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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Se Henry entrar, Leitão perde para Ságuas por 6 votos; confira cálculos


Romilson Dourado
Fernando Ordakowski

Pedro Henry luta para validar os 81.454 votos, o que lhe garantiria novo mandato, vindo a tirar Nilson Leitão que, por sua vez, derrubaria Ságuas Moraes da cadeira se os votos sub judice de William Dias (PTB) forem considerados

O resultado das urnas e os embaraços jurídicos produziram uma situação inusitada e intrigante, com três nomes na briga por duas das oito cadeiras na Câmara Federal, mesmo após as eleições. Pedro Henry (PP) obteve 81.454 votos, mas, como está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, não foram validados, portanto, está fora. Ele ingressou com recurso. Se conseguir derrubar a decisão que cassou sua candidatura e tornar os votos válidos, será considerado reeleito. Nesse caso, quem perde a vaga é Nilson Leitão (PSDB) ou Ságuas Moraes (PT). Os três se mostram apreensivos.

Cálculos feitos especialmente para o blog pelo consultor e assessor parlamentar Valdecir Calazans, da Visão, Assessoria, Planejamento e Marketing, revelam que, se a Justiça Eleitoral computar os votos de Henry, a coligação PSDB/DEM/PTB não terá mais dois eleitos (Júlio Campos e Leitão), mas somente um pelo quociente, pois sua média ficaria em 157.620. Nesse caso, o tucano perderia a cadeira de federal porque a média é de 6 pontos de diferença entre a coligação da qual Ságuas faz parte da que congrega Leitão.

Já o bloco PT/PMDB/PR, que conquistou 4 cadeiras, elegeria 3 pelo quociente (Wellington Fagundes, Homero Pereira e Carlos Bezerra) e o petista Ságuas entraria pela média de 157.626. Esses seis votos a mais manteria Ságuas no quadro de federais eleitos. A coligação PP/PRB/PTN teria um eleito pelo quociente, que seria Pedro Henry, e Eliene Lima, com os seus 66.482 votos, asseguraria vaga pela primeira média (160.255). Já PSB/PDT/PPS mantém um eleito (Valtenir Pereira) pelo quociente, já que a média da coligação ficaria em 105.821.

Leitão ou Ságuas

Embora num primeiro momento quem perderia a vaga com a entrada de Henry seria Nilson Leitão, há um outro componente que provocaria outra reviravolta. Seria a validação dos 13.289 votos que estão sub judice, entre eles do petebista William Dias, que conquistou 2.098 votos pela coligação de Leitão. Esses votos também mudariam a composição, vindo a tirar uma vaga da tríplice-aliança PT/PR/PMDB. Quem "dançaria" seria Ságuas. O julgamento do recurso de Willian começou no TSE e, quando já registrava 2 votos favoráveis, a ministra Carmem Lúcia pediu vistas. Foi o suficiente para Leitão comemorar, já que os votos do petebista, uma vez validados, serão suficientes para garantir-lhe no cargo. O impasse deve prosseguir até meados do próximo mês, às vésperas da diplomação.

Veja abaixo as 2 projeções sobre quociente eleitoral, uma com e outra sem os mais de 80 mil votos obtidos por Henry

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