
Policia Federal fez busca e apreensão na casa dos magistrados Eduardo Jacob, Tadeu Cury, Donato Ojeda, Ciro Miotto, José Luiz de Carvalho e Evandro Stábile
Motivo das prisões seriam denúncias de venda de sentenças no Judiciário de Mato grosso.
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de seis magistrados de Mato Grosso durante a manhã desta terça-feira (18), na tentativa de buscar documentos que revelem um esquema de venda de sentença no Judiciário mato-grossense.
São eles: José Tadeu Cury (ex-desembargador), Donato Fortunato Ojeda (ex-desembargador), Eduardo Jacob (juiz do TRE-MT), Ciro Miotto (juiz auxiliar do TJMT), José Luiz de Carvalho (desembargador do TJMT) e Evandro Stábile (desembargador do TJMT e presidente do TRE).
O advogado do ex-desembargador Donato Fortunato Ojeda, Anderson Nunes, informou que está indo para Brasília para se interar do processo, que corre em segredo de justiça. O inquérito judicial é presidido pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, que expediu os mandados.
O juiz Eduardo Jacob esteve na Superintendência da Polícia Federal para fazer a doação de um revólver calibre 38, apreendido pelos agentes federais durante o cumprimento de busca e apreensão. Também foram apreendidos um notebook e documentos.
Ao todo foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão. Alguns deles foram cumpridos nos escritórios dos advogados Renato Viana, Eduardo Gomes e André Castrilo.
A ex-servidora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Rosana Ramires, que foi chefe de gabinete do ex-desembargador José Tadeu Cury, também teve documentos apreendidos.
Foram expedidos nove mandados de prisão temporária contra Célia Cury (esposa do ex-desembargador José Tadeu Cury), Alessandro Jacarandá (sócio de Célia Cury), Claudio Emanuel Camargo (genro de José Tadeu Cury), Jarbas Nascimento (chefe de gabinete de Tadeu Cury), Alcenor Alves (advogado e ex-prefeito de Alto Paraguai), Rodrigo Vieira (advogado), Santos de Souza Ribeiro (advogado), Max Weize Mendonça (advogado foragido) e uma senhora de idade, que atua como autônoma e não teve o nome divulgado.
As investigações iniciaram em 2007 pela Polícia Federal de Goiás, porém ao constar um esquema de venda de sentença em Mato Grosso, o STJ determinou que o caso fosse seguido pela Superintendência do estado. Os envolvidos respondem pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e exploração de prestígio.
Desembargador passa mal durante busca e apreensão e vai para UTI.
O desembargador aposentado Donato Fortunato Ojeda está internado na UTI do Hospital Jardim Cuiabá, logo após o cumprimento de busca e apreensão em sua residência por volta das 6h desta terça-feira (18). Ele passou mal e foi levado às pressas para a unidade hospitalar.
A esposa do desembargador está na Superintendência da Polícia Federal, juntamente com a filha e o presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso, Walter Pereira de Souza. “Nós levamos um susto hoje pela manhã. Ele já tinha apresentado problema de saúde, mas com essa operação a situação piorou”, declarou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.
O juiz Walter Pereira explicou que pelo fato do magistrado não estar presente, a esposa e ele estão na Superintendência para acompanhar a perícia nos documentos apreendidos na residência de Ojeda.
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