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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Para Ságuas, Tenório foi motivo da denúncia que culminou em detenção


Laura Nabuco
O deputado estadual e cadidato a uma vaga na Câmara Federal, Ságuas Moraes (PT), acredita que a presença do prefeito de Arenápolis, Farid Tenório (DEM), no suposto almoço promovido a correligionários e simpatizantes na última quarta (22) e que resultou na detenção dele e mais outras 25 pessoas por prática de crime eleitoral - veja aqui -, pode ter sido o motivo da denúncia à Justiça Eleitoral. "Arenápolis é uma cidade complicada, qualquer movimentação já é motivo de suspeita e a presença do prefeito, que é de uma outra coligação, pode ter favorecido a desconfiança", afirmou.

O petista diz não ter dúvidas de que a denúncia tenha surgido da oposição e ressaltou que não sentiu nenhum impacto em sua candidatura. "As pessoas conhecem a minha história. Em 2006 eu fui o único candidato que se elegeu sem ter recebido nenhum tipo de denúncia", ressaltou. O deputado disse ainda que durante toda a campanha tem tido o cuidado de fazer reuniões apenas em restaurantes para afastar os rumores de compra de votos. "As pessoas sempre convidam para fazer almoços em suas casas como uma forma de promover a candidatura, mas eu sei que isso sempre junta muita gente. É por isso que tenho feito todas as reuniões em restaurantes durante esta campanha", revelou.

Esta semana o diretório do PT de Arenápolis divulgou uma nota buscando esclarecer o episódio. Na nota, o partido reconhece a necessidade do trabalho de apuração de denúncias feito pela Justiça Eleitoral, mas critica o rigor da ação. "Entendemos que o rigor aplicado era desnecessário, uma vez que em momento algum oferecemos obstáculos à apuração dos fatos", diz trecho. Ao contrário do candidato, o partido também deixa claro que "em momento algum apontou este ou aquele como denunciante, visto que a denúncia é de direito do eleitor para acompanhar o processo de eleições limpas".

Ságuas também fez questão de reforçar que não havia sido informado sobre o almoço e que o encontro realizado no salão de festas da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) era restrito a um número pequeno de pessoas. "Na verdade aquilo era uma reunião de trabalho. Só no meio da minha fala vi que algumas pessoas estavam se servindo", afirmou. Segundo ele, o encontro serviria para dar instruções a seus cabos eleitorais sobre o ritmo da campanha e o atraso pode ter sido o motivo para que a comida fosse servida. "A reunião estava marcada para às 11h, mas só teve início às 11h45", explicou.

Além de Ságuas, foram detidos para prestar depoimento o prefeito Farid Tenório, a primeira-dama Ana Tenório, a secretária municipal de Educação, Elma de Oliveira, a vereadora Noêmia Maria de Souza (PT) e mais 20 eleitores que participaram do ato político.

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