
Da Redação Gazeta Digital
O deputado estadual José Riva está afastado da condição de presidente da
Assembleia Legislativa, cargo que se elegeu para mais um mandato. A decisão é do
desembargador Luiz Fernando da Costa, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
de Mato Grosso, atendendo a um pedido do Ministério Público. Com a decisão, Riva
fica impedido de exercer as funções administrativas e financeiras da casa até
que o recurso de agravo de instrumento seja julgado em definitivo.
O afastamento de Riva das funções administrativas da Assembleia Legislativa
se deve a um pedido do Ministério Público, que recorreu para reformar decisão
que, em ação civil por ato de improbidade administrativa, com pedido de
ressarcimento de danos ao erário, que move contra Tássia Fabiana Barbosa de
Lima, José Geraldo Riva, ao ex-deputado e conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo de
Almeida. Fabiana, filha de um desembargador, e que é acusada de ser servidora
fantasma no parlamento estadual.
Em seu despacho, o desembargador Luiz Fernando Costa ressalta que "há
indício suficiente da prática, pelo agravado, de ato de improbidade
administrativa". Ele enfatiza ainda no documento que "o perigo da demora na
prestação jurisdicional decorre do fato de que no agravado o presidente da
Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva está acintosamente a descumprir
decisão judicial que já o afastou do exercício de funções na Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa.
“Com efeito, no julgamento do agravo de instrumento nº 46986/2010 – CLASSE
CNJ – 202, em 9 de novembro de 2010, foi mantido o afastamento do agravado das
suas funções da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Mato
Grosso, nos termos do voto da Relatora, Desembargadora Clarice Claudino da
Silva. Essa decisão permanece incólume, visto que não modificada, nem aqui, nem
ali, nem acolá", sentenciou o desembargador, concluindo que " o afastamento é
imprescindível, mais uma vez, já que permanece a ocupar funções na Mesa Diretora
apesar de já ter sido afastado por decisão judicial preclusa".
A assessoria jurídica do deputado José Geraldo Riva pode recorrer da
decisão. Mas enquanto não conseguir reverter a decisão do Tribunal de Justiça, a
Assembleia Legislativa passa a ser presidida pelo 1º vice-presidente da
Assembleia.
Depois de tomar conhecimento da decisão da justiça de afastá-lo da
presidência da Assembleia Legislativa, o deputado José Geraldo Riva, através de
sua assessoria emitiu uma nota de esclarecimento afirmando ter ficado
surpreendido com a decisão e que sua assessoria juridica estava entrando com uma
liminar
Confira a Nota de Esclarecimento do deputado
Sobre a decisão monocrática do desembargador Luis Carlos da Costa, da 4ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em que afastou-me das
funções administrativas da presidência da Assembleia Legislativa, esclareço
que:
1- Fui surpreendido por essa decisão monocrática, uma vez que o Ministério
Público ingressou nesta quarta-feira (19) com o agravo em um processo que ainda
encontra-se em primeira instância e, nesta mesma data o desembargador concedeu a
liminar.
2- O desembargador Aparecido Bertolucci já tinha decidido contra a
iniciativa do MP e aberto prazo para apresentar defesa.
3- Minha defesa já ingressou com vários pedidos de excessão de suspeição
contra o desembargador Luis Carlos da Costa e, mesmo assim, ele continua a
julgar.
4- Reforço que tenho plena confiança no Poder Judiciário e na Justiça
isenta. Irei cumprir a decisão, todavia vou combater juridicamente qualquer
abuso e injustiça cometida.
Matéria atualizada às 23h58
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