grande possibilidade que nós temos de dar continuidade. Não é que eu tenho certeza de que ela vai ser eleita, porque primeiro eu tenho que respeitar a vontade do povo brasileiro no dia das eleições. Eu tenho a convicção de que ela pelo fato de ter as melhores condições de governar o Brasil, pelo fato de ela ter as melhores condições de dar continuidade ao que nós estamos fazendo, ela tem mais chances de ganhar as eleições.

COMBATE À CORRUPÇÃO

A certeza que o povo brasileiro tem é que nunca na história do Brasil um governo trabalhou tanto para apurar as denúncias de corrupção como o nosso governo. Nunca. Antigamente era fácil não aparecer muita corrupção no jornal porque você ficava jogando ela para debaixo do tapete. Nós simplesmente duplicamos o número de policiais federais, duplicamos o orçamento do Ministério da Justiça, para que a gente pudesse investir em inteligência, para que a gente pudesse investigar. Nós melhoramos e qualificamos a Controladoria-Geral da República e 90% das denúncias são feitas pelo governo. É a CGU quem faz a investigação em cada Ministério, em cada obra, que manda para o Tribunal de Contas da União (TCU) e que manda para a Polícia Federal. Portanto grande parte das denúncias de corrupção elas são feitas por nós.

LEI DE ANISTIA

O problema não é ser contra ou ser a favor. O problema é garantir que este País tenha sua história contada da forma mais verdadeira possível. Ninguém quer fazer caça às bruxas, ninguém quer ficar remoendo o passado. Agora, é muito difícil você querer que uma mãe, que perdeu seu filho e não sabe onde ele está, não queira encontrar o corpo de seu filho para enterrar. Então é por isso que estamos propondo a Comissão da Verdade, que vai ser aprovada pelo Congresso Nacional da forma mais democrática possível. Nós não queremos mexer na lei da Anistia, ela foi aprovada por consenso no Congreso Nacional, o que nós queremos apenas é contar ao Brasil o que aconteceu da forma mais verdadeira possível. Ninguém efetivamente tem que ter medo da Comissão da Verdade, ninguém tem que ter medo da verdadeira história – quem errou, pagou. É assim que a gente consolida a democracia no País. Eu não quero morrer num País em que sua história tenha sido contada pela metade, eu quero que sua história seja contada em seu todo.

IRÃ E PAZ NO ORIENTE MÉDIO

Eu acho que a guerra não conduz a nada, conduz a destruição, e eu sou um homem de paz. Como eu acredito que nós temos que ter argumento para mostrar ao mundo, com muita autoridade moral, aquilo que o Brasil fez. O Brasil é o único país do mundo que tem na sua Constituição a proibição de armas nucleares. O que eu quero para o Irã é o mesmo que eu quero para o Brasil. Eu quero dizer para o presidente Ahmadinejad que ele deveria concordar com a proposta da Agência (Internacional de Energia Atômica – AEIA), que propôs a ele um determinado rito de enriquecimento de urânio, que eu acho que era mais importante. Até para que a gente possa continuar avançando no mundo diplomático.

Qual é a minha preocupaçao? A minha preocupação é que o bloqueio ou as sanções que a ONU quer impor não vai trazer nenhuma solução. Vai apenas trazer radicalização. Como eu acredito na política, como eu acredito no diálogo, eu vou ao Irã conversar com o presidente Ahmadinejad. Conversamos com o primeiro-ministro da Turquia que tem a mesma posição política nossa, conversamos com Israel, com Palestina. (…) Por isso eu quero conversar com todos os interlocutores, porque também não pode ser primazia desse ou daquele país cuidar da paz. Se há 20, 30 ou 40 anos, os interlocutores que estão negociando não conseguem a paz, eu acho que é preciso colocar mais interlocutores, colocar gente nova, outros discursos, outras propostas, para que a gente possa chegar a um acordo. É nisso que o Brasil acredita. (…) Parece que tem gente que tem ciúmes que o Brasil esteja interessado em participar de conversas porque entendemos que temos argumentos sobretudo pela harmonia em que vivem no meu País árabes e judeus. Esse país é exemplo de convivência harmônica da comunidade árabe e da comunidade judaica. Esse exemplo eu quero levar para o mundo.

REFORMA DA ONU

O Brasil tem brigado para que se faça uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. O Conselho de Segurança da ONU hoje representa, sobretudo os membros permanentes do Conselho de Segurança, a geografia política de 1948. Não representa a geografia política de 2010. É preciso que a África esteja representada, o Brasil esteja representado – e outros países da América Latina -, a Índia esteja, a Alemanha esteja, o Japão, que a África possa ter três representantes, para que você tenha gente que possa representar dignamente a nova geopolítica do mundo.

ATUAÇÃO BRASILEIRA NO EXTERIOR

O Brasil não tem vocação imperialista. O Brasil tem uma vocação de construir parcerias nas suas relações bilaterais e nas suas relações internacionais. Nós acreditamos no funcionamento das instituições multilaterais e por isso eu digo sempre que não adianta o Brasil crescer se os países vizinhos não crescerem. É preciso que a gente cresça junto. É preciso que cresça o Brasil, mas cresça a Argentina, o Paraguai, o Uruguai, a Venezuela, a Bolívia, a Colômbia, o Equador, o Chile, todos crescendo, todos terão o que distribuir para seu povo. É assim que nós trabalhamos e é por isso que o Brasil tem um forte investimento em infraestrutura em toda a América do Sul, porque nós queremos fazer um processo de integração com rodovias, ferrovias, telecomunicações, energia, para que a gente possa ser um continente forte e um continente rico.

NOVA ORDEM MUNDIAL

Quando foi feita a primeira reunião do G20, todos os países estavam de acordo de que era preciso discutir uma nova ordem econômica mundial, de que era preciso controlar o sistema financeiro, de que era preciso acabar com os paraísos fiscais, de que era preciso fazer um certo ordenamento na política cambial para que todos os países pudessem ter um certo equilíbrio. Que a gente defendesse a liberdade de um livre comércio de verdade, que a gente mudasse a forma de ser do FMI e do Banco Mundial, com uma nova organização, mais países participando. Tudo isso ainda não aconteceu. O meu ministro estará participando nesses próximos dias da reunião do G20 financeiro e eu estarei no Canadá para discutir a reunião do G20 político. E aí é que nós vamos fazer um balanço, o que aconteceu efetivamente? O Brasil fez a lição de casa. O Brasil praticou o livre comércio. Por isso que a economia brasileira cresceu, porque em vez de fechar a economia, nós abrimos crédito, os bancos públicos brasileiros têm uma importância muito grande, no financiamento de casa, no financiamento de carro, no financiamento de empresa.

COMBATE À FOME E À POBREZA

Eu estou muito orgulhoso porque certamente o Brasil vai cumprir todas as Metas do Milênio determinadas pela ONU. Isso para mim é motivo de orgulho. Segundo, porque o que nós estamos fazendo poderia ter sido feito há 50 anos. Veja uma coisa interessante: em 100 anos a elite brasileira fez apenas 140 escolas técnicas profissionais. Eu em oito anos vou fazer 214. Ou seja, em oito anos eu vou fazer uma vez e meia o que eles fizeram em um século. Nós estamos fazendo 14 universidades novas, nós criamos um programa chamado ProUni que já colocou na universidade este ano 726 mil alunos pobres da periferia, fazendo universidade. Já fizemos 105 extensões universitárias. Portanto o Brasil nunca teve a quantidade de jovens com perspectiva de estudar e se formar como está tendo agora. É por isso que eu acredito que a próxima geração será altamente mais qualificada que a minha geração. E isso me deixa muito feliz porque significa que o Brasil se encontrou com o seu caminho e acho que o povo brasileiro merece o que está acontecendo no País.

LIÇÕES DA POLÍTICA

Aprendi muito com as minhas três derrotas em eleições (presidenciais). E agora aqui no governo eu consegui o meu doutorado. Porque o que eu aprendi aqui no governo vai me permitir poder não só ajudar outras pessoas, mas eu quero viajar o continente africano, a América Latina, os países mais pobres, tentando colocar a nossa experiência, o sucesso da economia brasileira para que outros países sigam um caminho parecido. Porque muitas vezes os dirigentes ficam discutindo que não tem dinheiro, mas o problema não é só dinheiro. O problema é o seguinte: o pouco dinheiro que você tem, como é que você distribui ele de forma justa. Como é que você faz com que esse dinheiro chegue na mão de todos? Quando eu criei o Bolsa Família no Brasil, a elite brasileira dizia que era esmola. Quando veio a crise econômica, quem sustentou o Brasil foi o povo pobre que consumiu mais do que a classe A/B. As classes D e E consumiram mais do que as classes A e B. Ou seja, enquanto os mais ricos se acovardaram, o povo pobre foi ao shopping e segurou a economia brasileira.

VIDA PÓS-PRESIDÊNCIA

Eu não sei o que vou fazer. Uma coisa eu digo para você que eu gostaria de fazer: visitar o Líbano sem ser presidente da República. Para conhecer o Líbano sem o aparato de segurança, conhecer todas as cidades, comer um bom ‘charuto’, um bom kibe, quem sabe eu faça isso? Mas eu pretendo dedicar um pouco do meu aprendizado para ver se presto um serviço à África. É só sonho, por enquanto, não tenho nada construído, mas eu por exemplo sonho em pegar um ônibus num país africano e atravessar a África de ônibus, conversando com as pessoas, e conversando com os governantes. Vamos ver se há condições de fazer. Quando eu terminar o mandato, eu já estarei com 65 anos. E quando a gente vai ficando depois dos 60, cada ano vai diminuindo um pouco o ímpeto da gente em fazer as coisas. A idade vai pesando. Mas eu me considero ainda com muita energia para fazer muita coisa. Eu sou político por natureza, não vou parar de fazer política, a única coisa que eu não quero é ficar dando palpite no governo aqui no Brasil. Quem ganhou vai governar, eu vou cuidar de outras coisas.

Rei morto, rei posto. Não existem exemplos na história de um ex-presidente ficar dando palpite na vida do novo presidente. Não dá certo.

O QUE DIRÁ AO POVO NA DESPEDIDA

Eu diria o seguinte: o meu maior orgulho ao deixar a Presidência da República, ao descer a rampa do Palácio do Planalto, chamar todas as pessoas que estarão lá de companheiros. Tenho consciência de que vou voltar para onde eu saí. Eu tenho consciência de quem são os meus amigos verdadeiros, quem são os meus amigos do mandato – se bem que alguns amigos do mandato se tornaram amigos verdadeiros -, mas eu sei onde está meu mundo. Esse é o maior legado meu. É poder encontrar um companheiro e falar ‘Boa tarde’ ou ‘Boa noite, companheiro’ e ser tratado como companheiro. E eu acho que vou conseguir isso, porque eu não perdi a minha relação com os meus companheiros. (lágrimas nos olhos). É porque sempre uma coisa difícil, eu sei o quanto nós sofremos para chegarmos na Presidência da República, eu sei o quanto nós fomos atacados, eu sei depois o quanto as pessoas mentiram a respeito do nosso governo. Tinha gente que pensava que a gente tinha acabado para a política. E nós vamos chegar ao final do nosso governo com uma performance eu diria inusitada na história política desse País. Isso me dá muito orgulho. Eu, se não fizer mais nada, se eu morresse agora, o povo brasileiro teria aprendido uma lição. Sabe aquela frase do Obama ‘Nós podemos’? Aquela frase é do povo brasileiro: Nós podemos. E quando o povo quer, o povo pode fazer muito mais. Eu sou apenas isso, eu sou a cara do que é possível um cidadão, que acredita na luta, fazer.

Blog do Planalto

Lula e Dilma estarão no 1º de maio Latino-americano da CUT no Memorial da América Latina


O cerimonial da Presidência divulgará nesta quarta, 28, o credenciamento à imprensa. Informamos que, além do nosso, para cobrir a participação do presidente é obrigatório o cadastro no site do Planalto.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ex-ministra e candidata à presidência da República, Dilma Roussef (PT), o senador Aloizio Mercadante (candidato ao governo do Estado de São Paulo (PT) e Marta Suplicy (pré-candidata ao Senado – PT)confirmaram presença no 1º de Maio Latino-americano da CUT, que acontecerá no próximo sábado, no Memorial da América Latina, ao lado do metrô Barra Funda. A celebração do 1º de Maio da CUT iniciará no dia 30 de abril, com a realização do Seminário Sindical Internacional, também ocorrerá no Memorial da AL.
A CUT também convidou autoridades e parlamentares do campo democrático popular, de partidos políticos e dirigentes dos movimentos sociais e populares. O 1º de Maio Latino-americano da CUT valorizará a cultura e a integração de 20 países da América Latina, que representam cerca de 100 milhões de trabalhadores. A bandeira principal de luta deste ano é “Todos unidos pela integração regional, trabalho decente, contra o neoliberalismo e xenofobia”.
Os presidentes da CUT-SP, Adi dos Santos Lima e da CUT Nacional, Artur Henrique, destacaram que o 1º de Maio também fará um resgate da data histórica e também dos valores culturais destes países. Na ocasião, a CUT lançará “Plataforma da CUT para as Eleições 2010”. Trata-se de um conjunto de reivindicações que destacam a valorização do trabalho; a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho; a distribuição de renda com inclusão social e um Estado democrático com caráter público e com participação ativa da sociedade.


Ato inter-religioso, gastronomia e exposições

A abertura do 1º de Maio da CUT acontecerá, a partir das 10h, com a celebração de um ato inter-religioso que reunirá as lideranças de todas as religiões. Após a solenidade, a CUT fará uma homenagem à médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns (que faleceu no começo do ano no terromoto do Haiti).
Outras novidades são a realização de uma exposição de fotos (que iniciará no dia 30 de abril durante o Seminário Sindical Internacional e 1º de maio) sobre o mundo do trabalho dos países da América Latina, bem como uma feira gastronômica (comidas típicas do Brasil e de 11 países da AL); uma mostra de artesanato e lançamento de livros de grandes autores e personalidades do meio jornalístico e do mundo do trabalho – estas atividades acontecerão somente no dia 1º de maio. Também no dia 1º os trabalhadores vão conferir shows com bandas e cantores renomados do Brasil e da América Latina.

Ao vivo: Milton Nascimento e Carlinhos Brown são algumas das principais atrações
A partir das 10h, o palco principal do Memorial receberá grupos latino-americanos que farão apresentações de danças latinas. A população curtirá shows ao vivo de Raíces de America (banda brasileira), do cantor cubano Fernando Ferrer, Milton Nascimento, que prestará uma homenagem à cantora argentina, Mercedes Sosa, e Carlinhos Brown.
além da capital, a CUT promoverá eventos-shows descentralizados nas regiões da zona sul, ABC, Baixada Santista, Campinas, Osasco e Guarulhos.


Evento: 1º de Maio Latino-americano da CUT 2010
Data: 1º de Maio (sábado)
Local: Memorial da América Latina – situado à Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda.
Horário: a partir das 10h
Entrada: franca

Emenda de Abicalil para Festival de Pesca de Cáceres é liberada


O Ministério do Turismo empenhou a emenda individual orçamentária de 2010 de autoria do deputado federal Carlos Abicalil (PT) destinada para o município de Cáceres (250 km de Cuiabá). Nesta quarta-feira (28.04), o setor técnico do ministério informou ao parlamentar que o recurso será liberado para a prefeitura nos próximos dias.

No valor de R$ 300 mil, a emenda tem a finalidade de complementar os custos do Festival Internacional de Pesca Esportiva de Cáceres (FIP), que está ocorrendo no município desde o dia 24 de abril e se encerra no dia 02 de maio.

Na abertura do evento, o prefeito de Cáceres, Túlio Fontes, agradeceu o empenho do deputado Abicalil. Na ocasião, Túlio também destacou o apoio do Governo Federal para que o evento fosse realizado. “Trata-se de evento gigantesco, orçado em R$ 1,5 milhão. Para realizá-lo, a prefeitura conta com o apoio de centenas de parceiros, especialmente os governos federal, estadual, a iniciativa privada e o apoio do deputado federal Carlos Abicalil”, disse Fontes.

Evento – O Festival Internacional de Pesca Esportiva de Cáceres é realizado há 30 anos e considerado o maior torneio de pesca em água doce do mundo, com registro no livro dos recordes (Guinnes Book).

Também é considerado o maior evento do calendário turístico do Estado, o FIP gera, direta e indiretamente, 2000 empregos e movimenta cerca de R$ 5 milhões, segundo dados das secretarias de Meio Ambiente e Turismo e de Indústria e Comércio do município. Os recursos são gerados por cerca de 200 mil pessoas, que durante 20 dias movimentam os 52 elos que compõem a cadeia econômica do turismo.

Cesar deixa Assembleia e Ságuas retorna à cargo de deputado


quinta-feira, 29 de abril de 2010
Política

Após quase três anos ocupando a vaga de suplente deixada pelo deputado licenciado Ságuas Moraes. Alexandre Cesar deixa a Assembléia Legislativa com um balanço dos três anos de mandato, apresentado na ultima sessão que participou nessa quinta (28). Cesar volta a dar aulas na UFMT e a atuar como procurador do Estado. Ságuas reassume a cadeira na próxima segunda-feira.

Durante mandato, Alexandre Cesar apresentou 600 indicações
O deputado Alexandre Cesar (PT) apresentou cerca de 600 indicações, 72 projetos de Lei, realizou 27 audiências públicas e sessões especiais desde que assumiu uma cadeira no Parlamento, em 2007.

Em explanação detalhada, o parlamentar foi autor de 600 indicações, além de ter sugerido e comandado sete audiências públicas. Cesar atuou como membro titular ou suplente em cinco das 13 comissões permanentes da AL, além de participar diretamente das três comissões especiais instauradas nesta legislatura.

Ainda foi destaque os 50 projetos de lei de autoria do petista – 18 são leis sancionadas no estado. Em relação aos projetos de lei complementar, 17 propostas foram apresentadas, além de 34 emendas orçamentárias direcionadas aos mais diversos municipíos e regiões de Mato Grosso.

Alexandre, que assumiu a vaga de suplente no dia 8 de maio de 2007, deixa o cargo na próxima sexta-feira (30) e volta a exercer sua função de procurador do estado, já que o deputado estadual Ságuas Moraes reassume sua vaga no Legislativo.

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EM MINAS GERAIS TAMBEM VAI DAR PT


ENQUETE DO JORMAL MINEIRO "NOVO JORNAL" ESTA A DISPOSIÇÃO, CONFIRA NO SITE CLICANDO NO TÍTULO

Governo indiano quer investir US$ 500 milhões no Brasil


Setor de álcool seria um dos possíveis destinos do investimento indiano

A Índia tem uma reserva de US$ 500 milhões para fazer investimentos diretos no Brasil, como parte de um plano do governo de alocar recursos no total de US$ 2,5 bilhões no país, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores indiano.
“Deste volume, US$ 2 bilhões já foram investidos e o restante ainda está buscando um destino”, disse à BBC Brasil um alto funcionário do ministério que preferiu não ser identificado.
“Não existe um prazo específico de quando estes recursos devem ser utilizados. Eles estão à espera de uma boa oportunidade”, completou.
Nesta semana, a secretária de Minas da Índia, Santh Sheela Nair, afirmou que o país precisa acelerar o ritmo de aquisições no exterior, senão corre o risco de ficar completamente “fora do jogo”.
Ela avalia que há boas oportunidades principalmente na área de mineração e que é preciso agir rapidamente, antes que estes ativos desapareçam.
Para Prashanth Nayak, sócio da empresa de consultoria The Jai Group, o segmento de açúcar e álcool também é um forte candidato para receber estes recursos. Em outubro de 2008, o governo indiano adotou uma regra que exige a mistura de 5% de álcool à gasolina vendida. Mas desde então ainda não conseguiu colocá-la em prática.
“A Índia não produz etanol suficiente para suprir essa determinação e por isso o governo está buscando aumentar a sua capacidade de produção no Brasil”, disse.

Petróleo

O segmento que até agora já recebeu mais investimentos do governo indiano no Brasil foi o petrolífero. O interesse se manifestou pela primeira vez em 2006, quando a estatal indiana de petróleo ONGC fechou um acordo para comprar uma participação de 30% da Exxon Mobil em um campo petrolífero da Bacia de Campos (RJ).
O negócio saiu por US$ 1,4 bilhão e garantiu a primeira aquisição da estatal indiana na região, após várias tentativas frustradas.
Em 2007, a Petrobras assinou um acordo por meio do qual transferiu à ONGC 15% da participação no bloco BC-10, no litoral do Espírito Santo, por US$ 170 milhões.
D.K. Sarraf, diretor-financeiro da ONGC, garante que até 2011 o plano da empresa é investir US$ 6 bilhões em novas áreas de exploração em mercados estrangeiros e na melhoria de técnicas de extração de campos mais antigos.

América Latina

A América Latina tem entrado cada vez mais no radar do governo indiano. Para a região, o plano de investimento alcança US$ 12 bilhões.
O Brasil aparece no topo da lista. A seguir, está a Venezuela, com volume de investimentos previstos da ordem de US$ 2,1 bilhões.
A fatia da Bolívia é de US$ 2,1 bilhões por conta do interesse em ativos de mineração. Para o Chile, o montante chega a US$ 1,5 bilhão e para a Argentina, a US$ 1,2 bilhão.
A aposta do Ministério das Relações Exteriores indiano é de que as trocas comerciais com a América Latina deem um salto nos próximos dez anos e passe dos atuais US$ 16 bilhões para US$ 160 bilhões.
Hoje, o comércio da Índia com a Europa é da ordem de 100 bilhões de euros e com a região do Golfo, de US$ 100 bilhão.

Fonte: BBC Brasil

Lula será o 'protagonista' da eleição, diz especialista


ANA CONCEIÇÃO - Agência Estado
Imaginar que a próxima eleição presidencial será apenas uma disputa entre a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador paulista José Serra (PSDB) é um erro. "O protagonista desta eleição será o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele será a figura central", afirmou hoje o cientista político e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Carlos Melo, durante o 12º Seminário Perspectivas da Economia Brasileira, realizado hoje em São Paulo pela Tendências Consultoria.
"Dilma não tem Lula atrás de si, mas à sua frente", afirmou. Para Melo, o presidente pode se licenciar do cargo para acompanhar sua candidata durante a campanha, se achar necessário. "Essa possibilidade não pode ser descartada", disse Melo, que vê uma eleição de fato plebiscitária pela frente, como quer Lula.
Na avaliação do cientista político, ainda que menos experiente que seu oponente, a candidata do governo conta com condições competitivas muito favoráveis diante do bom momento da economia e da alta popularidade do presidente.


Ele ainda identifica outro fator a favorecer a ex-ministra. "O segundo mandato de Lula foi caracterizado pela formação de um grande bloco de poder que envolve conglomerados de empresas com interface política, fundos de pensão, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), sindicatos", que exercerão sua influência. "Pela primeira vez, teremos as duas maiores centrais sindicais do País apoiando o mesmo candidato."

Luiz Inácio Lula da Silva o homem mais influente do planeta



CLIK NO TITULO E CONFIRA O SITE DA REVISTA TIME COM A MATERIA ORIGINAL

The 2010 TIME 100
In our annual TIME 100 issue we name the people who most affect our world


When Brazilians first elected Luiz Inácio Lula da Silva President in 2002, the country's robber barons nervously checked the fuel gauges on their private jets. They had turned Brazil into one of the most inequitable places on earth, and now it looked like payback time. Lula, 64, was a genuine son of Latin America's working class — in fact, a founding member of the Workers' Party — who'd once been jailed for leading a strike.

Lula é eleito o líder mais influente do mundo pela "Time"



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito nesta quinta-feira (29) pela revista americana “Time” como o líder mais influente do mundo. Lula encabeça um ranking de 25 nomes e é seguido por J.T Wang, presidente da empresa de computadores pessoais Acer, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o presidente americano Barack Obama e Ron Bloom, assessor sênior do secretário do Tesouro dos Estados Unidos.

No perfil escrito pelo cineasta Michael Moore, o programa Fome Zero (praticamente substituído pelo Bolsa Família) é citado como destaque no governo do PT como uma das conquistas para levar o Brasil ao “primeiro mundo”. A história de vida de Lula também é ressaltada por Moore, que chama o presidente brasileiro de “verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina”.

A revista lembra quando Lula, aos 25 anos, perdeu sua primeira esposa Maria, grávida de oito meses, pelo fato de os dois não terem acesso a um plano de saúde decente. Ironizando, Moore dá um recado aos bilionários do mundo: “deixem os povos terem bons cuidados de saúde e eles causarão muito menos problemas para vocês”.

A lista mostra os 100 nomes de pessoas mais influentes do mundo em diversas áreas –líderes da esfera pública e privada, heróis, artistas, pensadores, entre outros.

Entre os líderes em destaque também estão a ex- governadora do Alasca e ex-candidata republicana à Vice-Presidência dos EUA, Sarah Palin; o diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn; os primeiros-ministros japonês e palestino, Yukio Hatoyama e Salam Fayyad, e o chefe do Governo da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.



Em 2009, Lula foi eleito o personagem do ano pelo jornal espanhol El País e pelo francês Le Monde.

The World's Most Influential People:Luiz Inácio Lula da Silva

“Quando, pela primeira vez os brasileiros elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente em 2002, os barões ladrões do país nervosamente verificaram os medidores de combustível de seus jatos particulares. Eles transformaram o Brasil em um dos lugares mais desiguais do planeta, e agora parecia que chegara a hora desta conta ser cobrada. Lula, 64 anos, era um verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina – na verdade, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores – e já tinha sido preso uma por liderar greve.

No momento em que Lula, finalmente, conquistou a presidência, após três tentativas fracassadas, ele já se tornara uma figura familiar na vida brasileira. Mas o que o levou para a primeiro lugar da política? Foi seu conhecimento pessoal do quão duramente muitos brasileiros têm de trabalhar para sobreviver? Ser forçado a abandonar a escola depois da quinta série para sustentar sua família? Trabalhar como engraxate? Perder parte de um dedo em um acidente de trabalho?Não. Foi quando, aos 25 anos, viu sua esposa Maria morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com seu filho, porque não podiam pagar os cuidados médicos decentes.

Há uma lição aqui para bilionários do mundo: deixar que as pessoas têm bons cuidados de saúde, e eles causam muito menos problemas para vocês.

E aqui está uma lição para o resto de nós: a grande ironia da presidência de Lula – ele foi eleito para um segundo mandato em 2006 e que terminará este ano – é que, mesmo enquanto ele tenta impulsionar o Brasil ao Primeiro Mundo com programas sociais do governo como o Fome Zero, que visa acabar com a fome, e com planos de melhorar a educação oferecida aos membros da classe trabalhadora do Brasil, os EUA se parecem mais com o antigo Terceiro Mundo a cada dia.
O que Lula quer para o Brasil é o que costumamos chamar o sonho americano. Nós, os EUA, onde os 1% mais ricos possuem agora mais riqueza do que os 95% mais pobres somados, estamos vivendo em uma sociedade que está rapidamente se tornando mais parecida com o Brasil.”
Link aqui para ler mais

Outras homenagens
Lula já havia recebido outras homenagens de jornais e revistas importantes no cenário internacional. Em 2009, foi escolhido pelo jornal britânico "Financial Times" como uma das 50 personalidades que moldaram a última década.

Também foi eleito o "homem do ano 2009" pelo jornal francês 'Le Monde', na primeira vez que o veículo decide conferir a honraria a uma personalidade. No mesmo ano, o jornal espanhol 'El País' escolheu Lula o personagem do ano. Na ocasião, Zapatero redigiu o artigo de apresentação do Presidente e disse que Lula 'surpreende' o mundo.
Veja abaixo a lista dos 10 líderes mais influentes da Time

1 - Luiz Inácio Lula da Silva
2 - J.T. Wang
3 - Admiral Mike Mullen
4 - Barack Obama
5 - Ron Bloom
6 - Yukio Hatoyama
7 - Dominique Strauss-Kahn
8 - Nancy Pelosi
9 - Sarah Palin
10 - Salam Fayyad

Deputado Riva poderá disputar reeleição?


Riva e Maluf Tudo a Ver

O juiz Luiz Aparecido Bertolucci, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, acolheu todas as apelações interpostas pelos advogados do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, e deve remeter os recursos à Câmara Especial de Direito Público, que decidirá se mantém ou não a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos de Riva. A apelação do parlamentar pretendia ainda pleitear a revogação do afastamento das funções administrativas da Assembleia. "Nesta etapa ele verifica a tempestividade do recurso e o pagamento dos custos. Agora tudo vai ser encaminhado para uma Câmara que julgará as apelações", explica o advogado de Riva, Alexandre Nery. Hoje existem duas Câmaras de Direito Público: a Terceira é composta pelos desembargadores Rubens de Oliveira, Evandro Stábile e um juiz-substituto a ser designado. Já a Quarta por Márcio Vidal e Clarisse Claudino e também por um juiz-substituto.

Apesar das decisões de Bertolluci ainda não terem sido revertidas, Nery assegura que o presidente da Assembleia poderá disputar as eleições deste ano. Ele frisa que nenhum dos processos encontram-se em trânsito julgado. Nos processos Riva teve a inegibilidade decretada por 8 anos. "Não há judicialização, por isso, não gera efeitos. Ele (Riva) pode disputar normalmente a reeleição", pontua Nery. O advogado ressalta ainda, que se não obter êxito no TJ poderá recorrer Supremo Tribunal Federal (STJ) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Desde o ano passado o presidente da Assembleia vive um inferno astral e acabou sendo condenado em quatro dos 118 processos que responde. Em todas as ações julgadas por Bertolucci, o progressista teve a inegibilidade decretada, foi afastado das funções administrativas da Assembleia e ainda teve parte dos bens bloqueados pela Justiça. Recentemente o progressista sofreu mais uma derrota jurídica. Havia recorrido ao STJ para retomar as funções administrativas, mas não obteve êxito. Apesar de todo esse imbróglio jurídico, Riva responde normalmente pela Casa. Preside as sessões ordinárias e representa o Legislativo nos eventos. Está proibido apenas de atuar como ordenador de despesas. Assim, não pode, por exemplo, assinar cheque em nome da Assembleia. Ele é investigado por atos de improbidade administrativa.

(Com uma ficha dessas, tem muitos juinenses que votam e ainda tem o cara como heroi, brinca com um barulho desse)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Brizola Neto contra as baixarias da campanha de José Serra

PRE-CANDIDATOS JUINENSE LUIS BRAZ E SAGUAS MORAES VISITAM A REGIÃO NOROESTE


Os pré-candidatos de Juína Luis Braz Deputado Estadual e Ságuas Moraes Deputado Federal estiveram visitando os municípios da Região Noroeste de Mato Grosso (Castanheira, Juruena, Cotriguaçu e Brasnorte) realizando reuniões com os Diretórios municipais do Partido dos Trabalhadores – PT e lideranças políticas da região.

O pré-candidato Luis Braz informou que as visitas foram bastante proveitosas e que em breve estarão voltando a visitar toda esta região, acompanhados também do pré-candidato a Senador Carlos Abicalil visando ampliar e fortalecer a aliança política do partido no estado.

Comissão de Educação aprova requerimento de Abicalil para realizar Audiência pública


A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (28.04), requerimento de autoria do deputado federal Carlos Abicalil (PT) que solicita a realização de audiência pública para debater a Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação (CLADE).

De acordo com o deputado Abicalil, a decisão da comissão de aprovar a iniciativa é salutar, uma vez que os parlamentares poderão conhecer profundamente os trabalhos realizados pela Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação. “Considero essencial que a Comissão de Educação e Cultura tenha a oportunidade de conhecer com maiores detalhes o importante trabalho desenvolvido pela CLADE”, disse Abicalil.

Aprovado por unanimidade, o requerimento ainda define os participantes que irão compor a Mesa da audiência pública. Segundo sugestão de Abicalil, serão convidados a coordenadora da Campanha, professora Camila Crosso, e o representante do Fórum Nacional de Educação em Direitos Humanos, Iradj Roberto Eghrari. A data do evento ainda não foi definida pela comissão.

CLADE – A Campanha Latinoamericana pelo Direito à Educação surgiu em 2002 e desde então defende o direito à educação de qualidade, pública e gratuita para todos.

Dirigida por instituições como ActionAid, Ayada em Acción, Associação Alemã de Estudos de Adultos, Conselho de Educação de Adultos da América Latina (CEAAL), Save the Children, entre outras, a CLADE articula com organizações da sociedade civil, instituições regionais, nacionais e internacionais, com o objetivo de elaborar e implementar políticas públicas na área da educação.

Candidatos se preparam para cantar no Festival da Canção de Juína



Quarta-feira, 28 de abril de 2010 Cidades, Juína (Foto Premiação FESCAJU 2009)
No último final de semana (24 e 25/4) os candidatos que vão participar da 19ª edição do Festival da Canção de Juína (Fescaju) participaram da cifragem na Casa da Cultura. São mais de 60 candidatos divididos em três categorias, infantil, amador adulto e gospel. Acompanhados de três músicos, os candidatos tiveram as músicas cifradas para facilitar o trabalho da banda nos ensaios previstos para o próximo fim de semana.

As apresentações serão no dia 6 de maio, durante as comemorações do aniversário de Juína, que completa 28 anos no dia 9 de maio.

Alunos promovem palestra sobre educação no trânsito


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Na noite desta terça-feira (27/4), alunos do curso de Segurança no Trabalho realizaram um evento sobre educação no trânsito aos alunos da Escola Politec e convidados. Entre as autoridades convidadas, estavam presentes o diretor do Departamento de Trânsito de Juína, Dirceu Mendonça, e o Policial Militar Soldado Sales. O evento iniciou com as boas vindas da aluna Andréia Chapuís, que, após os cumprimentos, chamou na frente os alunos que concluirão o curso este ano. “A iniciativa foi de todos os alunos. E sobre o tema foi devido a situação que passa a nossa cidade. E o trânsito está ligado diretamente a diversas empresas, inclusive as que usam algum tipo de transporte ou locomoção”, disse Andréia.

Mendonça lembrou que não só os motoristas, mas os pedestres também têm responsabilidades e serem atentos quanto à sinalização. “Uma palestra como está é muito importante, tanto para os condutores de veículos como também para os pedestres. Aqui em Juína tem muita gente que não respeita sinalização, as leis de trânsito. O Soldado Sales está ministrando uma palestra muito boa. É muito importante todos saber e cumprir tanto as leis de trânsito quanto a sinalização”, disse o diretor do Departamento de Trânsito de Juína.

Logo após, o Soldado Sales iniciou uma palestra bem descontraída onde inicialmente abordou sobre Educação no Trânsito e, ao longo da oratória, outros assuntos também foram citados como educação familiar e crimes praticados por menores. “Esta palestra foi de suma importância. Abordamos assuntos como o uso do cinto de segurança, álcool versus volante, excesso de velocidade, entre outros. Vale lembrar que Juína está passando por uma fase de crescimento e desenvolvimento. Devemos nos conscientizar e ter cautela ao dirigir”, ressaltou policial militar. Para ilustrar o assunto abordado, foram exibidos alguns vídeos de acidentes e, no final, aberto para perguntas dos alunos.

Sales também comentou que várias pessoas não levam conta o crescimento da cidade e ainda insistem em não cumprir algumas leis. Um exemplo bem comum é a condução de veículos automotores sem habilitação. “Juína não é mais aquela cidade pacata com 15 ou 20 mil habitantes, e sim uma cidade de porte, com 40 mil habitantes e, com certeza, com esse crescimento devemos ter, cada vez mais, muita atenção no trânsito”, finalizou Sales.

E, para encerrar a noite, um coquetel foi servido aos alunos e convidados.

Juína conhecerá sua Rainha do Comércio no final de semana.


www.juinanews.com.br (foto ilustrativa)

A menos de uma semana do concurso a ser realizado pela ASCOM (Associação Comercial e Empresarial de Juina), as candidatas a “Rainha do Comercio 2010”, vivem a expectativa de subir na passarela e representar suas empresas.

O concurso que esta em sua segunda edição, acontece no dia primeiro de maio no Juína Clube, a partir das 22:00.

Serão 24 Candidatas, cada uma com sua beleza, elegância e simpatia, quesitos a serem julgados pelos jurados, que são mantidos em segredo ate antes do evento, tudo para garantir a lisura do processo que vai coroar a Rainha do Comércio Juinense.

Segundo Elaine Costa, secretária executiva da ASCOM, o concurso desse ano já vem superando todas as expectativas de participação e vendas tanto de ingressos e mesas “como o do ano passado foi um sucesso, os que foram já garantiram suas mesas, e a procura ainda é grande... Os ingressos já estão distribuídos em pontos de vendas, e como são limitados devido a capacidade do clube, muita gente tem comprado antecipado” destacou Elaine.

Aos interessados em reservar mesas para o baile, elas são vendidas apenas na sede da ASCOM, pelos telefones 3566-2050/1888, e ingressos em vários pontos de vendas espalhados pela cidade.

Vale destacar que o inicio do desfile é impreterivelmente as 22:30.
Alem do desfile, haverá um aguardado show baile com a Banda APK, banda essa conhecida na região por sua qualidade, e agora volta prometendo levantar o publico que for ao baile.

Confira quais são as empresas e as candidatas que as representam.

CASA DO COMPUTADOR - JAQUELINE
CISSA FANTINATO - JÉSSICA CAMILA
COISA NOSSA - LUANA CIGERZA
COMERCIAL FARIAS - INGRID
COMERCIAL ITO - JÉSSICA SANTANA
COPY ART´S - SAMARA FIALHO
DISK FESTA - LEDA ALVES FEITOSA
DROGA VIP - TAIS PIRES
DROGARIA STA LUZIA - FERNANDA PARDINI
DROGARIA SÃO JORGE - BRUNA DE SOUZA
ENERMAT - FERNANDA ROMASKO
EXÊNTRICA - PATRÍCIA BUSNELO
FARMÁCIA BRASIL - SIMONE BRAGA
GRÁFICA FAMA - DAIANE DOS SANTOS
OLMI - GLEICIENE SOARES
OSKAR/VALE - ANA PAULA
PASQUALOTTO - ANA PAULA
PRÉ NOROESTE - KAUARA MODOLO
RONDOBRAS - JÉSSICA MAYNARA
SHM - ALICE ALVES
SPASSO FEMININO - FABIANA BORGES
VISUAL MIDIA - FABIANA PEREIRA
VSP INTERNET - RAVENA
YES COSMETICS - ALANA ALVES

BRASIL TEM CRIAÇÃO RECORD DE EMPREGOS NOS ULTIMOS SETE ANOS


Nos últimos sete anos, o Brasil deu um salto na geração de postos de trabalho, virando a página da estagnação que marcou a década de 1990 com a chamada “crise do emprego”. Entre 2003 e 2009, durante o governo Lula, foram criados 12,4 milhões de vagas com carteira assinada. Nos oito anos anteriores (1995 a 2002), foram menos da metade: 5 milhões de empregos, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Segundo os dados, entre 1995 e 1998, o setor público e as empresas privadas criaram 824.394 vagas. Por outro lado, entre 2003 e 2006, primeiro mandato do presidente Lula, foram abertos 6.471.336 postos de trabalho.

Descontados os números do setor público, o balanço das contratações e demissões no setor privado revela que o Brasil encerrou 1999 no negativo, com um recuo de 196 mil. De 2000 a 2002, houve uma tentativa de reversão do quadro de retração da dácada anterior com a geração de 2 milhões de empregos. No primeiro ano do governo Lula, o Caged registrou ainda a tímida criação de 645 mil novos postos de trabalho. Mas, a partir de 2004, uma sucessão de recordes mudou o cenário de estagnação que dominava o mercado de trabalho.

“Há muita coisa por fazer, mas certamente o Brasil tem o que comemorar. Os trabalhadores têm mais oportunidades e mais direitos. E este é o primeiro governo a manter um diálogo permanente com as centrais sindicais”, afirma o ex-ministro do Trabalho Ricardo Berzoini.

O governo atribui os elevados índices de geração de emprego ao crescimento econômico estimulado pelos investimentos em políticas sociais. A alta do consumo nas classes mais baixas protegeu o Brasil dos efeitos mais nefastos da crise econômica de 2009. Sem investimentos em política social, isso não seria possível. No ano passado, segundo o Caged, foram criados 995 mil postos de trabalho. A maioria dos países desenvolvidos teve redução acentuada dos empregos. Para 2010, a expectativa do governo é de 2 milhões de vagas.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, avalia que a revisão do papel do Estado como regulador e indutor do crescimento econômico foi fundamental para que a “década da resistência” ficasse para trás. Ele cita a política de valorização do salário mínimo, o Bolsa Família e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como exemplos da “recolocação” do Estado na economia. A taxa média de crescimento da economia passou de 2,1% (1999-2002) para 3,3% (2003-2005), devendo atingir 5,8% em 2010.

“Passamos os anos 1990 resistindo aos ataques da política neoliberal contra os salários e as políticas sociais. Hoje vemos que crescimento econômico tem que vir aliado à inclusão social e distribuição de renda”, nota o presidente da CUT.

Na Exponegócios, empresários já movimentam mais de US$ 1,2 mi


Patrícia Sanches
O Encontro Internacional de Negócios, Exponegócios MT-2010, realizado no Sesi Clube de Cáceres (MT), reuniu empresários de diversos países para a troca de informações. A ideia é promover a aproximação comercial pela rede de contatos e a troca de informações para suporte a futuras transações entre Brasil, Bolívia, Peru, Chile, Paraguai. Dados parciais revelam que durante o evento já foram feitos negócios que somam US$ 1,2 milhão. "É a primeira vez que participamos, não sabia que era importante para a elaboração de nossos produtos. Hoje sabemos o que o mercado procura", pontua a diretora-presidente da Cooperativa de Produtores de Pau de Balsa de Mato Grosso, Maria Elizete Pinheiro. Após troca de experiências, ela já fechou negócio e vai exportar painéis de isolamento térmico e acústico e embalagem de presente para garrafas de duas empresas bolivianas e outras duas outras peruanas. Fundada em 2009, a cooperativa tem 50 associados.

O diretor presidente do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto avalia que a saída de brasileiros da linha de pobreza e crescimento das classes sociais possibilitou um mercado de necessidades básicas e ativação de negócios. Uma das formas de colocar em prática o comércio entre os países, disse, foi o lançamento do Estudo Rota Logística Rotas do Pacífico entre os países. Entre as propostas do documento está a ligação terrestre, por exemplo, de Cuiabá-Porto Velho-Rio Branco e o Pacífico pela rodovia peruana Interoceânica. Por meio deste caminho fica mais fácil escoar os produtos do Estado e fomentar as exportações.

Na rodada de negócios participaram 12 segmentos, onde se inscreveram para apresentação de produtos e estreitar relacionamento 30 vendedores e 50 compradores dos países. O prefeito de Cáceres, Tulio Fontes, ressaltou a
importância do trabalho de orientação para o comércio exterior. Durante o evento, ele relatou uma viagem entre Cuiabá, Cáceres até os Andes peruanos de um grupo de 40 empresários. "Entendi e outros também entenderam que o caminho da união dos povos da América do Sul passaria pelo que trilhamos em 1993". Para ele, desde então, houve muito avanço e a união dos países fará com que a economia seja fortalecida. O Exponegócios foi organizado pelo Sebrae e Secretaria estadual de Indústria, Comércio, Minas e Energia, numa parceria com a Facmat, Famato, Fecomércio e Fiemt.

CNJ decreta intervenção no setor de informática do Tribunal de Justiça


Em mais uma decisão surpreendente e que expõe ainda mais a imagem do Judiciário mato-grossense, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou intervenção no sistema de informática do Tribunal de Justiça. Conforme a Portaria 24, a qual o RDNews teve acesso com exclusividade, o corregedor-nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, tomou a decisão com base em informações apresentadas por cinco desembargadores, sendo eles Alberto Ferreira de Souza, Clarice Claudino da Silva, Guiomar Teodoro Borges, Maria Helena Gargaglione Póvoas e Márcio Vidal. Eles narram que há fragilidades do sistema informatizado do TJ. Alertam que isso põe em risco a segurança dos votos, a vedação de acessos a ex-funcionários e a higidez de arquivos.

O CNJ já determinou que o sistema passe por inspeção em 20 de maio. Vai abranger os sistemas de informática de primeiro e segundo graus da jurisdição da Justiça estadual. O juiz-auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Friedmann Wendpap, será o responsável pela inspeção. Ele terá acesso a todos os recintos do Judiciário e, inclusive, às senhas e computadores, caso julgue necessário para o cumprimento da investigação. Ele poderá ainda examinar autos de processos judiciais e administrativos. Os servidores Thiago Andreade Vieira, Paulo Roberto Benite Júnior e Giscard Stephanou da Silva foram designados para acompanhar os trabalhos. O magistrado terá um prazo de 30 dias para apontar as supostas irregularidades no setor.

Problemas no setor de informática foram detectados em 10 de março, quando computadores foram apreendidos e dois servidores flagrados e afastados dos cargos. Suspeita-se que o ex-coordenador do Departamento de Informática Mauro Ferreira Filho tenha colocado algum tipo de mecanismo que permita acesso remoto ao sistema. Assim, a manipulação poderia ocorrer de fora do Tribunal.

Mauro foi afastado do cargo, após ser flagrado por uma funcionária do Tribunal praticando atos suspeitos dentro do Departamento Judiciário Auxiliar e da Informática. Ele estava no local exatamente no momento em que o processo de distribuição ocorreria e, sob a justificativa de que precisava instalar um programa no computador onde é feita a definição, começou a mexer na máquina. Além dele, foi afastado do cargo o então diretor de Informática Danilo Pereira da Silva.

Este é mais um capítulo do maior escândalo envolvendo o Poder Judiciário do Estado. Apenas neste ano, 11 magistrados já foram aposentados compulsoriamente pelo CNJ. Primeiro, foram condenados o ex-presidente do TJ, José Ferreira Leite, e seus colegas desembargadores José Tadeu Cury e Mariano Travassos, e ainda os juízes Marcelo Souza de Barros, Irênio Lima Fernandes, Antônio Horácio da Silva Neto, que presidiu a Associação de Magistrados do Estado (Amam-MT), Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, filho de Ferreira Leite, Juanita Cruz Clait Duarte (filha do ex-presidente do TJ Wandir Clait Duarte, que já feleceu), Maria Cristina de Oliveira Simões e Graciema Caravellas.

Em março foi a vez do desembargador José Jurandir de Lima receber a pena máxima do CNJ: aposentadoria compulsória. Contra ele pesou a denúncia de nepotismo. O magistrado teria contratado seus dois filhos para trabalhar no gabinete no período em que presidiu o TJ. Eles não compareciam ao trabalho e, mesmo assim, recebiam salário mensalmente.

Recentemente mais um escândalo. Dessa vez a denúncia foi de que havia indícios de venda de sentenças no Estado. Isso fez com que magistrados perdessem o sono. O processo corre em segredo de Justiça e apura a existência de um grupo formado por servidores, lobistas e advogados que manipulariam os computadores do departamento Judiciário Auxiliar e de Informática para que algumas ações fossem direcionadas para determinados juízes e desembargadores. Também estaria sendo investigada a participação de magistrados no esquema.

Presidente da UNE diz que ela não quer ser neutra na eleição


.A decisão de se colocar com independência em relação à disputa presidencial, deliberada no encerramento do 58º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), no Rio de Janeiro, não fará da União Nacional dos Estudantes (UNE) neutra durante o processo. Quem avisa é o presidente da entidade, Augusto Chagas (foto) em entrevista a Terra Magazine.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - A UNE decidiu pela independência diante das eleições presidenciais. Vocês optaram por esse posicionamento porque se sentiram constrangidos ou pressionados em razão das insinuações feitas por parte da imprensa de que a entidade tem uma postura governista, chapa-branca?
Augusto Chagas - Não. Esse posicionamento já é tradicional da UNE. Nossa tradição é não apoiar candidaturas. Houve poucas ocasiões em que tomamos uma posição desse tipo. Em 2002, por exemplo, no segundo turno, a UNE construiu um plebiscito e, com o resultado dele, tomou a decisão de apoiar o candidato Lula. Nossa posição histórica é essa. A novidade nessa ocasião foi que, ao longo do processo do CONEG, fortaleceu-se a ideia de que deveria fazer o apoio. A imprensa divulgou muito, chegou a pegar declarações de dirigentes da UNE, defendendo essa proposta de apoio a uma candidatura. Depois, surgiu uma proposta contra o candidato Serra, uma campanha anti-Serra. E eu sustentei, durante o fórum, que deveríamos manter nossa posição de independência, por considerar que é o melhor para a UNE.

Mas vocês se sentiram constrangidos de alguma forma?
Não. Eu diria que tem duas questões fundamentais, que para nós são muito valiosas e que estão muito acima de qualquer constrangimento. A UNE não sente constrangimento pelas insinuações que de vez em quando aparecem. Sempre procuramos responder a elas com a segurança de quem tem confiança nas opiniões que defende. Tem duas questões muito valiosas para nós, que balizaram nossa decisão. A primeira é a questão da pluralidade da UNE. No interior da entidade, inclusive na diretoria, há jovens que se organizam em correntes políticas diversas. Você tem jovens ligados ao PCdoB, ao PT, a PSB, mas você tem jovens também ligados ao PSDB, ao Democratas, ao PMDB, ao PPS, ao PSOL, ao PV... Percebo que, inclusive, são jovens que se identificam com pré-candidaturas diferentes. Acho que uma das questões que sempre fortaleceram a UNE, nessas várias décadas de história, é que ela sempre conseguiu conviver democraticamente com essas diferenças de opinião. Nossa decisão primeiro foi balizada em fortalecer essa característica. A UNE é forte justamente por causa dessa composição.
A outra (questão) tem relação com a disputa política eleitoral, porque a UNE não quer ser neutra na disputa. Uma parte da imprensa chegou a noticiar que a UNE estaria neutra. A palavra não é a mais adequada. Pretendemos estar independentes no processo. Acho que são os partidos políticos que devem ter candidatos. Esses, sim, devem ter suas coligações e personificar em determinadas candidaturas suas ideias. A UNE tem condição de contribuir de outra maneira, que são com nossas propostas. Isso é muito mais valioso e ajuda muito mais no debate que a sociedade vai fazer. Nós saímos com um programa, que tem opinião sobre uma série de questões na sociedade.

É o programa que vocês vão apresentar aos candidatos...
Exatamente. E aí, a responsabilidade dos candidatos de se afinarem ou não é deles. Dos setores que eles representam, das ideias que defendem. A UNE não está preocupada se a figura A, se a figura B implementará determinadas ideias. A UNE está preocupada com quais setores elas vão estar representadas, que propostas serão implementadas, que políticas conduzirão o Brasil no próximo período. Saímos com uma posição muito consistente, muito correta. A UNE saiu unida, fortalecida e com mais capacidade de ajudar no debate que a sociedade brasileira vai fazer. No final das contas, nosso objetivo é ajudar, fazendo com que o debate das eleições possa se concentrar naquilo que interessa mais ao Brasil. E, por outro lado, podemos mobilizar os estudantes, o que, no final das contas, tem condição de mudar a realidade.

Em 2006, a UNE lançou um movimento contra o então candidato Geraldo Alckmin (PSDB). Durante o fórum, vocês decidiram não levar à plenária a moção de repúdio ao atual pré-candidato tucano, José Serra. Isso teria relação com o passado de Serra, que foi presidente da entidade na década de 1960?
Em 2006, a UNE, formalmente, não adotou a campanha contra o Alckmin. Tem uma confusão, porque, boa parte dos diretores da UNE, naquela ocasião, no segundo turno, optou por assinar uma campanha que defendia que o Alckmin não era uma saída. Eles lançaram aquela chamada: "Alckmin não." Mas essa foi uma opção individual desses dirigentes. Obviamente, teve um peso, porque uma parte confundiu, pensando que a UNE estava fazendo a campanha. O próprio presidente na ocasião assinava a campanha e alguns dirigentes também assinaram. Não foi construída pela UNE e não significou um posicionamento formal da entidade. Quando teve, foi em 2002, na verdade. Na época, existiu um plebiscito Lula X Serra. O Lula venceu, e a UNE declarou apoio formal a ele.

Então, se no segundo turno das eleições presidenciais 2010, a disputa ficar entre Dilma e Serra, a UNE tenderá a apoiar a candidata do PT?
Acho que nós acabamos de sair de um fórum, que tirou uma posição muito firme sobre como a UNE deve se posicionar nos próximos meses. A UNE deve se posicionar com independência, apresentando nossas propostas aos diferentes candidatos e fortalecendo determinadas visões que, com muita justeza, temos o direito de ter. O momento agora é de se concentrar nisso. É muito cedo para saber o que vai acontecer até outubro, como as pré-candidaturas vão se transformar em candidaturas, qual vai ser a definição dos programas dessas candidaturas, as ideias que cada um dos candidatos defenderá. Isso tudo vai definir se a UNE, por ventura, vai tomar ou não uma posição no segundo turno. Agora, a gente deve se concentrar no que o fórum acabou de aprovar.

Sobre os pontos que foram aprovados, há quem diga que eles têm convergências com o governo Lula...
A UNE tem posição sobre determinadas políticas. Isso está muito claro no programa que aprovamos. Nós somos contra, por exemplo, o retrocesso a determinadas políticas, que foram implementadas não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Na década de 90, existia uma hegemonia de pensamento, que a UNE combateu naquela ocasião, que tem a ver com a ideia das privatizações a qualquer custo, da diminuição do Estado a qualquer custo, da diminuição das políticas sociais, dos arrochos fiscais, dos cortes orçamentários para políticas de educação, saúde. Tem a ver com a relação com os movimentos sociais muito antidemocráticas. Nós tivemos um ministro da Educação, o Paulo Renato, que, durante oito anos, nunca recebeu a UNE. Não se deu ao trabalho de fazer uma audiência para escutar a opinião da entidade. Hoje, a UNE tem condições de ser recebida pelo presidente da República, a cada seis meses. Temos o direito de ter opinião sobre determinadas políticas. A UNE sabe o que não quer. Ela vai lutar para que o Brasil não retroceda. E nós queremos avançar em determinadas posições. Precisamos muito avançar ainda em uma série de políticas... A UNE não sai neutra. Ela tem opiniões. Se essas opiniões são absorvidas pelos candidatos, isso é uma responsabilidade deles. Queremos saber dos candidatos quais deles concordam com nossa visão.