
16/05/2010 - 12:48:00 Do Eficiência News
A fabrica de cimento, que a princípio seria instalada pelo Grupo Votarantim em Aripuanã, onde existe uma das maiores reservas de calcáreo do Estado, será instalada na "Baixada Cuaibana". A instalação ficará entre as cidades de Cuiabá, Acorizal e Rosário do Oeste. Lembrando, que na Baixada já existe uma fábrica de cimento do mesmo grupo, instalada na cidade de Nobres, localizada a 146 Km de Cuiabá.
O Grupo Votorantim, assinou quinta-feira, 6, um protocolo de intenções com o governo de Mato Grosso. O investimento inicial do empreendimento está estimado em R$ 350 milhões, que receberá o incentivo fiscal de redução de 50% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por um período de dez anos. O prefeito de Cuiabá Chico Galindo(PTB), que a apóia a pré-candidatura de Wilson Santos, crítico dos incentivos fiscais, festejou a iniciativa.
Na opinião do diretor de planejamento da Votorantim, Luiz Alberto de Castro Santos, o que levou o grupo Votorantim a decidir pela instalação da fábrica em um município da "Baixada" foi o potencial econômico e as projeções de crescimento para os próximos anos. Pesou também na decisão do grupo, a concessão dos incentivos fiscais concedidos pelo governo estadual.
O executivo da Votorantim descartou qualquer possibilidade da fábrica ser construída fora dos limites da "Baixada", porém adiantou que a cidade a ser escolhida para sede do empreendimento ainda depende de uma análise das opções de jazida, solo e estrutura dos municípios (Cuiabá, Rosário Oeste ou Acorizal).
O governador Silval Barbosa mais uma vez enalteceu a concessão de incentivos. Ele garantiu que a política de incentivos fiscais é essencial para atrair investimentos, numa clara alusão aqueles que criticam esse tipo de política. Silval, que tem suas bases eleitorais no "Nortão" não teceu comentários sobre políticas de descentralização de desenvolvimento. Assim, a grande Cuiabá mais uma vez sai ganhando, em detrimento de outras cidades que têm potencial, mas que pagam caro pela ausência do Poder Público.
O empreendimento deve gerar mil empregos diretos e outros 400 indiretos e deve começar a funcionar no final de 2012. A Votorantim estima uma produção média de 23 mil toneladas de cimento por ano na nova planta, que atenderá inicialmente o mercado regional. Aripuanã deixa de atrair mais um grande empreendimento. O prefeito que tanto se vangloria, de pequenas emendas "caça votos", junto a parlamentares, não demonstra a mesma competência para ordenar o desenvolvimento da cidade, conseguir recursos para obras prioritárias e atrair novos investimentos. A região Noroeste terá o seu desenvolvimento entravado, principalmente Aripuanã e Colniza, enquanto a estrada que liga estas cidades a Juína não for asfaltada. Falta empenho, vontade e visão política por parte da lideranças.
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