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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Alvaro Dias está com medo do caso Banestado finalmente pegar Serra


Ao inquirir o ex-delegado Onézimo Souza, na Comissão de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso, na quinta-feira, o senador Alvaro Dias (PSDB/PR) quis saber, indiretamente, se o livro "Os porões da privataria" continha informações novas sobre a conta TUCANO descoberta no caso Banestado, que movimentou US$ 176,8 milhões, investigada pelo delegado federal Castilho.

Para entender a pergunta do senador demo-tucano, é preciso lembrar desta notícia do jornal "Hora do Povo", de 01 de julho de 2003:

Banestado: PF descobre elo de Serra com conta secreta

A Polícia Federal, através do delegado José Castilho Neto e do perito Renato Rodrigues Barbosa, entregou ao Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, um dossiê sobre as remessas ilegais de recursos para o exterior, através das chamadas contas CC-5, envolvendo nomes de políticos ligados ao governo FHC, entre eles o candidato derrotado à presidência da República, José Serra, o ex-diretor Internacional do Banco do Brasil, e caixa da campanha, Ricardo Sérgio de Oliveira e o também caixa de campanha tucana, Sérgio Motta.

Segundo a revista “IstoÉ Dinheiro” desta semana, os documentos da PF que envolvem José Serra são extratos fornecidos pelo banco americano JP Morgan Chase aos investigadores brasileiros, obtidos mediante a quebra, naquele país, dos sigilos bancários dos envolvidos. José Serra aparece como autor de uma ordem de pagamento internacional no valor de US$ 15,6 mil que teria, por solicitação sua, saído da conta “Tucano” no JP Morgan e ido parar na conta 1050140210, da empresa Rabagi Limited, no Helm Bank de Miami. Essa operação, segundo a Polícia Federal, mostra que José Serra tinha poderes para movimentar a conta “Tucano”. Segundo o mapeamento feito pela Polícia Federal, essa conta movimentou US$ 176,8 milhões entre 1996 e 2000. Os recursos partiram de laranjas em Foz do Iguaçu e seguiram para a conta “Tucano” no JP Morgan, em Nova Iorque. A PF, que realizou um rastreamento internacional dos recursos e descobriu também o envolvimento de outros tucanos nas remessas, como Ricardo Sérgio de Oliveira e Sérgio Motta, pretende agora investigar se José Serra, além de movimentar a conta “Tucano”, era proprietário da empresa Rabagi Limited, que recebeu os recursos do JP Morgan.

A Polícia Federal descobriu também que a conta “Tucano” em Nova Iorque teve uma movimentação suspeita no dia 30 de março de 1999, com a transferência de US$ 500 mil de sua sede nos EUA para outra conta, também batizada com o mesmo nome de “Tucano”, só que num banco Suíço, o Lugano. E o que intrigou os policiais da PF, neste caso, é que 24 horas depois, ou seja, em 31 de março, outros US$ 500 mil saíram da conta “Tucano” de Nova Iorque em direção à Suíça.

As investigações sobre as remessas ilegais através das contas CC-5 começaram graças ao trabalho do promotor Celso Três que, segundo a “IstoÉ”, mapeou todas as contas CC-5 do Brasil. A ação da Polícia Federal, logo em seguida, permitiu chegar nas contas de altas figuras do governo tucano. Para obter as informações que ajudaram a esclarecer o caso, a PF pediu à justiça americana a quebra do sigilo bancário dessas contas. Com isso acabou chegando nas pessoas que fizeram as movimentações nessas contas. O JP Morgan recebia recursos enviados por laranjas sediados em Foz do Iguaçu. Segundo o delegado Castilho, todas as pessoas que movimentaram essas contas no exterior, como foi o caso de Serra e Ricardo Sérgio, deverão ser investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

A notícia foi veiculada também em revistas do PIG, como a Época e a IstoÉ

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