
Dom Pedro Casaldáliga ganhou projeção mundial por sua corajosa resistência à ditadura militar. Ele sempre esteve ligado às lutas das camadas mais carentes da sociedade
Ameaçado de morte por ruralistas, o bispo emérito Dom Pedro Casaldáliga, de 84 anos, foi forçado nesta semana a deixar a casa em que residia na cidade de São Félix do Araguaia, a 1.159 quilômetros de Cuiabá (MT). Um dos maiores representantes da Teologia da Libertação e um ativo defensor das comunidades indígenas, ele passou a sofrer ameaças diretas após a decisão da Justiça da retirada dos grileiros das terras dos índios Xavantes, que deve começar a ser efetuada a partir desta segunda-feira, dia 10.Escoltado pela Polícia Federal
Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), um grupo de jagunços anunciou abertamente que Dom Casaldáliga “era o problema” da tensa região e que “faria uma visita para ele”. A própria Polícia Federal recomendou a imediata retirada do religioso da cidade devido à vulnerabilidade da humilde residência em que ele vivia há muitos anos. A PF alegou temer por sua segurança, já que a casa nem sequer possui muros e o bispo emérito com a sua saúde debilitada, em decorrência de sofrer do “mal de Parkinson”.Segundo revelou hoje o G1, “Casaldáliga e mais um padre deixaram São Félix do Araguaia na madrugada da última sexta-feira (7), por volta das 5h, escoltados por um policial federal. O agente fez a segurança dos religiosos até o aeroporto da cidade.
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