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domingo, 3 de março de 2013

Reação democrática

Por Diogo Costa

 
a mais as atitudes despóticas, populistas, demagógicas, inquisitoriais, prepotentes e aviltantes de Joaquim Barbosa. Antes poder-se-ia imaginar que as críticas ao ex-procurador, que se esqueceu de que hoje é juiz, partiam de setores descontentes com o julgamento fantasioso da AP 470.

Mas não, isso é um rotundo equívoco! Agora são as três maiores entidades de classe da magistratura nacional que emitem nota conjunta de repúdio contra a mistificadora entrevista que o presidente do STF deu aos veículos internacionais.

A AMB, bem como a AJUFE e a ANAMATRA, emitiram ontem dura nota contra os risíveis e indecentes desígnios de Barbosa, que pretende igualar as funções de juízes às funções de integrantes do Ministério Público, o que é na verdade um rotundo e sonoro desserviço à Constituição da República Federativa do Brasil.

Lamento por Barbosa. Sua ânsia por estiolar réus inocentes para aplacar a fúria punitivista de setores minoritários e ruidosos da sociedade e o seu indisfarçável gosto em dar guarida aos desejos evidentes de vingança medieval chegaram finalmente às raias do absurdo.

Ele está a cada dia mais nervoso, pois sabe que o espetáculo dantesco que patrocinou no ano passado está sendo desmontado item por item todos os dias. É por isso que o 'inquisidor' quer dar cabo o quanto antes do rumoroso processo da AP 470, de preferência antes da cidadania brasileira se dar conta do que realmente aconteceu no segundo semestre de 2014.

Para tanto, tenta manobras como essa de "igualar" as funções de magistrados, que devem fazer justiça apreciando imparcialmente as demandas, com as funções de procuradores, que tem o dever constitucional de fazer a parte acusatória. E diz ainda que o problema é de "mentalidade" dos magistrados nacionais!

O que vai sobrar num futuro próximo dessa AP 470? Nada que preste, com certeza absoluta! Restará apenas um triste episódio na história do STF, que condenou levianamente inúmeros réus com base na demagogia, na vingança e no linchamento de pessoas inocentes.

Não há mal que dure para sempre e Barbosa logo voltará a ser quem sempre foi. Ou seja, um juiz praticamente insignificante, que teve seus quinze minutos de fama por ser o condutor de um processo eminentemente político, com nítida conotação política e com cristalinos fins políticos, bem determinados, antes mesmo de começar oficialmente, em 02 de agosto de 2012.

Muito boa essa nota das entidades representativas da magistratura. Sinal de que mesmo em setores conservadores da sociedade começam a espocar vozes de apreensão e descontentamento com o comportamento arrivista de Barbosa. Não é possível resolver os problemas de um país com base em demagogia, punitivismo tresloucado, populismo penal ou justiçamentos midiáticos...

Salutar a nota de ontem e, sem sombra de dúvidas, uma encorajadora reação democrática. Tomara que seja a primeira de muitas que, certamente, ainda hão de vir.


Leia mais em: Blog Sujo : Reação democrática

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