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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PF desarticula quadrilha acusada de prática de crimes ambientais


Patrícia Sanches

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta (26) a Operação Pharisaios, para desarticular uma quadrilha que praticava crimes ambientais na região de Juína. Além dos agentes federais, participam da ação servidores do Ibama, da Força Nacional e da Funai. O objetivo é coibir a extração ilegal e comercialização de madeiras extraídas da reserva indígena Serra Morena.

Para executar os trabalhos foram necessários 140 policiais, que cumpriram 10 mandados de prisão, 2 de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão, que foram expedidos pelo juízo da 2ª Vara Federal de Cuiabá. Até o momento, 6 pessoas foram presas e foi apreendida farta documentação, que será analisada pela Polícia Federal, que também apreendeu caminhões, pás carregadeiras, escavadeiras e reboques.

As investigações, que culminaram na Operação Pharisaios, ocorrem há 1ano. Em 15 de julho de 2010, durante a realização da Operação Arco de Fogo, os agentes federais encontraram grande quantidade de equipamentos pertencentes aos madeireiros criminosos na reserva indígena. Na época, foram apreendidas 1 pá carregadeira; 1 trator de esteira; 4 motocicletas; 2 espingardas; 1 escopeta e 1 caminhão. Dias depois foram apreendidos também um complexo maquinário composto por serras e motores que integravam uma serraria móvel, montada no interior da Terra Indígena Serra Morena.

Conforme as investigações, um grupo de madeireiros da região de Juína aliciava os índios e extraía ilegalmente a madeira no interior da reserva da Serra Morena. Por enquanto, foram presos madeireiros e proprietários de planos de manejo da região de Juína. Segundo a PF, na região ocorria o mesmo modus operandis detectado durante a deflagração da Operação Jurupari, que também investigava a existência de crimes ambientais em terras indígenas. Assim, como os envolvidos na Jurupari, foram detectadas fraudes envolvendo o “esquentamento” dessas toras de madeira extraídas ilegalmente de terras indígenas por meio de Guias Florestais (GFs) fraudulentas, emitidas por proprietários de planos de manejo e autorizados pela Sema.


As fraudes, conforme a PF, foram feitas de forma grosseira, tendo sido identificadas centenas de GFs de transportes de madeiras. Guias que informam o transporte de toras de madeira em motocicletas e veículos de passeio; guias com transporte de quantidade de madeira até três vezes superior à capacidade de carga do caminhão; com cadastro de placas de veículos inexistentes; outras cujo recebimento pelo destinatário foi praticamente “instantâneo”, já que a GF deve acompanhar a carga de madeira transportada e considerando a distância entre o plano de manejo e a madeireira, não poderia ter sido recebida ou “baixada” minutos após ter sido expedida.

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