BLOG PROGRESSISTA - NOTICIAS PREFERENCIAIS DO PT

RESPONSÁVEL MARIO ALVIM DRT/MT-1162

sábado, 31 de julho de 2010

TV dos Trabalhadores vai ao Ar em Agosto


Por Altamiro Borges, no Blog do Miro

A TVT (TV dos Trabalhadores) vai entrar no ar em agosto. O presidente Lula deverá participar da estreia da emissora, a primeira que é outorgada a um sindicato de trabalhadores. A informação foi confirmada há pouco pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT), que há 23 anos pede a concessão da TVT, em parceria com a Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho, criada há 10 anos.

A data em que a emissora entrará no ar, os detalhes de programação e de sua retransmissão serão divulgados na próxima quinta-feira. "Os trabalhadores têm direito legítimo a um canal de TV, assim como segmentos como igrejas e universidades já tem", diz Sérgio Nobre, presidente do sindicato, que representa mais de 100 mil trabalhadores na região do ABC.

A TVT irá ao ar pelo canal 46 UHF-Mogi das Cruzes, além de canais comunitários em todo o Estado de São Paulo. No início, a TVT terá uma hora e meia diária de produção própria, com um telejornal e dois programas de debates. Para o restante da grade de programação, foram firmadas parcerias com a TV Brasil e as TVs Câmara e Senado para retransmissão de reportagens especiais e documentários.

A outorga da emissora foi feita em outubro de 2009 por meio de decreto assinado pelo presidente Lula e pelo então ministro das Comunicações, Hélio Costa passado e publicada no Diário Oficial da União. A concessão é de um canal educativo e foi feita à Fundação Sociedade de Comunicação, Cultura e Trabalho, entidade criada e mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

ACM negou primeiro pedido

PIG da a noticia e já trama a reviravolta! Se ainda for possível!!

Dilma ultrapassou no Sudeste, e empatou entre as mulheres, na pesquisa Ibope


Detalhes a pesquisa Ibope:

Espontânea:
Dilma: 27%

Serra: 19%

Estimulada:
Dilma: 39%

Serra: 34%
Marina: 7%

2o. turno:
Dilma: 46%

Serra: 40%

Rejeição:
Dilma: 19%

Serra: 24%

Expectativa de vitória:
47% acha que Dilma vencerá

32%,acha que o vencedor será Serra

Empate no Eleitorado Feminino:
Dilma: 35%

Serra: 35%

No levantamento anterior, o demo-tucano tinha uma vantagem de 7 pontos no eleitorado feminino.

Eleitorado Masculino, Dilma abre 11 pontos de vantagem:
Dilma: 44%

Serra: 33%

Dilma ultrapassou no Sudeste:
Dilma: 37% (tinha 32%)

Serra: 35% (tinha 37%)

No Nordeste, Dilma tem o dobro de votos:
Dilma: 49%

Serra: 25%

Norte/Centro-Oeste, Dilma ultrapassou:
Dilma: 40% (tinha 33%
)
Serra: 33% (tinha 41%)

Sul foi a única área em que Serra cresceu, segundo o Ibope:
Serra: 46%
Dilma: 31%

Parte da explicação no Sul, pode estar na nota abaixo:

Ibope beneficia Serra, expurgando votos de entusiastas e militantes

A diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari, fez uma declaração que acaba funcionando como uma confissão de que beneficia o demo-tucano José Serra (PSDB/SP).

Ela afirmou:

- O Rio Grande do Sul é o lugar mais difícil de se fazer pesquisa porque o Ibope não entrevista pessoas que manifestem posição política de antemão, que estejam militando ou que se ofereçam para ser entrevistadas.

Como os demo-tucanos não tem militância, enquanto que, entre os "lulistas" e "dilmistas", existem um número muito maior de eleitores que se manifestam e militam, os números de Serra ficam inflados, e as intenções de voto em Dilma são expurgadas, distorcendo a pesquisa. (Com informações da jornalista Thais Arbex)

Dilma abre vantagem de 12 pontos sobre Serra em MG


A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, feita nos Estados, também mostra Dilma ladeira acima, e Serra ladeira abaixo nos estados.

Minas Gerais

Dilma: 44%

Serra: 32%

A diferença corresponde a 1,2 milhão de votos, levando-se em conta o tamanho do eleitorado e as taxas históricas de abstenção.

O voto "Dilmasia" pegou entre os eleitores de Aécio Neves (PSDB). Entre os entrevistados que declaram voto em Anastasia para governador (que também não decolou, ficando bem atras de Helio Costa), 48% preferem Dilma, contra 37% que preferem Serra.

Rio de Janeiro

Dilma: 46%

Serra: 27%

Espírito Santo, há um empate, por enquanto

Serra: 38%
Dilma: 36%

Quando os capixabas se derem conta de que José Serra foi o carrasco deles na Constituinte de 88 para "saquear" o ICMS do Petróleo produzido no Estado ...

São Paulo

Serra: 44%
Dilma: 33%

Pernambuco

Dilma: 59%

Serra: 26%

Distrito Federal

Dilma: 36%

Serra: 25%

Amazonas

Dilma: 68%

Serra: 16%

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Serra em "Esta é a sua vida"


Nesta campanha eleitoral as manifestações de cada candidatura das coligações em disputa pela preferência do eleitorado apresentam temas e controversias sob grande temperatura, mas o candidato José Serra tem se destacado com uma série de inverdades ao proclamar como sendo de sua autoria projetos e ações que foram de outros idealizadores.

A cada semana de uma nova declaração de José Serra segue-se outra desmentido o que assumiu, muitos provados pelos próprios autores e tiveram ações ou seus direitos autorais surrupiados por Serra, e ainda as próprias declarações do tucano assumindo que foi um engano ou interpretação equivocada de suas palavras.
Fatos esses que se tornaram uma constante desde seu governo em São Paulo e suas frases contestadas pelas categorias envolvidas, para elencar algumas delas mostramos a seguir as mais comentadas, e a verdade dos fatos na sequência.

Serra mente: "Sempre votei a favor dos direitos dos trabalhadores"

A verdade:

Por sua performance na votação da Carta Magna, Constituinte de 1988, Serra recebeu uma nota negativa (3,7, numa escala de zero a 10) do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Ele não votou a favor da redução da jornada para 44 horas semanais, não votou pela garantia de aumento real para o salário mínimo, não apoiou o direito de greve e voltou as costas à classe trabalhadora em vários outros temas, conforme esclarece o minucioso manifesto das centrais sindicais.

Serra mente: "Eu criei o FAT - Fundo de Assistência aos Trabalhadores"

A verdade:

Cinco das seis centrais sindicais que representam 94% de todas as categorias de trabalhadores, lançam o manifesto: “Serra: impostura e golpe contra os trabalhadores”. Documento contesta declarações de que Serra criou o FAT e tirou do papel o seguro-desemprego, e acrescenta: "Não fez nenhuma coisa e nem outra" .
O deputado Jorge Uequed, PMDB/RS, foi quem apresentou o projeto um ano antes que Serra, e o deputado Jorge Uequed conforme consta nos anais da Câmara dos Deputados é o verdadeiro autor do Fundo de Assistência ao Trabalhador.

Serra mente: "Eu que inventei os Genéricos"

A verdade:

O próprio Serra desmentiu a autoria, e disse; "Não fui eu quem inventei genérico. Os genéricos, já existiam. Eu nem sabia quando eu assumi o Ministério da Saúde, afirmou. Além de negar a paternidade dos genéricos, Serra disse que também NÃO implementou no Ministério da Saúde o programa de combate à AIDS.
Como se sabe Serra diz que fez os genéricos e quem fez foi o então ministro da Saúde Jamil Haddad, no governo do presidente Itamar Franco (1992 -1994).

Serra mente: "Eu que implantei o Programa de AIDS no país"

A verdade:

Em 1983 é implantado no Estado de São Paulo o primeiro programa de controle da Aids no Brasil. O seu coordenador era o dermatologista Paulo Roberto Teixeira Leite. Na sequência, é criado o programa no Estado do Rio de Janeiro. Começa também a organização do Programa de Aids do Ministério da Saúde.
No ano seguinte, 1984, o Programa de Aids do Ministério da Saúde surge no âmbito da Divisão de Dermatologia Sanitária, que tinha como chefe a dermatologista Maria Leide de Santana. José Sarney era o presidente da República e Carlos Santana, ministro da Saúde. Nessa época, chegam ao programa Lair Guerra de Macedo Rodrigues (bióloga), Pedro Chequer (médico epidemiologista e sanitarista), Euclides Castilho (médico epidemiologista), Luís Loures (clínico geral), Celso Ferreira Ramos-Filho (infectologista), entre outros.

Serra mente: "Não pode ter dinheiro público para os movimentos sociais"

A verdade:

Em uma CPMI criada como dispositivo de criminalização dos movimentos sociais e contra avanços na Reforma Agrária, durante oito meses foram feitos todos os esclarecimentos ao Congresso Nacional em relação à denúncias, com base em jornais e revistas contra a Reforma Agrária.
Nesse período, as entidades sociais provaram que os objetos dos convênios foram cumpridos, o trabalho realizado melhora a qualidade de vida dos trabalhadores rurais e não houve desvio de recursos públicos, de acordo com o relatório final da CPMI.
Após a conclusão da CPI dirigente de movimento social declarou que José Serra representa os interesses do latifúndio improdutivo, do agronegócio e das empresas transnacionais que não resolvem o problema das famílias sem terra e não garantem o abastecimento de alimentos saudáveis para a população brasileira.

Serra mente: "Os professores temporários irão melhorar o ensino"

A verdade:

Descaso de Serra com a educação leva professores à greve “O sindicato dos professores apresentou toda discordância em relação ao PL 19/2009, que propõe contratar ACTs por tempo determinado de 200 dias e deixou claro que a precariedade para novos temporários é inaceitável, indo na contramão de qualquer discurso de melhoria da qualidade da educação”.

Serra mente: "Não foi por falta de diálogo que aconteceu o confronto"

A verdade:

O diretor do Sindicato da Polícia Civil do Distrito Federal, Luciano Marinho de Moraes, iniciou ontem contatos com sindicatos de Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Ele afirmou que passará ainda hoje nos gabinetes de deputados e senadores para apresentar moção de repúdio ao atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, e ao governo de José Serra.

Serra mente: "A situação na Polícia de São Paulo está normal"

A verdade:

Sindicatos de diferentes Estados do País paralisam suas atividades por duas horas, em apoio aos grevistas e repúdio à maneira que eles classificam como "desrespeitosa" com que o governo paulista tem tratado os policiais. A decisão foi motivada pelo confronto entre policiais militares e civis, na frente do Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira.

Serra mente: "As OSs não prejudicam os atendimento aos usuarios do SUS"

A verdade:

Desde 1998, com a edição/promulgação de um projeto de lei pelo então presidente FHC, as Organizações Sociais (OSs) passaram a gerir uma série de instituições hospitalares Brasil afora, mas encontraram no Estado de São Paulo seu porto pacífico.
A partir de então, os hospitais e serviços de saúde, que vinham sendo administrados diretamente pelas autarquias municipais e estaduais tiveram seu gerenciamento progressivamente terceirizado, privatizado – sempre pelas mesmas (e poucas) empresas (OSs), e sempre sem licitação. O InCor e o Hospital das Clínicas tem fila dupla
O esquema, de contratos milionários, envolve aquilo que FHC e Serra fizeram enquanto foram gestores federais: sucateamento e pauperização crescentes das estruturas públicas, principalmente as hospitalares e educacionais, e desvalorização de seus funcionários, para que o argumento privatizador pudesse encontrar respaldo junto à população em geral.
O secretário de saúde de SP, Paulo Roberto Barradas disse: "O InCor e o Hospital das Clínicas tem fila dupla, a dos pacientes particulares anda rápida, já a dos usuários do SUS é muito lenta"

Serra mente: "A paralisação de transporte é política? "

A verdade:

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, ao longo de seus 73 anos de existência tem participado ativamente das lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores em transportes e de todas as mobilizações da classe trabalhadora para manter as conquistas que custou milhares de vida em defesa de uma sociedade mais justa.
As declarações do Governador de São Paulo, José Serra, mostra claramente de que lado está o governo paulista, que se tornou um dos maiores tercerizadores da mão-de-obra dos trabalhadores nas empresas públicas, onde incluímos o Metrô e a EMTU, com a contratação de mão-de-obra através de empresas de pessoas jurídicas, como já tinha acontecido no transporte público de passageiros na cidade de São Paulo durante seu curto mandato como prefeito e que tem continuidade com seu sucessor Gilberto Kassab.

Serra mente: "Assino comprometendo-me a cumprir 4 anos na prefeitura"

A verdade:

José Serra formaliza sua renúncia ao cargo de prefeito da maior cidade do País exatamente um ano e três meses depois de ter assumido o posto e assinado um documento em frente as câmeras de televisão atestando o compromisso de ficar o mandato de prefeito por quatro anos, ao anunciar a sua pré-candidatura ao governo de São Paulo. Serra marcou para o período da tarde uma reunião com seu secretariado, na qual anunciará à equipe que o vice Gilberto Kassab (DEM) passa a ser o novo prefeito da capital paulista.

Serra mente: "Isso [as privatizações] é usado mais como terrorismo eleitoral"

A verdade:

O ex-presidente Fernado Henrique em declaração a imprensa diz;"Quem mais queria privatizar as estatais durante o seu governo não era ele, mas sim o governador de São Paulo, José Serra (PSDB): “O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale”, afirmou Fernando Henrique. E ainda acrescentou" FHC lembrou ainda que José Serra brigou, também, pela entrega da Light. “A Light também foi o Serra”.

Lula assina decreto que regulamenta o Programa Um Computador por Aluno


O governo publicou na terça-feira (27), no Diário Oficial da União, decreto que regulamenta o Programa Um Computador por Aluno (Prouca) e detalha as regras para compra dos equipamentos, com o Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe).

O programa já funciona de forma experimental desde 2008.

A compra será feita por licitação. O decreto prevê que as especificações técnicas dos equipamentos serão definidas pelos ministérios da Educação e da Fazenda, que também poderão determinar preço mínimo e máximo para os computadores.

Na última licitação, o preço pago pelo governo por laptop foi R$ 550. De acordo com o MEC, o edital deve ser lançado em até três semanas.

Terão prioridade equipamentos que utilizem software livre e de código aberto, sem custos de licenças.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer uma linha de crédito de R$ 660 milhões para que estados e municípios comprem os laptops.

O Recompe prevê isenção de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), PIS/Pasep, Cofins, Imposto de Importação e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o vencedor da licitação.

Até agora, o governo comprou 150 mil computadores, que devem ser distribuídos a 300 escolas da rede pública até o fim de 2010. Na sexta-feira, o presidente Lula esteve em Caetés (PE) na cerimônia de entrega naquela cidade (Da Agência Brasil).

Desmascarado pela blogosfera, Serra admite que mentiu: "Não fui eu quem inventei genérico e não implementei o programa de combate à AIDS", diz Serra


Agora só falta Serra assumir que não tem diploma

Serra nega ‘paternidade’ dos genéricos e diz apenas ter implantado a ideia

“Não fui eu quem inventei genérico. Os genéricos, já existia. Eu nem sabia quando eu assumi o Ministério [da Saúde], afirmou.

Além de negar a paternidade dos genéricos, Serra disse que também NÃO implementou no Ministério da Saúde o programa de combate à AIDS

Em meio à polêmica sobre a paternidade dos medicamentos genéricos no país, o candidato José Serra (PSDB) admitiu que não "inventou" esse tipo de remédio. O tucano disse que a ideia já existia e apenas trabalhou para colocá-la em prática enquanto esteve no comando do Ministério da Saúde.

"Não fui eu quem inventei genérico. Os genéricos, já existia a ideia. Eu nem sabia quando eu assumi o Ministério [da Saúde]", afirmou.

Serra disse que o ex-deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB) lhe falou sobre os remédios genéricos, por isso decidiu trabalhar pela sua implementação. O tucano afirmou que, como o projeto em discussão sobre a quebra de patentes dos medicamentos tinha falhas, fez alterações para garantir o atual modelo de produção dos remédios genéricos.

O PSDB chegou a colocar em seu site na internet texto no qual sustentou que o candidato apresentou a "Lei dos Genéricos", e destacou a promessa do partido de "turbinar" esse tipo de medicamento.

A reação tucana veio depois que a candidata Dilma Rousseff (PT) reivindicou a paternidade dos genéricos para o ex-ministro do governo Itamar Franco, Jamil Haddad - já que o tema era uma das principais bandeiras da campanha de Serra.

Além de negar a paternidade dos genéricos, o candidato disse que também não implementou no Ministério da Saúde o programa de combate à AIDS, em vigor no país. "Eu toquei o programa da Aids para acontecer na prática, mas não foi ideia minha."

Em discurso para aliados políticos no Tocantins, Serra partiu para o ataque contra Dilma. O candidato acusou a petista de promover "mentiras, insultos e truques" na campanha para fugir do debate, sem citá-la nominalmente. O tucano disse que "cabos eleitorais petistas" espalharam o boato de que privatizaria a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) caso eleito, ideia que ele diz nunca ter passado pela sua cabeça.

"É tudo cabo eleitoral, não é gente que entende de abastecimento. Quem vai perder o emprego é esse pessoal, que está lá por nomeação política e não entende nada do assunto", disse.

O candidato afirmou que soube dos boatos na Ceagespe por intermédio do seu tio, que trabalha na empresa. "A filha dele me mandou e-mail dizendo que foram lá dizer que eu vou privatizar a Ceagespe. Está todo mundo apavorado, nunca tive essa ideia. Até porque já é privatizada. Só a administração é publica."

Serra afirmou que a estratégia faz parte da "espionagem" que seus adversários fazem em meio à campanha eleitoral. O tucano mencionou o caso da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, que teve os dados do seu Imposto de Renda violados pela Receita Federal. "Tem um jogo aí e não se debate ideias"

Serra também alfinetou o senador Aloizio Mercadante (PT), que disputou com o tucano o governo de São Paulo nas eleições de 2006. "Estou na minha nona campanha. Perdi três [eleições], ganhei cinco. A última para o governo de São Paulo ganhei com o pé nas costas, em primeiro turno, com um candidato fraco, sem credibilidade. O sonho de qualquer candidato."

Mercadante disputa novamente este ano o governo de São Paulo com Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador do Estado.

O tucano discursou para cerca de duas mil pessoas na noite desta terça-feira, em evento político organizado pela senadora Kátia Abreu (DEM), em Palmas. A democrata convidou aliados políticos, prefeitos da região e correligionários do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) para ouvir as propostas de Serra em sua campanha. Campos é candidato ao governo do Estado. Aqui na Folha tucana

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Imagine se lá existisse um Índio...


Marcos Coimbra Sociólogo e Presidente do Instituto Vox Populi
marcoscoimbra.df@dabr.com.br


Eleições sem graça

Por trás das proibições à graça e ao humor, está o espírito que atravessa por inteiro nossa legislação eleitoral: a desconfiança na capacidade de discernimento do cidadão, de que ele consiga julgar sozinho, de que possa prescindir de patronos

Quem quiser sustentar a tese de que nossa legislação eleitoral é satisfatória terá poucos motivos. Salta aos olhos da maioria do país que ela é inconveniente e que já é mais que hora de mudá-la em profundidade.

Só por conveniência a defendem. Ninguém acha, com sinceridade, que seja boa, e, quando alguém finge admirá-la, é por puro oportunismo.

Semana passada, por exemplo, para (pela milionésima vez) criticar o que Lula faz, uma de nossas revistas semanais mais importantes disse, em editorial, que “(...) no Brasil de hoje, o governante se insurge de maneira histérica contra leis intrinsecamente boas, democraticamente feitas e aprovadas. A pouco mais de dois meses da votação em primeiro turno, zomba abertamente da consagrada Lei Eleitoral brasileira”.

É impressionante a quantidade de equívocos em um parágrafo tão curto. Independentemente das estocadas que querem dar em Lula, nenhuma dessas avaliações faz sentido. Embora seja um truísmo dizer “foram feitas democraticamente” (pois isso só não seria verdade se vivêssemos em uma ditadura), elas não são nem boas, nem aprovadas pela maioria da opinião pública. Portanto, nossa Lei Eleitoral pode ser tudo, menos “consagrada”.

São muitas as mostras de que elas são, ao contrário, más e que, por isso, insurgir-se contra elas não é histeria nem consiste em zombaria. Nossas leis eleitorais são tão ruins que fazem com que fiquemos cada dia mais distantes do que é desejável em uma cultura democrática.

Um dos maiores jornais do Rio de Janeiro trouxe, este fim de semana, reportagem sobre suas consequências nos programas humorísticos da televisão. À primeira vista, poder-se-ia dizer que é algo secundário, quase irrelevante na discussão política mais “séria”. Afinal, que significado teria o humor na vida política de uma sociedade?

Quem imaginar que pequeno (ou nenhum) incorreria em erro. O humor é um componente fundamental das relações saudáveis entre cidadãos e políticos, governos, candidatos e eleições. Rir deles é uma maneira de reduzir distâncias, de dessacralizá-los, de trazê-los para a esfera de ação das pessoas comuns. Em outras palavras, de aprofundar os valores mais básicos da democracia, igualitários e anti-hierárquicos. Não há nada mais genuinamente democrático que rir dos poderosos e de suas atribulações.

Pois bem, na contramão de nossas antigas tradições, de sempre encontrar motivos para ironizar e brincar com os políticos e os candidatos, tão típicas da cultura brasileira, a legislação atual faz o oposto. Se depender dela, o humor está banido.

Ouvidos, os responsáveis pelos programas humorísticos de maior audiência foram unânimes. Nenhum pretende trazer as eleições para suas brincadeiras. Alguns pensam em inventar personagens para não deixar de falar nelas, nem que seja por meio de candidatos fictícios. Nada de graças, paródias, ironias ou piadas com os candidatos reais.

Os humoristas têm medo da legislação e têm razão. Ela cerceia a expressão, inibe a manifestação e ameaça os que tratam sem salamaleques o mundo da política. No seu artigo 45, a Lei nº 9.504/97 proíbe as emissoras de televisão de fazer coisas que, “de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação”. Quem a descumprir está sujeito a multa de até R$ 106 mil, que dobra na reincidência.

Que inveja dos americanos! Lá, ninguém poupa candidato nenhum, nem humoristas, nem apresentadores ou âncoras de talk-shows. Quem entra na chuva das eleições sabe que pode se molhar. Que o diga Sarah Palin, candidata a vice na chapa republicana derrotada em 2008. Merecia ser ridicularizada e o foi sem piedade. Imagine se lá existisse um Índio...

Por trás das proibições à graça e ao humor, está o espírito que atravessa por inteiro nossa legislação eleitoral: a desconfiança na capacidade de discernimento do cidadão, de que ele consiga julgar sozinho, de que possa prescindir de patronos. No dia em que nossas leis reconhecerem que o eleitor não precisa ser tratado com paternalismo, começaremos a construir uma cultura política verdadeiramente democrática. Onde rir dos candidatos é um direito que nenhuma falsa circunspecção deve reprimir.

PSDB e DEM lideram impugnações por 'ficha-suja' em SP


A dobradinha infernal da política brasileira, demos e tucanos, o que há de pior, de mais sórdido e nocivo ao futuro do país

Rede Brasil Atual

PSDB e DEM lideram o número de candidaturas impugnadas no estado de São Paulo, de acordo com dados da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP). Dos 31 registros impugnados em função de condenações por cortes colegiadas, seis são de democratas e outros seis são tucanos.

Os candidatos barrados em função de condenações anteriores à aprovação do Ficha Limpa podem recorrer da decisão e, assim, obter o registro. O texto foi votado no Congresso em maio deste ano.


Entre postulantes a deputado federal pelo DEM, estão os nomes de: Airton Garcia Ferreira e Guilherme Campos Júnior. Na candidatura para deputado estadual: Edmir Chedid, Gilberto Macedo Gil Arantes, Raimundo Taraskevicius Sales e Estevão Galvão de Oliveira.

No PSDB, um candidato a deputado federal sofreu impugnação: Renato Amary. Por vagas na Assembleia Legislativa, foram barrados João Caramez, Mauro Bragatto, Maurício Pinterich, Nézio Luiz Aranha Dartora e José Luis Ribeiro.

O PRE-SP divulgou, até esta segunda-feira (26), dois editais com pedidos de registro de candidatura. Nos documentos, foram incluídas os pedidos impugnados por falta de documentação ou inadequação à lei. De um total de 802 impugnações, a maior parte ocorreu por falta de documentos ou outras irregularidades.

Na semana passada, a entidade havia divulgado o primeiro edital. Na ocasião, cinco registros de postulantes a cargos de deputado federal e estadual do PMDB foram barrados pelo Ficha Limpa. O PV e o PDT tiveram quatro candidatos cada.

Pela primeira vez, o nome de um candidato a vice-governador apareceu na lista dos impugnados, Aldo Josias dos Santos (PV). Três outros candidatos impugnados concorrem a uma vaga para na Assembleia Legislativa de São Paulo, são eles: Ataíde Souza Pinheiro (PSOL), Paulo Henrique Pastore (PTC) e Ricardo Rodrigues Pereira (PCB).

Dez falsos motivos para não votar na Dilma Roussef


Por Jorge Furtado via Blog do Herval Junior

Ouço e leio alguns argumentos para não votar em Dilma, argumentos que me parecem inconsistentes, distorcidos, precários ou simplesmente falsos. Passo a analisar os dez mais freqüentes.

1. “Alternância no poder é bom”.

Falso. O sentido da democracia não é a alternância no poder e sim a escolha, pela maioria, da melhor proposta de governo, levando-se em conta o conhecimento que o eleitor tem dos candidatos e seus grupo políticos, o que dizem pretender fazer e, principalmente, o que fizeram quando exerceram o poder. Ninguém pode defender seriamente a idéia de que seria boa a alternância entre a recessão e o desenvolvimento, entre o desemprego e a geração de empregos, entre o arrocho salarial e o aumento do poder aquisitivo da população, entre a distribuição e a concentração da riqueza. Se a alternância no poder fosse um valor em si não precisaria haver eleição e muito menos deveria haver a possibilidade de reeleição.

2. “Não há mais diferença entre direita e esquerda”.

Falso. Esquerda e direita são posições relativas, não absolutas. A esquerda é, desde a sua origem, a posição política que tem por objetivo a diminuição das desigualdades sociais, a distribuição da riqueza, a inserção social dos desfavorecidos. As conquistas necessárias para se atingir estes objetivos mudam com o tempo. Hoje, ser de esquerda significa defender o fortalecimento do estado como garantidor do bem-estar social, regulador do mercado, promotor do desenvolvimento e da distribuição de riqueza, tudo isso numa sociedade democrática com plena liberdade de expressão e ampla defesa das minorias. O complexo (e confuso) sistema político brasileiro exige que os vários partidos se reúnam em coligações que lhes garantam maioria parlamentar, sem a qual o país se torna ingovernável. A candidatura de Dilma tem o apoio de políticos que jamais poderiam ser chamados de “esquerdistas”, como Sarney, Collor ou Renan Calheiros, lideranças regionais que se abrigam principalmente no PMDB, partido de espectro ideológico muito amplo. José Serra, por sua vez, tem o apoio majoritário da direita e da extrema-direita reunida no DEM (2), da “direita” do PMDB, além do PTB, PPS e outros pequenos partidos de direita: Roberto Jefferson, Jorge Borhausen, ACM Netto, Orestes Quércia, Heráclito Fortes, Roberto Freire, Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Arthur Virgílio, Agripino Maia, Joaquim Roriz, Marconi Pirilo, Ronaldo Caiado, Katia Abreu, André Pucinelli, são todos de direita e todos serristas, isso para não falar no folclórico Índio da Costa, vice de Serra. Comparado com Agripino Maia ou Jorge Borhausen, José Sarney é Che Guevara.

3. “Dilma não é simpática”.

Argumento precário e totalmente subjetivo. Precário porque a simpatia não é, ou não deveria ser, um atributo fundamental para o bom governante. Subjetivo, porque o quesito “simpatia” depende totalmente do gosto do freguês. Na minha opinião, por exemplo, é difícil encontrar alguém na vida pública que seja mais antipático que José Serra, embora ele talvez tenha sido um bom governante de seu estado. (nota do Blog do Cappacete: Serra foi um péssimo governador para São Paulo, Jorge Furtado é gaúcho e não conhece a realidade paulista). Sua arrogância com quem lhe faz críticas, seu destempero e prepotência com jornalistas, especialmente com as mulheres, chega a ser revoltante.

4. “Dilma não tem experiência”.

Argumento inconsistente. Dilma foi secretária de estado, foi ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, fez parte do conselho da Petrobras, gerenciou com eficiência os gigantescos investimentos do PAC, dos programas de habitação popular e eletrificação rural. Dilma tem muito mais experiência administrativa, por exemplo, do que tinha o Lula, que só tinha sido parlamentar, nunca tinha administrado um orçamento, e está fazendo um bom governo.

5. “Dilma foi terrorista”.

Argumento em parte falso, em parte distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.

6. “As coisas boas do governo petista começaram no governo tucano”.

Falso. Todo governo herda políticas e programas do governo anterior, políticas que pode manter, transformar, ampliar, reduzir ou encerrar. O governo FHC herdou do governo Itamar o real, o programa dos genéricos, o FAT, o programa de combate a AIDS. Teve o mérito de manter e aperfeiçoá-los, desenvolvê-los, ampliá-los. O governo Lula herdou do governo FHC, por exemplo, vários programas de assistência social. Teve o mérito de unificá-los e ampliá-los, criando o Bolsa Família. De qualquer maneira, os resultados do governo Lula são tão superiores aos do governo FHC que o debate “quem começou o quê” torna-se irrelevante.

7. “Serra vai moralizar a política”.

Argumento inconsistente. Nos oito anos de governo tucano-pefelista - no qual José Serra ocupou papel de destaque, sendo escolhido para suceder FHC - foram inúmeros os casos de corrupção, um deles no próprio Ministério da Saúde, comandado por Serra, o superfaturamento de ambulâncias investigado pela “Operação Sanguessuga”. Se considerarmos o volume de dinheiro público desviado para destinos nebulosos e paraísos fiscais nas privatizações e o auxílio luxuoso aos banqueiros falidos, o governo tucano talvez tenha sido o mais corrupto da história do país. Ao contrário do que aconteceu no governo Lula, a corrupção no governo FHC não foi investigada por nenhuma CPI, todas sepultadas pela maioria parlamentar da coligação PSDB-PFL. O procurador da república ficou conhecido com “engavetador da república”, tal a quantidade de investigações criminais que morreram em suas mãos. O esquema de financiamento eleitoral batizado de “mensalão” foi criado pelo presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, hoje réu em processo criminal. O governador José Roberto Arruda, do DEM, era o principal candidato ao posto de vice-presidente na chapa de Serra, até ser preso por corrupção no “mensalão do DEM”. Roberto Jefferson, réu confesso do mensalão petista, hoje apóia José Serra. Todos estes fatos, incontestáveis, não indicam que um eventual governo Serra poderia ser mais eficiente no combate à corrupção do que seria um governo Dilma, ao contrário.

8. “O PT apóia as FARC”.

Argumento falso. É fato que, no passado, as FARC ensaiaram uma tentativa de institucionalização e buscaram aproximação com o PT, então na oposição, e também com o governo brasileiro, através de contatos com o líder do governo tucano, Artur Virgílio. Estes contatos foram rompidos com a radicalização da guerrilha na Colômbia e nunca foram retomados, a não ser nos delírios da imprensa de extrema-direita. A relação entre o governo brasileiro e os governos estabelecidos de vários países deve estar acima de divergências ideológicas, num princípio básico da diplomacia, o da auto-determinação dos povos. Não há notícias, por exemplo, de capitalistas brasileiros que defendam o rompimento das relações com a China, um dos nossos maiores parceiros comerciais, por se tratar de uma ditadura. Ou alguém acha que a China é um país democrático?

9. “O PT censura a imprensa”.

Em seus oito anos de governo o presidente Lula enfrentou a oposição feroz e constante dos principais veículos da antiga imprensa. Esta oposição foi explicitada pela presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) que declarou que seus filiados assumiram “a posição oposicionista (sic) deste país”. Não há registro de um único caso de censura à imprensa por parte do governo Lula. O que há, frequentemente, é a queixa dos órgãos de imprensa sobre tentativas da sociedade e do governo, a exemplo do que acontece em todos os países democráticos do mundo, de regulamentar a atividade da mídia.


10. “Os jornais, a televisão e as revistas falam muito mal da Dilma e muito bem do Serra”.

Isso é verdade. E mais um bom motivo para votar nela e não nele.


(1) Alguns dados comparativos dos governos FHC e Lula.

Geração de empregos:
FHC/Serra = 780 mil x Lula/Dilma = 12 milhões

Salário mínimo:
FHC/Serra = 64 dólares x Lula/Dilma = 290 dólares

Mobilidade social (brasileiros que deixaram a linha da pobreza):
FHC/Serra = 2 milhões x Lula/Dilma = 27 milhões

Risco Brasil:
FHC/Serra = 2.700 pontos x Lula/Dilma = 200 pontos

Dólar:
FHC/Serra = R$ 3,00 x Lula/Dilma = R$ 1,78

Reservas cambiais:
FHC/Serra = 185 bilhões de dólares negativos x Lula/Dilma = 239 bilhões de dólares positivos.

Relação crédito/PIB:
FHC/Serra = 14% x Lula/Dilma = 34%

Produção de automóveis:
FHC/Serra = queda de 20% x Lula/Dilma = aumento de 30%

Taxa de juros:
FHC/Serra = 27% x Lula/Dilma = 10,75%

(2) Elio Gaspari, na Folha de S.Paulo de 25.07.10:

José Serra começou sua campanha dizendo: "Não aceito o raciocínio do nós contra eles", e em apenas dois meses viu-se lançado pelo seu colega de chapa numa discussão em torno das ligações do PT com as Farc e o narcotráfico. Caso típico de rabo que abanou o cachorro. O destempero de Indio da Costa tem método. Se Tupã ajudar Serra a vencer a eleição, o DEM volta ao poder. Se prejudicar, ajudando Dilma Rousseff, o PSDB sairá da campanha com a identidade estilhaçada. Já o DEM, que entrou na disputa com o cocar do seu mensalão, sairá brandindo o tacape do conservadorismo feroz que renasceu em diversos países, sobretudo nos Estados Unidos.

A ENTREVISTA DO VICE DE SERRA

O "vice" de Serra foi afastado da campanha aqui no Brasil e deu entrevista na imprensa americana. hahahaha

Até os amigos desprezam José Serra


Candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB) encontra dificuldades para disseminar sua imagem em palanques aliados. Levantamento feito pelo jornal Correio Braziliense mostra que o material de campanha usado até agora pelos aspirantes aos governos estaduais não prioriza o tucano José Serra. Em ao menos 12 estados, o nome/a foto do tucano não é destaque nos santinhos, nas faixas ou nos banners.

A estratégia de campanha casada parece não ter convencido alguns candidatos. Em Alagoas, o governador Teotônio Vilela (PSDB), que tenta à reeleição, tem se esforçado para mostrar intimidade com o Presidente Lula e sua candidata, Dilma Rousseff (PT).

No Espírito Santo, todas as imagens de campanha de Luiz Paulo reforçam apenas sua candidatura. O jingle, inclusive, abusa do nome Luiz. “Esse é o homem. Esse sabe fazer. Luiz, Luiz, Luiz…Deixa com ele que ele faz acontecer.”

O tucano foi “preterido” até em palanques fortes, como o Paraná. A campanha de Beto Richa (PSDB-PR) deixa no site apenas material do candidato ao governo. Segundo a assessoria de Richa, o material casado “está sendo providenciado.” Serra estampa, ao lado de Geraldo Alckmin, a imagem do comitê central, no Edifício Joelma, em São Paulo. Mas, na internet, sua candidatura ocupa um canto da página, ao lado dos candidatos ao Senado Aloysio Nunes e Orestes Quércia. O material de campanha, no site, privilegia imagens de Geraldo e de seu vice.

No Rio Grande do Sul, a candidata à reeleição Yeda Crusius não ostenta fotos de Serra no comitê central. O mesmo ocorre no segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais. Apenas Antônio Anastasia, candidato ao governo, e Aécio Neves, ao Senado, estão na imagem do QG tucano em Belo Horizonte. O nome do ex-governador de São Paulo aparece — pequeno — em um santinho de Itamar Franco, candidato ao Senado. O mesmo ocorre no Acre. “No santinho, só tem o governador. O do Serra é um adesivo com o 45”, diz a assessoria de Tião Bocalom, candidato ao governo.

Os tucanos contam com Simão Jatene na disputa pelo governo do Pará contra a atual governadora Ana Júlia Carepa (PT). Entretanto, o material do candidato tucano não reforça a candidatura nacional. Até agora só o nome de Jatene ganhou as ruas. Ontem, Serra fez a primeira visita à região Norte desde o início da campanha. Passou o dia em Palmas (TO). Adesivos e fotos ao lado de Siqueira Campos, candidato ao governo, foram distribuídos.

A caminhada foi reforçada por um grupo de apoiadores cuja presença nas mobilizações custou R$ 510,a cada da campanha de Siqueira Campos, segundo afirmou uma contratada: Nós votamos no Siqueira Campos. Mas eles nos contratam para acompanhar o candidato nos eventos, para levar esse material para a rua.

O desafio do PSDB é conquistar votos no Nordeste. Além de driblar os altos índices de popularidade do presidente Lula, o partido precisa convencer aliados, incluindo prefeitos e parlamentares, a mergulharem na campanha. A tarefa não é simples. No material de Marcos Cals, que concorre ao Palácio Iracema, no Ceará, a estrela é o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O site de Paulo Souto, candidato ao governo da Bahia, também apresenta de forma tímida o tucano. Traz apenas um banner com a foto de Serra no pé da página.

No Maranhão, Jackson Lago (PDT)diz que aguarda orientação jurídica, pois seu partido está coligado nacionalmente com a campanha de Dilma. No Mato Grosso do Sul, André Puccineli (PMDB) deve deixar o tucano de fora da propaganda.

A estrela principal é o Presidente Lula

Os candidatos aliados de Lula na eleição de outubro adotaram a mesma estratégia da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff: colar a imagem à do Presidente. No material de campanha dos concorrentes ao Senado e ao governo, Dilma até aparece, mas a imagem explorada intensamente é a do petista Dilma Rousseff. Seja gravando mensagem de apoio ou apostando no santinho, todos querem tirar uma lasquinha.

Mesmo fora da disputa, Lula é anunciado como se fosse concorrente. A candidata ao Senado pelo Paraná Gleisi Hoffmann (PT) aproveitou visita ao Ceasa, ontem, em Curitiba, para gravar cenas de seu programa de televisão e propagandear: “Daqui a pouco visitaremos o comércio e convidaremos para o comício do Lula”.

O comício ocorre só no sábado, mas ela está se preparando antecipadamente, de olho em como ficará a edição de seu programa de televisão. Na tentativa de chegar ao governo do estado, Osmar Dias (PDT) repete o movimento. Apresenta em sua página de internet o mesmo comício, enaltecendo apenas a presença de Lula.

Postulante à cadeira de governador do Amazonas, Alfredo Nascimento (PR) se antecipou e colocou em seu canal de vídeos na internet duas versões da mensagem de apoio que Lula gravou. A primeira é o material bruto, de três minutos e meio. A segunda, de um minuto e 40 segundos, já editada, anuncia: “Veja por que Lula apoia Alfredo Nascimento”.

Essa voracidade é bem visível entre os candidatos do Norte e do Nordeste. Ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB) usa e abusa das imagens ao lado de Dilma. A dificuldade do peemedebista em se aproveitar da fotografia com Lula deve-se à disputa com o governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição. Wagner faz questão de exibir Lula na abertura do site.

Duplicidade
Nos locais em que há palanques duplos para a petista, a disputa fica acirrada. Candidatos ao governo do Piauí, João Vicente Claudino (PTB) e Wilson Martins (PSB) promoveram panfletos semelhantes em que aparecem ao lado de Lula e Dilma. Pela internet, Cid Gomes (PSB) e Lúcio Alcântara (PR) reproduzem a tática em busca de um naco considerável do eleitorado: colocaram no topo da página fotos ao lado de Lula e de Dilma. No Maranhão, a candidata do PMDB, Roseana Sarney, editou o clipe com o jingle da campanha exibindo logo na entrada o Presidente Lula e Dilma.

O fenômeno se repete nas ruas. Em recente caminhada por Uberlândia, muitas faixas exibindo Dilma ao lado dos candidatos locais, Hélio Costa (PMDB) ao governo, e Fernando Pimentel (PT) ao Senado. No Rio, o candidato a senador Jorge Picciani (PMDB) distribuiu santinhos separados com Dilma, Lula, o governador Sérgio Cabral e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB).

Candidato a governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) tem participado de diversas agendas de campanha ao lado da ex-ministra. O site de campanha do petista, contudo, não faz referência à candidata. O mesmo ocorre nas páginas de internet de Aloizio Mercadante, concorrente ao governo de São Paulo, e de Marta Suplicy, postulante ao Senado. Onde não tiver, mandaremos”

O mapa que faz Serra perder o sono



Na eleição em 2006 para presidência da República o presidente Lula teve maioria de votos em 20 dos 27 estados do país, empatou em Mato Grosso (50 x 50) e teve menos votos em 6 estados, sendo que no Paraná a diferença para o candidato tucano foi de 2% (49 x 51), em São Paulo por 4% (48 x 52).

Na apuração final o presidente registrou 58.295.042 votos (60,83%), contra 37.543.178 votos (39,17%) de Alckmin. Dois em cada três eleitores, votaram em Lula.
Após sete anos e meio de governo o presidente Lula aumentou esses números da eleição de 2006 através da opinião pública e aprovação de seu governo ao bater um novo recorde de popularidade e agora é aprovado por 78% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha.

O governo Lula tinha 76% de aprovação em maio. De dezembro para cá, Lula melhorou sua aprovação em seis pontos. Tinha 72% e chegou a 76% e pulou para os 78% atuais.
O melhor desempenho do presidente é na região Nordeste, em maio, Lula tinha 85% de aprovação entre os nordestinos. Agora, está com 87%. No sul a aprovação fica na casa do 68%.

Nunca desde a volta do país ao regime democrático, em 1985, houve um presidente com popularidade tão alta como a de Lula num ano de sucessão como o atual. Pela primeira vez também Lula recebeu uma nota acima de 8 para o desempenho de seu governo. Ele registrou 8,1, quebrando o recorde de maio, quando recebeu 8,0.

Somadas as percentagens de votação de Lula em 2006 aos quadro de avaliação e aprovação de seu governo devem tirar o sono dos comandantes da campanha de Serra.
As projeções das últimas pesquisas eleitorais mostram que numa simulação de segundo turno, cenário que repete o Datafolha de maio, e ex-ministra Dilma lidera e está numericamente à frente de Serra, mas dentro da margem de erro: Dilma tem 46% contra 45% do tucano.

Enquanto José Serra (PSDB) tem um percentual mais nos eleitores do Sul e Dilma Rousseff (PT) tem mais apoio nos dois maiores colégios eleitorais do Nordeste, a disputa entre ambos está acirrada no Sudeste, segundo o Datafolha.

Nos principais Estados dessa região, o apoio se divide: Serra está à frente em São Paulo, Dilma leva vantagem no Rio de Janeiro, e ambos estão tecnicamente empatados em Minas Gerais. Na pesquisa de ontem do Vox Populi Dilma (37%) passou Serra (33%).
Esse quadro de 2006 ainda é cedo para dizer que vai desenhar novamente, mas para fazer uma comparação, faltando pouco mais de 60 dias para a eleição Dilma está a frente nos mesmos estados do mapa de Lula em 2006, além de estar a frente nas duas recentes pesquisas.

Em eventual segundo turno, tanto na pesquisa do Datafolha, Dilma 46% x Serra 45% e no Vox Populi, Dilma teria 46% e Serra, 38%. O grande temor da campanha demotucana é que o quadro aconteça de novo, e caso os brasileiros repitam pelo menos noventa por cento dos votos para Dilma que deram para o presidente Lula, já seria o suficiente para a ex-ministra ganhar as eleições.

DilmaBoy ganha versão em desenho animado



Há dias o vídeo DilmaBoy estourou na internet, com quase 200 mil acessos. O vídeo foi criado pelos estudantes Paulo Reis (o próprio Dilmaboy), Tonny Manson e Jesus Galvão, de Rio Verde (GO). Em sua performance bem humorada, o DilmaBoy faz paródia "remix" da música "Telephone" da cantora estadunidense Lady Gaga.

Agora, uma nova versão, em desenho animado, promete ser o novo sucesso no YouTube. (Com informações da Rede Brasil Atual)

Na segunda, Serra pediu apoio a deputado... que foi cassado na terça, por compra de votos


“Num torneio, a candidata do governo perde no quesito más companhias”Declaração de José Serra no programa 3 a 1 da TV Brasil,
se proclamando campeão em más companhias.

Na segunda-feira:

O candidato a presidente da República José Serra (PSDB) ligou na tarde de hoje ao deputado [estadual de Mato Grosso] José Riva (PP) e lhe pediu apoio. Serra falou com Riva por pouco mais de dez minutos. Numa conversa amena, o presidenciável apelou para o fato histórico de Riva ter sempre votado, e colocado sua base eleitoral alinhada aos candidatos tucanos desde a primeira eleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994.

"Sempre tivemos o seu apoio e, desta vez, espero que não seja diferente", afirmou Serra.

Na terça-feira:

O motivo crucial da decisão foi o fato de terem sido encontrados "documentos reveladores e comprometedores" no comitê de campanha como, agendas, dinheiro e anotações.


Dentre os documentos havia uma anotação que comprovaria o pagamento de R$ 250 destinados à compra de remédios para uma aldeia indígena da região de Santo Antônio de Leverger e para aquisição de materiais de construção.

Folha corrida:

Possui quase 120 processos com acusações que vão desde improbidade administrativa a formação de quadrilha e evasão de divisas.

Mesmo cassado, é candidato à reeleição!

Em maio de 2010, a Operação Jurupari, deflagrada pela Polícia Federal, se originou de uma fiscalização em 15 de junho de 2009, quando foram autuadas cinco madeireiras do município de Juara, ligadas ao deputado José Geraldo Riva.

Fiscais ambientais encontraram fraude na certificação de madeira nas áreas de manejo.

A Operação Jurupari prendeu a mulher de José Geraldo Riva, Janete Riva, seu genro Carlos Azóia, seu irmão Rogerio Riva e pelo menos um assessor.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pleno do TRE/MT cassa diploma do deputado José Geraldo Riva



27/07/2010 13:15 Foto Ilustrativa (qualquer semelhança não será mera coincidencia)

Em decisão unânime proferida na manhã desta terça-feira (27 de julho), o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral cassou o mandato eletivo do deputado estadual José Geraldo Riva, e determinou aplicação de multa de 1 mil UFIRs (o que equivale R$1.064,10) por captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e contabilidade paralela durante a campanha eleitoral de 2006.

Conforme consta na ação, o coordenador da campanha do deputado José Riva no município de Santo Antônio de Leverger, vereador Edmar Galio, conhecido como Curi, mantinha em sua casa farta documentação que foi apreendida pela Justiça Eleitoral, e que comprovou os ilícitos eleitorais. O comitê de campanha do deputado ficava localizado na casa do vereador.

Entre os documentos apreendidos consta uma agenda, onde o vereador anotava os pagamentos e compromissos financeiros da campanha, entre eles vários benefícios a eleitores do município, como distribuição de remédios, materiais de construção e utensílios.

As anotações revelam que uma mulher, cujo nome constava na agenda do vereador, recebeu R$ 400 em tijolos. Uma liderança de outra comunidade recebeu R$ 350 em cascalho e outro morador recebeu um rolo de fio de arame, espessura dez milímetros, no valor de R$ 327. Várias dessas anotações vinham acompanhadas das notas fiscais e da anotação 'Custo de Campanha Riva".

As anotações, no entendimento do Pleno do TRE/MT, comprovam que o candidato a deputado estadual enviava R$ 250 a cada quinzena, para comprar remédios que seriam distribuídos na comunidade conhecida como Recanto Laranjal.

Conforme voto proferido pelo Corregedor Eleitoral e relator do processo, desembargador Márcio Vidal, são fartas as provas de captação ilícita de sufrágio e o chamado Caixa 2 de campanha eleitoral.

'Da detida análise dos autos, percebe-se que as provas são robustas, seguras e que foram respeitados o contraditório e a ampla defesa", disse o magistrado. Para ele, as anotações do vereador Edmar Galio, coordenador da campanha do deputado, são contundentes.

Segundo o Código Eleitoral (art.257), as decisões do Tribunal devem ser executadas imediatamente, por meio de comunicação ao órgão competente. Cabe recurso.

Serra não vai nada bem

Cuidado para não ter um infarto

Vão entrar na caixa preta do Datafalha. Vai voar tucano para todo lado


Publicado em 27/07/2010

Na foto, o “método” Datafalha de segurar tucano

Saiu no (excelente) Blog Amigos do Presidente Lula:

DataSerra sob suspeita: Justiça Eleitoral permite acesso do partido PRTB a dados do Datafolha

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aceitou o pedido do PRTB (Partido Renovador Trabalhista) para ter acesso aos dados da pesquisa realizada pelo Datafolha, sob o registro 19890/2010, divulgada no último sábado (24). O PRTB é o partido do candidato à Presidência Levy Fidélix.

A decisão dá direito ao partido acessar o sistema interno de controle, verificação e fiscalização de coleta de dados, incluindo as identificações dos entrevistadores do Datafolha, para conferir e confrontar os dados do Instituto.

O DEM também entrou com o pedido para acessar os dados da pesquisa, mas teve o recurso negado, pois, segundo a Lei Eleitoral, só quem pode ter acesso as informações são os partidos dos candidatos, e não os coligados. Ta no R7

Horário eleitoral: Lula fará na TV papel de apresentador de Dilma


Dilma e Lula

Principal apoiador da candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser o personagem principal do primeiro programa de TV da ex-ministra. A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa oficialmente no dia 17 de agosto.

Num papel até agora pouco comum para ele — o de apresentador de TV —, Lula pretende mostrar Dilma ao eleitorado não só como a responsável pelas grandes obras de seu governo, previstas nos PACs 1 e 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Ele também dará a garantia de que nenhum programa social — como o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida — será mudado caso Dilma seja eleita. E, se houver mudança, será para incluir mais gente nos programas.

O jornalista e marqueteiro João Santana, responsável pelos programas da candidata da coligação “Para o Brasil Seguir Mudando”, tem feito de tudo para manter segredo sobre o conteúdo da propaganda eleitoral. O veto ao acesso aos locais onde os pilotos dos programas têm sido gravados inclui até mesmo a assessoria do comando da campanha.

A ideia, segundo os coordenadores da campanha de Dilma, é fazer um programa leve, com muita informação a respeito do governo de Lula e do que a candidata poderá fazer a mais do que o seu padrinho fez nos quase oito anos de governo.

Sempre que Dilma aparecer, haverá ao lado uma bola com o Cruzeiro do Sul, num azul que, aos poucos, vai mudando de cor, até se tornar branco e, em seguida, verde-amarelo. Como o programa é longo, com mais de dez minutos, João Santana está armazenando o máximo possível de cenas externas, que serão enxertadas entre uma fala e outra da candidata.

Didatismo

Tudo às escondidas dos meios de comunicação, ele gravou uma visita de Dilma ao Chuí, aproveitando uma passagem da candidata pelo Rio Grande do Sul; levou-a a um projeto de agricultura familiar bem-sucedido em Padre Bernardo (GO), a cerca de 120 quilômetros de Brasília; e fez com que a candidata caminhasse pela Esplanada dos Ministérios por volta das 6 horas, com imagens do belo nascer do sol.

A exemplo do que fez nos programas da candidatura de Lula à reeleição, em 2006, Santana pretende usar muitos efeitos especiais, com bastante didatismo. Sempre que fizer menção ao petróleo existente na camada do pré-sal, por exemplo, mostrará gráficos com a profundidade do óleo e a engenharia e a logística para retirá-lo. A intenção é atrair a curiosidade do telespectador.

Em tom ufanista, o programa de Dilma dirá que o Brasil tornou-se autossuficiente em petróleo devido ao apoio dado à Petrobrás pelo governo de Lula. Sempre que se falar em petróleo, haverá o contraponto da energia limpa dos biocombustíveis.

O Brasil será sempre apresentado como líder no mundo na produção de energia que não emite gases de efeito estufa, entre eles o carbônico. O tema será associado às hidrelétricas, que emitem o mínimo de gases. A construção de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, será automaticamente associada a Dilma, assim como a licitação para a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu.

Um locutor vai dizer que o Brasil não corre mais o risco de ter um apagão na energia elétrica, como ocorreu em 2001 e 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Para a propaganda de Dilma Rousseff, com Lula e a candidata, esse tipo de ameaça não existe mais.

Europa

Dilma contará ainda com imagens que pelo menos até agora seu principal adversário, o tucano José Serra, não tem. Trata-se dos encontros que manteve na Europa com os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso, e com os primeiros-ministros da Espanha, José Luís Zapatero, e de Portugal, José Sócrates.

Essas reuniões ocorreram imediatamente depois de Dilma ser confirmada candidata à Presidência por convenção do PT. A viagem dela à Europa durou oito dias. O encontro com Sarkozy no gabinete do presidente francês não pôde ser gravado.

Da Redação, com informações do O Estado de S.Paulo

Uma lei que recupera a cidadania do povo negro brasileiro


Blog do Planalto - Segunda-feira, 26 de julho de 2010 às 9:55
(Última atualização: 26/07/2010 às 10:07:35)

Café com o presidente

No programa Café com o Presidente desta segunda-feira (26/7), o presidente Lula abordou dois eventos que ocorreram na semana passada: a sanção do Estatuto da Igualdade Racial e a criação da Universidade Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). Na avaliação do presidente, o estatuto “é uma lei que dá direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro”.

É importante a gente nunca esquecer que nós ficamos 380 anos praticando escravidão neste país. O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão. Acho que nós temos uma dívida enorme com o continente africano, com o povo africano. É uma dívida que a gente nunca vai poder pagar em dinheiro. A gente vai poder pagar em solidariedade, em ajuda humanitária, em ajuda ao desenvolvimento, em ajuda no conhecimento científico e tecnológico que o Brasil tem a ajudar o povo da África. Assim como o Brasil, todos aqueles que conseguiram crescer colocando em prática a política, eu diria, intolerável da escravidão.

Já a Unilab, que irá funcionar no município de Redenção (CE), terá por finalidade formar afro-brasileiros. São 10 mil vagas, sendo metade para alunos do Brasil e outra metade para estudantes oriundos de países do continente africano. O presidente Lula espera que, num segundo momento, a universidade, que no início atenderá aos alunos de países africanos de língua portuguesa, abrigue jovens e adultos de outras nações da África.

No início, a lei está aprovada para atender alunos dos países africanos de língua portuguesa. Eu acho que nós temos que ampliar para todo o continente africano, para que a gente possa atender um pouco de alunos de cada país africano, para a gente formar a capacidade intelectual: ajudar a formar engenheiros, médicos, enfermeiras. E essa universidade é para isso, é para a gente formar profissionais, é para a gente fazer uma espécie de pagamento de tributos que nós temos com o continente africano e ajudar o continente africano. É o Brasil assumindo a sua grandeza, é o Brasil assumindo a condição de um país que a vida inteira foi receptor e agora é um país doador. Nós queremos ajudar os outros a se desenvolverem. Por isso eu fiquei extremamente feliz quando o Senado aprovou a criação da Unilab.

"Lista de Mano Menezes renova Seleção e surpreende"


27/07/2010

Lista de Mano Menezes renova Seleção e surpreende

O novo treinador da Seleção Brasileira de futebol, Mano Menezes, assumiu nesta segunda-feira (26) sua nova função na CBF. O técnico foi apresentado no Rio de Janeiro pelo presidente da entidade, Ricardo Teixeira, e já anunciou a sua primeira lista de convocados para o amistoso que a Seleção fará no dia 10 de agosto contra os Estados Unidos.

Algumas supresas fazem parte do elenco convocado pelo técnico Mano Menezes, como o goleiro Jeferson, do Botafogo carioca, o zagueiro Henrique, do Racing espanhol, Réver, do Atlético Mineiro, e Jucilei, do Corinthians.

Há uma grande renovação na nova lista, o que era uma reivindicação da direção da CBF. O técnico Mano Menezes convocou os jogadores Paulo Henrique Ganso e Neymar, do Santos, além de Alexandre Pato, do Milan, nomes que tinham sido ventilados antes da Seleção Brasileira ser convocada pelo ex-técnico Dunga para disputar a Copa da África de 2010.

Veja a lista de convocados

Goleiros
Victor (Grêmio)
Jeferson (Botafogo)
Renan (Avaí)

Zagueiros
David Luiz (Benfica-Portugal)
Henrique (Racing Santander)
Réver (Atlético-MG
Thiago Silva (Milan-Itália)

Laterais
Rafael (Manchester United)
Marcelo (Real Madrid)
Daniel Alves (Barcelona)
André Santos (Fenerbahce)

Volantes
Sandro (Inter-RS)
Hernanes (São Paulo)
Jucilei (Corinthians)
Lucas (Liverpool)
Ramires (Benfica)

Meio-campistas
Carlos Eduardo (Hoffenheim-Alemanha)
Ederson (Lyon-França)
Ganso (Santos)

Atacantes
Alexandre Pato (Milan)
André (Santos)
Diego Tardelli (Atlético-MG)
Neymar (Santos)
Robinho (Santos)

Da redação, com agências

Silval sobe a 38% e se mantém em 1º lugar; Wilson cai; Mendes cresce


Romilson Dourado

O governador Silval Barbosa (PMDB) ganhou um ponto percentual nos últimos 30 dias e mantem liderança na disputa à reeleição, enquanto o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) perdeu três pontos. Já o empresário Mauro Mendes (PSB) subiu dois pontos e continua na terceira colocação. É o que revela a nova pesquisa estimulada do instituto Mark, realizada em parceria com o RDNews, entre 21 e 25 deste mês. Esta é a primeira amostragem divulgada em Mato Grosso sobre intenções de voto para o Palácio Paiaguás após as convenções e a quarta do mesmo instituto feita em âmbito estadual neste ano.

Nesta pesquisa estimulada com os quatro concorrentes, feita a praticamente dois meses do pleito, o nome de Silval aparece com 38,3% das intenções de voto. Ele ganhou um ponto se comparado à amostragem do mês passado. O peemedebista conseguiu recuperar o bom desempenho que tinha sido registrado em maio. Enquanto isso, Wilson está com 24,3%. Perdeu 2,8 pontos percentuais no intervalo de um mês. Em junho, figurava com 27,1%. O melhor percentual alcançado pelo candidato tucano neste ano se deu em abril, quando estava com 30,2%, empatado literalmente com Silval. Nesta época, Wilson já havia deixado o cargo de prefeito da Capital, enquanto Silval acabara de assumir a cadeira de governador.

Segundo a pesquisa, Mendes conta hoje com 18%. Ele cresceu praticamente 2 pontos em um mês. Foi o que registrou maior ascensão nas intenções de voto. Em junho, detinha 16,1%. O candidato do PSOL, administrador Marcos Magno (PSOL), segura a lanterna, com somente 0,4%. Os indecisos somam 17%. Se as eleições fossem hoje, 1,9% votaria em branco ou anularia o voto.

Os pesquisadores ouviram 1.138 eleitores durante os cinco dias deste mês em 49 municípios, distribuídos em 9 regiões (Baixada Cuiabana, Sul/Leste, Oeste, Médio-Araguaia, Baixo-Araguaia, Noroeste, Norte, Extremo-Norte e Médio-Norte). A margem de erro é de 3% para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TRE-MT, sob protocolo 22.960.

Todos entrevistados moram na zona urbana. Sobre a idade, 3,5% têm entre 16 e 17 anos; 17,7%, entre 18 e 24; 28,6% contam com idade que varia de 25 a 34, enquanto 24% disseram que estão na faixa de 35 a 44 anos. Dos que opinaram, 19,3% possuem entre 45 e 59 anos e 6,9% contam com mais de 60 anos. São homens 50,9% e, mulheres, 49,1%.

Quanto à escolaridade, 7,6% são analfabetos e/ou estudaram até o primário incompleto; 21,1% têm o primário completo e/ou 1º grau por concluir; 35,2% ou tem o 1º grau ou 2º grau incompleto, enquanto 29,2% contam com ensino médio concluído e/ou terceiro grau incompleto e, 5,8%, possuem curso superior. Dos que foram ouvidos pelos pesquisadores, 8,7% ganham até um salário mínimo; 62,7% reunem entre um e cinco salários; 26,4% acumulam renda familiares entre 5 e 10 mínimos; 1,9% recebem entre 10 e 20 salários e, 0,3%, mais de 20 salários.

sábado, 24 de julho de 2010

Dilma é mais espontânea, Serra o mais rejeitado


1º Turno: Na primeira pesquisa de intenções de voto realizada após o início oficial da campanha eleitoral (6 de julho), Dilma aparece com 41% e Serra, com 33%. A candidata Marina Silva, do PV, tem 8%, e os demais candidatos somaram 1%.
O total de votos brancos e nulos é de 4% e 13% não sabem ou não responderam em quem vão votar.

2º Turno: No cenário para segundo turno, Dilma venceria Serra por 46% a 38%.

Vox Populi: Dilma tem a menor rejeição
O instituto também mediu os índices de rejeição dos candidatos. Na pesquisa, 24% dos entrevistados responderam que não votariam em Serra de forma alguma. Marina tem 20% de rejeição e Dilma, 17%.

Vox Populi: Dilma também lidera na espontânea
Na pesquisa espontânea do Vox Populi, em que os nomes dos candidatos não foram apresentados aos eleitores, Dilma teve 28%, Serra, 21% e Marina, 5%

Serra o mais rejeitado no Datafolha
Os que não votariam no ex-governador "de jeito nenhum" são 26%, eram 24% da última pesquisa. Dilma tem 19%, na anterior o percentual era 20%. Entre os candidatos mais competitivos, Marina é a menos rejeitada apenas 13%.

Dilma lidera na espontânea do Datafolha
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado responde em quem pretende votar sem ver a lista de candidatos, o resultado é favorável a Dilma Rousseff. Ela tem 21% e se manteve estável em relação aos 22% da outra pesquisa. Já Serra tinha 19% e recuou para 16%.

* Celso Jardim

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vox/Band/iG: Dilma 41%, Serra 33%, Marina 8%


Pesquisa Vox Populi/Band/iG, a primeira feita após a oficialização das candidaturas, mostra petista 8 pontos à frente do tucanoiG São Paulo | 23/07/2010 19:20

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, lidera a disputa presidencial deste ano e aparece com 8 pontos de vantagem sobre o rival José Serra (PSDB) tanto no primeiro como no segundo turno, aponta pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada nesta sexta-feira. Dilma tem 41% das intenções de voto, enquanto Serra tem 33% e Marina Silva (PV) 8%. Segundo o Vox Populi, José Maria Eymael (PSDC) tem 1%.
Os outros cinco candidatos não pontuaram. Os votos brancos e nulos somam 4% e 13% dos entrevistados estão indecisos. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos. Esta é a primeira pesquisa nacional divulgada depois da oficialização das nove candidaturas à Presidência.

Na sondagem anterior, divulgada no dia 29 de junho e que incluía 11 nomes, Dilma tinha 40% contra 35% de Serra e 8% de Marina. Os brancos e nulos eram 5% e os indecisos 11%. A diferença entre a petista e o tucano subiu de cinco para oito pontos. Segundo o Vox Populi, Dilma venceria Serra em um possível segundo turno por 46% a 38%. Na pesquisa espontânea, a petista tem 28%, Serra 21% e Marina 4%.

Embora não seja candidato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 4% e o candidato indicado por ele com 1%. A ex-ministra da Casa Civil tem seu melhor desempenho na região Nordeste, onde chega a 54% contra 24% de Serra e 5% de Marina. O ex-governador de São Paulo vai melhor na região Sul, onde tem 39% contra 35% da petista e 7% de Marina. Ele também está na frente na região Sudeste, com 36% contra 34% de Dilma e 10% de Marina.

A petista lidera tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Ela tem 43% das intenções do eleitorado masculino contra 34% de Serra e 7% de Marina. No eleitorado feminino, Dilma tem 38%, Serra 32% e Marina 9%. A ex-ministra é a preferida em todas as faixas e níveis de ensino.

Quanto à renda familiar, Serra está na frente, dentro da margem de erro, entre os que ganham mais de cinco salários mínimos com 37% a 36% de Dilma e 11% de Marina. A petista tem o menor índice de rejeição, 17%, contra 24% de Serra e 20% da senadora do PV. O Vox Populi ouviu 3.000 eleitores entre os dias 17 e 20 de julho. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 19.920/10.

Dilma continua menos conhecida do que Serra. Segundo o Vox Populi, 63% dos entrevistados conhecem bem ou tem algumas informações sobre Dilma enquanto Serra chega a 73%. Entre os que conhecem os candidatos só de nome Dilma tem 31% contra 24% do tucano.

PT ganha direito de resposta para repor a verdade contra baixarias do vice de Serra


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou nesta quinta-feira (22) o pedido de direito de resposta do PT em relação às baixarias do candidato a vice de José Serra, Índio da Costa, divulgadas no site tucano Mobiliza PSDB. A resposta deve ser publicada por dez dias ininterruptos. Em entrevista publicada pelo site, Índio afirmou que o PT é ligado às Farc e ao narcotráfico.

O ministro Henrique Neves, autor da decisão, baseou seus argumentos no fato de que o PSDB repetiu prática usada nas eleições de 2002, consideradas ofensivas pelo TSE, além da repercussão que o caso tomou e da gravidade das declarações de Índio.

Em 2002, o TSE decidiu que a coligação Grande Aliança, liderada pelo PSDB, deveria suspender a veiculação de programa de rádio e televisão que fazia o mesmo tipo de afirmação.

Outras ações
Além da ação contra o site tucano no TSE, o PT também processou Índio da Costa criminalmente no STF e abriu processo civil contra os dois (Índio e PSDB) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Com informações da Agência Brasil

Por pouco Serra escapa de tomar chuva de ovos em Florianópolis


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tomava um chopp num restaurante tradicional do Mercado Municipal de Florianópolis, nesta sexta-feira, quando dois ovos foram lançados contra ele por um rapaz. Cercado de correligionários, o tucano não foi atingido. Os ovos quebraram ao atingir um bar repleto de garrafas, encostado à parede.

Serra escapa de ovada lançada por eleitor em Florianópolis

O grupo de seguranças de Serra imobilizou o rapaz e o retirou do prédio. Ele foi levado pela Guarda Municipal ao 1º DP da cidade, e liberado em seguida. Na delegacia, ele disse não ter jogado ovos contra o candidato. Representantes do PSDB, que foram à delegacia, também decidiram não registrar boletim de ocorrência.Do jornal de extrema direita, O Globo

A casa onde nasceu Luiz Inácio que virou LULA, Senhor do Mundo!


A casa de taipa onde o Presidente Lula nasceu, na cidade de Caetés (20 km de Garanhuns), virou ponto turístico da região. Segundo moradores da localidade, seguidamente aparecem curiosos para fotografar o local

Dilma dispara e abre vantagem de 7%


Cláudio Humberto, claudiohumberto.com.br

“Pesquisa Vox Populi realizada entre 10 e 13 deste mês revela que a candidata a presidente Dilma Rousseff passou a abriu vantagem de sete pontos percentuais sobre seu principal adversário, José Serra. O placar, na pesquisa estimulada, está em Dilma 43% x 36% Serra. Marina Silva (PV) segue co 8%. A pesquisa foi realizada em 214 municípios, junto a três mil entrevistados. Na pesquisa espontânea, a vantagem de Dilma é ainda maior: 28 x 20%. Serra perde em todas as faixas etárias, exceto dos 24 aos 29 anos.

Nos estados, a vantagem da candidata petista fica ainda mais clara. Se em Alagoas Serra está na frente (39x35%), na Bahia perde de goelada (54x25%) e sofre derrotas acachapantes no Maranhão (62x21%), Paraíba (58x28%), Pernambuco (61x24%), Piauí (58x24%), Rio Grande do Norte (56x31%). Serra está na frente também no Acre (44x16%, com a "verde" Marina Silva somando 25%), Amapá (37x35%). No Rio, Dilma está na frente (41x25%), mas perde em São Paulo (41x32%), no Paraná (45x37%), no Rio Grande do Sul (42x37%), Santa Catarina (44x33%). Mas no Estado de Minas Gerais, reino do tucano Aécio Neves, Dilma saltou à frente de Serra, somando 40x35%. No Ceará Dilma 41% Serra 28%
Foto: ABr

http://www.nogueirajr.blogspot.com/

CORREIO BRAZILIENSE RECONHECE QUE É MELHOR CONTINUAR O GOVERNO LULA VOTANDO EM DILMA ROUSSEFF PARA PRESIDENTA DO BRASIL


TRABALHO
A caminho do paraíso

Criação recorde de vagas derruba taxa de desemprego para 7% em junho, menor patamar para o mês desde 2002

Gustavo Henrique Braga e Victor Martins

O desemprego no Brasil chegou ao menor patamar para um mês de junho desde 2002. De toda a população disposta a trabalhar, apenas 7% não estão ocupados. Com a forte expansão econômica no primeiro semestre do ano e o crescimento disseminado por todos os segmentos, o setor produtivo está demandando fortemente por mão de obra. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rol dos que mais incrementaram a folha de pagamento é encabeçado pela construção civil, que avançou 7,5% em quantidade de empregados nos últimos 12 meses. Na esteira desses bons números, seguem serviços e comércio (5,8%) e indústria (5,7%).
Daniel Ferreira/CB/D.A Press

Comércio colocou o setor de serviços na frente: 212 mil empregos nos últimos 12 meses

De acordo com Adriana Birigui, técnica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), além do recorde para meses de junho, o resultado é o melhor para a primeira metade do ano desde 2003. A pesquisadora destaca o bom desempenho da indústria, com 196 mil postos a mais em comparação ao sexto mês do ano passado. “O crescimento pode ser interpretado como um sinal de que o setor se recuperou dos efeitos da crise econômica”, ponderou Adriana. No semestre, a taxa de desocupação média ficou em 7,3%. Em igual período do ano passado, o índice havia registrado 8,6%.

Em valores absolutos, o setor de serviços continua como o principal gerador de empregos, com incremento de 212 mil postos em 12 meses. Um cálculo do Banco Fator, com base na pesquisa do IBGE, aponta que a taxa de desemprego, sem considerar interferências atípicas como a Copa do Mundo, atingiu 6,96% em junho. “O dado do desemprego de junho surpreendeu para baixo, devido a uma queda maior na população em busca de trabalho”, destacou o economista chefe do Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

Revés doméstico
O único setor que seguiu contra a maré de contratações foi o de serviços domésticos. Em 12 meses, foram menos 37 mil empregos. O restante do mercado de trabalho vem de uma sequência de boas notícias. Entre maio e junho, houve queda de 6,6% na quantidade de pessoas que procuravam emprego. A população ocupada, na outra ponta, manteve-se estável em 21,9 milhões de pessoas. Na avaliação segmentada das regiões metropolitanas, o destaque fica com Porto Alegre, única cidade a registrar uma taxa de desocupação inferior a 5%. Belo Horizonte tem o que comemorar, com uma taxa de 5,1%. O pior desempenho é observado em Salvador, onde a proporção de desempregados é mais que o dobro da capital gaúcha: 12%.

O coordenador do Centro de Estudos Sindicais de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade de Campinas (Unicamp), Anselmo Luis dos Santos, interpreta o cenário como positivo e aposta que 2010 registrará o menor índice de desemprego da série histórica. “A taxa de desocupação pode cair ainda mais, porque é a partir do segundo semestre que a indústria aumenta a produção. Provavelmente, chegaremos a índices na casa de 6% a 6,5% até dezembro”, sugeriu.

Dinheiro no bolso
O crescimento na oferta de postos de trabalho veio acompanhada de aumento da renda dos trabalhadores. O rendimento médio apurado pela pesquisa foi de R$ 1.423 e representou um aumento de 0,5% na comparação com maio e de 3,4% a mais em relação a junho de 2009. O indicador pode ser interpretado como consequência da falta de mão de obra, que obriga as empresas a pagarem mais. Santos considera que a melhoria na renda é, na verdade, resultado da maior oferta de propostas de emprego, o que permite ao trabalhador optar pela empresa que oferece as melhores condições. “A escassez de trabalhadores qualificados ocorre em setores específicos, principalmente na construção civil e na indústria. Esses profissionais estão em boas condições para receber aumentos expressivos de salário”, ponderou.

Jovem, mas interessado

O mercado de trabalho pujante no Brasil começa a receber um exército de jovens e adolescentes que nunca pegaram no batente. Curiosamente, em tempos de economia aquecida, a falta de experiência não chega a ser um obstáculo. Além do reconhecido aspecto social, para muitas empresas, oferecer o primeiro emprego a alguém não é uma opção, mas uma saída. Com a demanda crescente por mão de obra e a endêmica falta de qualificação no país, a solução encontrada é o treinamento. É o caso da Camargo Corrêa, que está buscando engenheiros e administradores na porta da universidade para preencher postos de infraestrutura. Na próxima semana, a companhia abrirá inscrições para seu programa de trainees. A construtora vai em busca de 30 recém-formados.

A situação da Camargo Corrêa não é um problema exclusivo da construção civil. Escassez de força de trabalho e baixo nível de qualificação são barreiras para quase todo o setor produtivo. Na opinião da supervisora da rede de brinquedos CiaToy, Elaine Mota, juventude e pouca experiência, em alguns ramos, podem ser convertidos em alta produtividade. “Aqui, damos muitas oportunidades para quem está começando”, explicou a funcionária. “A vantagem em contratar essa mão de obra é que ela chega sem vícios das rotinas de trabalho. Os jovens são empenhados e dão mais valor ao trabalho.”

Grande concorrência
Responsável por realizar os processos seletivos das sete lojas da rede, Elaine explica que o comércio, no geral, oferece muitas vagas, mas a concorrência é grande. A vendedora Renata Maria da Silva, 21 anos, é uma das recém-contratadas pela CiaToy. No mês passado, ela inaugurou o primeiro registro formal de emprego na Carteira de Trabalho(1). Agora, já pode sonhar com uma vida melhor. “Eu só fiz até a 8ª série. O que eu mais quero é voltar a estudar”, disse. Rosilene Vieira, 35 anos, é companheira de vendas de Renata. Há três meses na loja, passou seis em busca de trabalho. “Quando a gente está empregada, pode fazer muito. Vou realizar várias conquistas a partir de agora”, comentou ela, sem revelar os planos. (VM)


1 - Meta de 2,5 milhões de postos
A despeito da expectativa de desaceleração econômica ocasionada pelos sucessivos aumentos na taxa básica de juros, a projeção do Banco Central é de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país) crescerá 7,3% em 2010, o que significará, se confirmada, a maior expansão desde 1986 e abertura de empregos. A meta do Ministério do Trabalho é encerrar 2010 com a geração de 2,5 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Só no primeiro semestre, foi gerado 1,4 milhão de empregos formais.