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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

20 Ministros já foram confirmados para o governo Dilma


Em nota à imprensa, a presidenta eleita, Dilma Rousseff, confirmou ontem, mais quatro integrantes de seu ministério:

- Relações Exteriores: Antônio Patriota;
- Ciência e Tecnologia: Aloizio Mercadante (PT/SP);
- Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Fernando Pimentel (PT/MG);
- ministro da Defesa: Nelson Jobim (PMDB/RS) continua;


Antônio Patriota é o atual secretário-geral do Itamaraty, significando que a política externa deve prosseguir na mesma linha.

Quem pensa que o ministério da Ciência e Tecnologia é prêmio de consolação para Aloízio Mercadante, está muito enganado. Terá trabalho como nunca teve. Dilma considera a área uma das mais prioritárias para o desenvolvimento e sabe a importância da inovação. Por isso vai querer dar mais um salto de qualidade, assim como fez Lula em seu governo, com o Ministro Sérgio Rezende. Mercadante é também professor Universitário e conhece bem o setor.

Fernando Pimentel é reconhecido como bom gestor quando foi prefeito de Belo Horizonte, e também terá muito trabalho para articular as políticas industriais em setores que enfrentam difícil competição com a guerra cambial que ocorre no mundo.

Nelson Jobim, tem sido o alvo preferido de nossos leitores, e é perfeitamente compreensível. Mas quem de fato seria um bom nome para o posto? Eu digo, alguém que goste de passar o dia de trabalho se interessando por relatórios militares, em reunião como comandantes, generais, almirantes e brigadeiros, atendendo os problemas de cada Força, dedicar-se a conhecer a indústria bélica e seus bastidores, as pesquisas dos institutos tecnológicos militares, estudar a geo-política militar estrangeira, discutir as questões sobre vigilância de fronteiras, operações de ajuda humanitária, operações de pacificação envolvendo segurança pública, como aconteceu no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, com todos seus prós e contras.

Com a Estratégia Nacional de Defesa, o ministério não é mais para "enrolar" como era na época de FHC. Tem metas executivas importantes para nação a serem cumpridas, como reequipar as Forças Armadas e fazer política industrial com a indústria bélica. Não dá certo colocar alguém que não tenha interesse pelo setor.

Não gostaríamos que colocassem um execdutivo de banco, de cartão de crédito, para cuidar do Bolsa-família. Da mesma forma os servidores militares precisam de alguém em seu ministério que tenha bom diálogo para ouvir os comandantes, estudar a fundo as questões e tomar decisões sensatas, com conhecimento de causa.

Poderia ser um militar no ministério, mas as 3 Forças Armadas tem resistido à idéia de ter um militar no posto, para não alterar o equilíbrio de poder entre as 3 forças. Além disso, um ministro civil funciona melhor como alguém a quem o presidente delega tarefas de mediar as demandas das Forças Armadas com as demais prioridades da nação, sobretudo porque todos ministros sérios tem bons projetos, que merecem mais verbas, mas é preciso encaixar o que é possível ser feito dentro no orçamento. Um ministro militar teria a mesma visão dos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica, e levaria as demandas para ficar na mesa do presidente, que precisaria de um assessor para estudá-las, encaminhá-las e decidir. Ora, então esse assessor é o próprio ministro da defesa, um civil.

A gente não conhece a fundo tudo o que se passa nos bastidores, mas é um pouco óbvio que Jobim continua ministro não é por sua "simpatia", é porque atende à uma função, desde que continue cumprindo as diretrizes determinadas pelo presidente e pela futura presidenta. Se Lula o manteve, é porque cumpriu. E se Dilma o confirmou, é porque ela sabe o que ele fez durante estes anos no governo Lula.

Já foram confirmados 20 ministros, com os 16 já anunciados anteriormente:

- Fazenda: Guido Mantega (PT/SP);
- Planejamento: Miriam Belchior (PT/SP);
- Banco Central: Alexandre Tombini;
- Casa Civil: Antonio Palocci (PT/SP);
- Justiça: José Eduardo Cardozo (PT/SP);
- Secretaria-Geral da Presidência: Gilberto Carvalho (PT/SP);
- Das Comunicações: Paulo Bernardo (PT/PR);
- Dos Transportes: o senador Alfredo Nascimento (PR/AM) volta ao cargo;
- Da Pesca e Aquicultura: senadora Ideli Salvatti (PT/SC)
- De Direitos Humanos: deputada Maria do Rosário (PT/RS)
- De Comunicação Social: jornalista Helena Chagas;
- De Minas e Energia: senador Edison Lobão (PMDB/MA) retorna ao cargo;
- Da Agricultura: Wagner Rossi (PMDB/SP) continua;
- Da Previdência Social: senador Garibaldi Alves (PMDB/RN);
- Do Turismo: deputado Pedro Novais (PMDB/MA);
- Secretaria de Assuntos Estratégicos: ex-governador Moreira Franco (PMDB/RJ)

Também foi anunciado o chefe de Gabinete da presidenta da República: o geólogo Giles Carriconde Azevedo.

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