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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PT e PC Chinês aprofundam intercâmbio durante 4º. Seminário na China

Intercâmbio político entre Brasil e China (Arte: Vilhena)

Troca de experiências inclui formação de quadros e diálogo com movimentos sociais


Desde maio de 2001 o Partido dos Trabalhadores dialoga e troca de experiências políticas com o Partido Comunista Chinês. De lá pra cá foram cinco encontros entre delegações e quatro seminários entre O PT e o Partido Comunista Chinês. Nesse período, a relação entre os dois partidos ganhou força, assim como a relação econômica entre China e Brasil.

O próximo encontro deve ocorrer no Brasil em abril de 2012, quando as delegações terão oportunidade de compartilhar experiências sobre a formação de quadros políticos e a mobilização de movimentos sociais, com destaque para as mulheres, juventude e movimento sindical. Em entrevista ao TV PT, a Secretária Nacional de Relações Internacionais, Iole Ilíada, fez uma análise sobre a última visita da delegação petista à China e o contexto político internacional que fortalece as trocas políticas entre os partidos dos respectivos países.

Qual é o saldo dessa visita?

Acho importante dizer que essa foi a quinta delegação que o PT enviou à China. Foi uma delegação de “alto nível”, como dizem os chineses, encabeçada pelo presidente com Rui Falcão e que contou com membros da Executiva: além de mim, o Paulo Frateschi, Secretario de Organização; o Carlos Henrique Árabe, Secretário de Formação e o João Vaccari, nosso Tesoureiro, além da Selma Rocha, da Fundação Perseu Abramo e da Escola de Formação.

Além de termos realizados uma série de visitas, encontros com membros importantes do Partido Comunista Chinês, do seu comitê central, além de termos tido a oportunidade de conhecer mais a fundo uma escola de formação deles, também conhecemos um complexo de produção siderúrgica, a Baosteel, uma das maiores produtoras de aço do mundo e que importa bastante minério de ferro do Brasil. Conhecer esses aspectos tanto do partido quanto do processo de desenvolvimento chinês foi fundamental.

Nós realizamos a 4ª. Edição do Seminário Partido Comunista Chinês/ PT Brasileiro. Esses seminários têm se mostrado um processo muito interessante na medida em que é possível dizer que o primeiro - que realizamos aqui no Brasil - era quase experimental, e neste primeiro os contatos ainda eram mais protocolares. As discussões eram mais superficiais porque se tratava de um início de aproximação. É muito interessante constatar como neste 4ª. Seminário não só os temas debatidos são mais profundos e até delicados, como as opiniões expressas são mais sinceras. Esses seminários têm possibilitado de fato um conhecimento mútuo muito mais estreito e profundo, tanto das realidades de Brasil e China como também de nossas visões do papel dos partidos e dos movimentos sociais.

Durante essa visita foi possível perceber que a relação entre Brasil e China aumentou nos últimos anos?

Sem dúvida, fica muito evidente que Brasil e China, como Estados, estão construindo uma parceria estratégica. Seja no âmbito dos BRICS seja na relação bilateral, com discussão sobre diversos temas. Isso se evidencia no tratamento dado à delegação do PT. Nós fomos tratados quase como uma delegação de Estado, tamanha a importância que eles dão ao nosso país e tamanha a visão que eles têm de que o Brasil é cada vez mais um sujeito político internacional fundamental, e que se eles querem ter uma boa relação com a América Latina, eles precisam de fato aprofundar esses laços com o Brasil.

E pro Partido dos Trabalhadores, qual é a importância desse intercâmbio político com o Partido Chinês?

Essa pergunta é muito boa porque se nossos Estados e governos – Brasil e China - estão conformando uma aliança num certo sentido estratégica, é claro que pra nós do PT também é absolutamente importante estabelecer laços e intercâmbios com o Partido Comunista Chinês. Nós somos o partido do governo no Brasil e eles são o partido do governo na China – guardados as especificidades dos processos, o tamanho dos partidos e a correlação de forças. Tendo isso em vista, lá mesmo durante essa visita, nós já firmamos o compromisso de dar continuidade a esse processo, inclusive realizando o próximo seminário aqui no Brasil no ano que vem. Provavelmente no primeiro semestre.

Já tem data marcada?

Não fechamos a data, mas mais ou menos acertamos que será em abril, e a ideia é fazer na Bahia. Isso foi lançado como proposta, não está fechado. E também firmamos um compromisso de aprofundar essa relação em quatro aspectos centrais: um deles é na formação de quadros – trocar experiências e delegações de quadros políticos. Aprofundar a relação entre governos locais e parlamentares. Aprofundar as relações – um aspecto interessante – entre os movimentos sociais, com destaque para mulheres, juventude, e movimento sindical. Quero destacar isso porque muitas vezes se têm a impressão, no Brasil, de que esses movimentos inexistem na China, o que não é verdade. Cada vez eles aumentam e ganham mais importância. E finalmente firmamos um compromisso de, por ocasião da próxima cúpula dos BRICs, realizar também uma reunião dos partidos dos respectivos países que estão à frente desses governos.

(Jamila Gontijo – Portal do PT)


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