
Fiemt apresentou um estudo inédito sobre o crescimento industrial em MT, e diz que é hoje o melhor estado para se investir.
Fiagril, em Lucas do Rio Verde, no médio norte de MT: exemplo da democratização industrial no território matogrossense.
O presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, Jandir José Milan, apresentou na quinta-feira (27), às 8h, um estudo inédito sobre o crescimento industrial do Estado.
Ao traçar um comparativo com os estados vizinhos, por exemplo, o estado de Mato cresceu 10 por cento ao ano, nos últimos 10 anos.
Para o empresário este é um número interessante num país onde o índice, em média, é bem inferior, e mostra que o estado, comparativamente a países de alto desempenho econômico, tem crescido à taxa anual, por exemplo, da China – um dos países da Ásia que mais cresce ao redor do globo, atualmente.
Isso tem gerado empregos em todo o território matogrossense. Segundo o levantamento mostrado quinta-feira, o setor industrial emprega atualmente 140 mil pessoas.
Diferentemente do passado, onde as indústrias se concentravam principalmente na capital e na região sul, as ocupações estão esparramadas por investimentos feitos ao longo da BR 163 (Sinop, Sorriso, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde); na região leste ((Primavera, Campo Verde e Barra do Garças); e em locais de, historicamente, pouca tradição no setor secundário, como os municípios de Nobres e Rosário Oeste, na baixada cuiabana.
“É um emprego que oferece a mobilidade social, e não tem insalubridade”, avaliou Milan, para as colocações que estão surgindo. Para ele o setor tem propiciado condições de o trabalhador crescer na empresa.
Um outro dado aferido nesse estudo mostra que, mesmo não sendo o Mato Grosso a unidade federativa que mais contribui com a geração de riquezas no país, é o estado que propicia os melhores salários por conta da alta renda per capita.
Um estudo do IBGE revelado nesta semana apontou que os três estados da região Sul (PR/SC/RS) já respondem por 18,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Conforme os dados do Instituto, o Rio Grande do Sul possui o quarto PIB brasileiro - atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro -, o Paraná está em quinto lugar, Santa Catarina em sexto e Mato Grosso em sétimo.
Já a riqueza per capita desses estados deixa a deseja por conta da taxa alta de povoamento. Levando-se em conta que a população do estado não chega a 3 milhões, e que o total do Produto Interno Bruto (PIB) estadual chega a R$ 43 bilhões (35% vem da produção industrial), o valor per capta atinge em MT surpreendentes R$ 17 mil.
Entre os segmentos industriais que registraram maior crescimento, segundo Milan, está a indústria de transformação, com destaque para a indústria alimentícia, gerando a expectativa de que o estado passará, dentre em breve, da condição de exportador de alimentos in natura para exportador de congêneres industrializados, agregando valor ainda mais expressivo à receita estadual.
Aliado ao fato de que o governo implementa ações na área logística, com empreendimentos reais para a conclusão da Ferronorte, ligando o sul ao norte do país através dos trilhos; na melhoria da BR 163 – com saída para o Atlântico através da região norte, duplicação da BR 364 entre Rondonópolis e a capital, Cuiabá; e em projetos de abertura de estradas que cortarão os países andinos como a Bolívia e o Peru – chegando-se ao oceano pacífico, o bom desempenho registrado na indústria tende a dar um boom, transformando Mato Grosso no mais novo celeiro agroindustrial brasileiro.
“As perspectivas para o estado realmente são muitos boas. Posso afirmar com certeza que Mato Grosso se torna estratégico para o país, com reais condições de ser o melhor estado da federação para o empresariado investir atualmente”, confirmou o presidente da Fiemt.
O estudo ‘Retrospectiva Econômica de Mato Grosso foi apresentado na sede do Sistema Fiemt/Sesi/Senai/Iel, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA).
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