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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Wellington Fagundes receberia 20% de propina por obra


O deputado federal Wellington Fagundes e o prefeito de Barra do Garças, Wanderley Farias, ambos do PR, são citados em depoimento na Polícia Federal como supostos beneficiados por um esquema de desvio de verbas públicas na região do Araguaia desarticulado sexta-feira (19) na operação Atlântida, da Polícia Federal.
A Gazeta teve acesso ao trecho de um dos depoimentos de uma testemunha que revela uma suposta aproximação de políticos e empresários para fraudar licitações e apropriar-se indevidamente do dinheiro público.

Conforme dados da Controladoria Geral da União (CGU), estima-se que o prejuízo tenha chegado a ordem de R$ 38 milhões. A quantia é resultado de desvio de verbas vindas de órgãos federais e emendas parlamentares.

O parlamentar e o prefeito receberiam a título de propina 20% do valor de cada contrato licitado que teria a empresa Assessoria e Construções LTDA (Assecon) responsável pelo andamento da obra.

A empreiteira pertence ao empresário Antônio Jacomini, um dos presos na operação Atlântida que manteria estreitas relações com ambos os políticos.

"Luiz Antônio Jacomini conheceu a pessoa de Wellington Fagundes através de Wanderley Farias; é notória na região do Vale do Araguaia a ascendência exercida pelo deputado Wellington Fagundes sobre as prefeituras, inclusive a de Barra do Garças; o deputado e Wanderley Farias se beneficiam do esquema operado pela empresa Assecon; se tem notícias de que 20% do valor das obras licitadas e realizadas pelo grupo operado por Luiz Antônio Jacomini retornam a Wanderley Farias a título de comissão", diz trecho do documento.

Ainda consta que Jacomini viaja com frequência até Brasília para manter contatos com o intuito de ganhar licitações na região de Barra do Garças. O deputado Wellington Fagundes teria a incumbência de viabilizar recursos a serem empregados nas obras cujas licitações seriam vencidas pelo empresário Jacomini. Em troca disso, receberia a título de comissão 20% do valor empregado.

O responsável pelas declarações ao delegado federal Tomás de Almeida Vianna é o contador de uma das empreiteiras suspeitas de participações em esquema de desvio de dinheiro público. Ele aceitou a delação premiada, ou seja, contribuir com informações as autoridades em troca da possibilidade de extinção ou redução da pena.

Liberdade

O empresário Anísio de Jesus é o único preso que até o momento conseguiu habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região para ser posto em liberdade.

O recurso foi autorizado pelo desembargador Cândido Ribeiro.

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