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sábado, 18 de fevereiro de 2012

The Economist, seus chutes e desejos

Publicado em 17-Fev-2012
Ela tenta "vender" ideia de distância entre presidentes Lula e Dilma...
De novo, lá vem ela com novas intrigas. A britânica The Economist definiu as nomeações de Graça Foster para a Petrobrás e de Eleonora Menicucci para a Secretaria de Políticas para Mulheres como indicadores de que a presidenta Dilma Rousseff estaria “saindo da sombra” do ex-presidente Lula.

A edição que chega às bancas do Reino Unido hoje ressalta que a presidenta demitiu sete ministros no ano passado, cujos substitutos não teriam, necessariamente "a cara de Dilma".  A escolha de Graça Foster, entretanto, é taxada de um fato “particularmente notável”, pela revista.

O caso de Eleonora, para a The Economist, também seria emblemático. Motivo? Ela tem sido “próxima da presidente desde que as duas dividiram cela durante a ditadura”.

A revista erra e o tempo o dirá

Diz, ainda, a revista que a chefe de governo poderia estar “pavimentando o caminho para uma agenda mais ambiciosa”, inclusive, devido à sua popularidade alta: 59% de aprovação na última pesquisa, dez pontos a mais do que em meados do ano passado, e ao apoio que dispõe no Congresso: apenas 91 deputados seriam de oposição.

A revista menciona prováveis dificuldades que Dilma Rousseff  ante “dívidas políticas com aliados que a ajudaram elegê-la”. E a taxa de inexperiente politicamente. Já, ao ex-presidente Lula, reserva comentários como “Lula era um negociador consumado e um pragmático, que, como muitos outros presidentes brasileiros, comprou lealdade distribuindo cargos no governo e favores”.

A revista erra. Ou faz política ao publicar um texto deste teor. Separar Dilma de Lula e dar às nomeações de Eleonora e Graça o caráter de distanciamento entre o ex-presidente Lula e a presidenta é puro chute. Ou é um desejo de seus editores. O qual, dificilmente, se tornará realidade. O tempo dirá.

Desejo que não se concretizará

Tanto Graça Foster quanto Eleonora Menucucci têm, de per si, mais do que títulos e experiência para ocupar os cargos de ministra-chefe da Secretaria de Política para as Mulheres e de primeira presidenta da Petrobras. Uma é próxima do PT e outra é militante histórica. Ambas eleitoras de Lula. Assim não há nada que autorize a revista a determinadas conclusões. Repito, a não ser a vontade de ver seu desejo realizado, o que não acontecerá.

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