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quarta-feira, 16 de março de 2011

Litro de gasolina chega a R$ 12 em Colniza A prefeitura está mandando combustível de avião para Guariba


Os atoleiros nas estradas aumentam os custos dos fretes e comprometem os lucros
Reprodução DA GAZETA DIGITAL

O excesso de chuva na região noroeste de Mato Grosso está deixando empresários e moradores preocupados com o impacto na economia local. Em Guariba, distrito de Colniza (1.065 Km a noroeste de Cuiabá), o litro da gasolina disparou e chega a ser negociado a R$ 12, preço que geralmente variava de R$ 3,5 a R$ 4, segundo relatos de moradores e comerciantes ouvidos nesta terça-feira (15) pela Agência Sebrae de Notícias.

"A prefeitura está mandando combustível de avião para Guariba e o comércio local está parado", informa Robério Cavalcante, secretário municipal de planejamento. O distrito, de 7 mil habitantes está isolado e fica a 150 km da sede de Colniza que tem cerca de 26,3 mil moradores conforme o censo 2010 do IBGE. Para chegar até lá, é preciso atravessar o Rio Aripuanã de barco ou em canoas improvisadas, por causa da queda de uma ponte de 274 metros na rodovia MT-206. "A ponte que caiu sempre foi de madeira e é muito frágil", relata o secretário.

Dono da Auto Peças Três Irmãos, Whemerson Vieira confirma a situação relatada pelo secretário. "Aqui em Guariba tudo tá muito caro, a renda acabou e o movimento está muito fraco", resume. A rede elétrica, alimentada por geradores que funcionam a base de óleo diesel, também foi atingida, e os moradores convivem com o racionamento de energia. Os cortes duram das 13h às 19h, e da meia noite às 7h.

No caso do distrito de Três Fronteiras - situado na divida entre Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, a situação é mais complicada. Os rios Guariba e Água Branca estão seis metros acima do nível normal, e também é preciso atravessá-los de barco para chegar à localidade.

Os atoleiros nas estradas aumentam os custos dos fretes e comprometem os lucros, tanto dos comerciantes como das empresas transportadoras. Nos últimos dias, a chuva diminuiu de intensidade, mas continua castigando o município. Segundo estimativa do secretário, cerca 12 mil pessoas estão sem trabalhar, devido à dificuldade de comunicação e transporte na região.

A economia local está baseada na produção de café, madeira e gado. Pequenas propriedades e assentamentos dominam a atividade econômica e movimentam o comércio local. Há aproximadamente 150 lojas em Colniza, sendo 95% delas micro e pequenas empresas, de acordo com a Associação Comercial e Industrial da cidade.

Estradas precárias: "As estradas estão muito precárias. A cidade está deserta. A situação está muito difícil para todos os comerciantes, pois não paramos de pagar impostos e fretes, e as vendas pararam", se queixa Vítor Pereira Assunção, presidente da Associação Comercial e Industrial de Colniza (Acic). A cidade não conta agência bancária, apenas um caixa eletrônico do Banco do Brasil e um posto do Sicred (Sistema de Crédito Cooperativo).

Providências: MT receberá R$ 5 mi para enfrentar "caos", o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra anunciou na semana passada que o Estado terá R$ 5 milhões para investir em Colniza, Nova Xavantina, Novo Mundo e Nova Maringá, municípios que tiveram na quinta-feira (04) a situação de emergência decretada pelo governo do Estado devido os estragos provocados pelas chuvas das últimas semanas.

Os recursos estão, conforme o governo, disponíveis a partir desta semana e serão aplicados para iniciar as primeiras atividades de reconstrução social como aquisição de combustível e medicamentos, deslocamento dos moradores de áreas de risco e medidas para evitar o isolamento das comunidades. Até quarta-feira (15), todos os municípios deverão entregar relatórios com suas demandas e repassá-las ao Estado que enviará à Secretaria Nacional de Defesa Civil para tentar captar mais recursos. "Após conhecer com mais detalhes a necessidade dos municípios, teremos noção do que pode ser feito para complementar o auxílio", disse o ministro.

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