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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Guido Mantega participa de reunião com direção do PT para falar sobre economia brasileira

Reunião da Executiva do PT com o ministro Mantega (Foto: Richard Casas/PT)

Ministro da Fazenda foi convidado pela Executiva Nacional do PT para fazer exposição sobre temas econômicos


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou na noite de quarta-feira (11) de um encontro com os membros da Comissão Executiva Nacional do PT. A reunião, solicitada pela CEN, ocorreu nas dependências da sede nacional do Partido, em Brasília.

Na oportunidade, o ministro da Fazenda fez uma exposição sobre “A economia brasileira no quadro mundial”, quando apresentou diversos dados e índices econômicos com as projeções e os resultados das medidas tomadas pelo governo Dilma para o enfrentamento da crise econômica que atinge principalmente a Europa.

Participaram do encontro com Mantega os membros da Executiva Nacional do PT e integrantes do Diretório Nacional.

Acompanhem abaixo alguns dados fornecidos pelo ministro da Fazenda durante a sua exposição.

Crescimento econômico

O Brasil apresentará índices de crescimento nos próximos anos, apesar da desaceleração da economia mundial, sobretudo nas economias avançadas, onde não está descartada a possibilidade de haver recessão. De acordo com organismos multilaterais (FMI, ONU e Banco Mundial) o crescimento da economia mundial deve girar em torno de 3%, taxa inferior às de 2010 e 2011.
Dentre as maiores economias mundiais, os BRICS são os que apresentam as maiores taxas de crescimento e a projeção de crescimento para o Brasil em 2012, feita pelo Ministério da Fazenda, pode chegar a 4,5%.

Quinta economia mundial

De acordo com os dados do Ministério da Fazenda, uma nova ordem econômica vem se configurando nos últimos anos e os principais centros e organismos de pesquisa internacionais tem projetado que os países emergentes devem continuar a subir na classificação das maiores economias do planeta.
Em cinco anos, segundo projeções do ministro Mantega, o Brasil deverá se tornar a quinta maior economia do mundo.

O Brasil tornou-se um país emergente ao alcançar taxas de crescimento de 4%, em média, por oito anos consecutivos, graças ao novo modelo de desenvolvimento implantado a partir de 2003. Modelo esse baseado no fortalecimento do mercado interno, por meio do emprego, da distribuição da renda e dos investimentos que permitiu ao País atingir níveis elevados de crescimento.

Mercado amplo e emprego elevado

Um dado importante apresentado é de que a expansão do mercado interno brasileiro em 2011, medida pelo comércio varejista, foi próxima de 8%, devido ao crescimento da renda e da massa salarial. Em 2011 foram criados aproximadamente 1,9 milhão de novos postos de trabalho formal.

Enquanto o mundo vive às voltas com o fantasma do desemprego, situado acima dos 10% em algumas economias avançadas, o Brasil segue outra direção onde, apesar das adversidades do ambiente externo, apresenta ano após ano uma redução da taxa de desemprego que atingem os menores níveis da série histórica do IBGE.

Crédito

O mercado interno tem recebido estímulos, entre outros fatores, pela expansão do crédito que chegou a crescer 19% em 2011 e atingiu R$ 2 trilhões, segundo dados da Fazenda. Ou seja, quase 50% do PIB.
O Brasil superou um longo período em que a maioria do povo brasileiro não tinha acesso à rede bancária. Agora, o entendimento é que crescimento inclusivo também significa tornar o crédito acessível a todos.
Com programas como o Minha Casa Minha Vida, esse crescimento inclusivo possibilita a realização do sonho da casa própria para milhões de famílias brasileiras.

Gastos com educação e saúde

Neste novo modelo de desenvolvimento, além do pleno acesso à aquisição de bens, também está garantido um maior acesso aos serviços públicos básicos. Para se ter uma idéia , os gastos do governo federal com educação cresceram 222% em termos reais, de 2002 para cá.

Na saúde, a disponibilidade de recursos foi dobrada e cresceu 107% em valores reais.

Redução da desigualdade de renda

O Brasil é um dos poucos países do mundo que concilia a solidez no crescimento econômico com a distribuição de renda.

Os números do governo apontam para uma redução da pobreza pela metade em pouco menos de oito anos, o que significa uma antecipação pelo Brasil das Metas do Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas. A verdade é que a renda dos mais pobres no País cresce mais rapidamente do que a dos mais ricos, o que é uma exceção inclusive nos países que compõem o BRICS.

Segundo esses dados, a pobreza extrema tende a convergir rapidamente para próximo de zero. E mesmo com a expansão da renda para todas as camadas sociais, verifica-se que o crescimento do poder aquisitivo dos mais pobres é proporcionalmente maior.

Solidez fiscal

Um outro dado importante é o destaque internacional do Brasil para a responsabilidade fiscal. Em países avançados, a estagnação da economia, combinada com os planos de salvamento dos sistemas financeiros, resultou em recordes nos déficits fiscais. No Brasil, assim como em outras economias emergentes, o crescimento econômico aliado à estabilidade do sistema financeiro permitem resultados fiscais mais sólidos e sustentáveis.

Esse equilíbrio fiscal, segundo a Fazenda, baliza as ações do Governo sem que haja o comprometimento do desenvolvimento, da distribuição da renda e da meta de erradicação da miséria.

Previdência e Dívida Pública

A expansão do mercado de trabalho e a ampliação da formalização da economia garantem uma tendência de queda nos déficits da Previdência Social. No ano passado, ele foi de 0,85% do Produto Interno Bruto, o menor desde 2001.

Com relação à dívida pública, apesar do cenário internacional desfavorável, que deteriorou as contas públicas de países desenvolvidos, o Brasil conseguiu reduzir seu estoque em relação ao PIB.

Inflação

A alta dos preços das commodities, desde o último trimestre de 2010, provocou um impulso inflacionário na economia mundial e os efeitos desse surto foram sentidos ao longo de 2011, mas a tendência é que ele se dissipe em 2012.

O Brasil agiu de maneira enfática frente à pressão inflacionária criando condições para impedir que os preços sofressem uma forte aceleração. As ações funcionaram e desde o segundo semestre de 2011 as taxas de inflação desaceleraram.

Durante a exposição do ministro da Fazenda também foram apresentados dados sobre mercados de capitais, taxa de juros, guerra cambial, comércio exterior, recorde na safra brasileira e investimentos estrangeiros no País.

(Geraldo Magela Ferreira, com informações da Secretaria Geral Nacional -  Portal do PT)

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