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terça-feira, 29 de maio de 2012

Por que certa mídia se concentra nos ataques ao PT?

ImageEm artigo publicado na revista Carta Capital que circula esta semana o sociólogo Marcos Coimbra contesta uma das tantas frases do senso comum sobre a política brasileira, de que os partidos no Brasil não têm raízes na sociedade. Um senso comum que, diga-se de passagem, é seguidamente citado pela nossa mídia. Segundo ele, o “que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado”. E, entre os partidos, é o PT o que tem os vínculos mais fortes e as raízes mais fundas e disseminadas com os brasileiros, fato constatado por meio de várias pesquisas citadas por ele. O PT consegue manter este “saldo muito bom” – no entender do articulista – apesar do “tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa”.” Estaria nesta enorme penetração do partido entre os brasileiros, e nas suas políticas voltadas para uma democracia inclusiva, o medo que alimenta a visão tão negativa que certa mídia propaga sistematicamente sobre o PT?
Em artigo publicado na revista Carta Capital que circula esta semana o sociólogo Marcos Coimbra contesta uma das tantas frases do senso comum sobre a política brasileira, de que os partidos no Brasil não têm raízes na sociedade. Um senso comum que, diga-se de passagem, é seguidamente citado pela nossa mídia. Segundo ele, o “que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado”.

Coimbra traz os dados de uma pesquisa nacional feita recentemente pelo instituto Vox Populi, que preside, em que 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Só que 80% das respostas se restringem a apenas três partidos: o PT, com 28% das respostas, o PMDB, com 6% e o PSDB com 5%. Os demais 26 partidos dividem os 20% restantes de simpatia.

Leiam apenas um parágrafo do artigo que reproduzo: “A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51% (ao PT). Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele.”

Outros dados, da pesquisa citada e de outras:

- 74% consideram o PT um partido “moderno”;
- 70%
concordam que o PT “tem compromisso com os pobres”;
- 57% (em 2008) e 66% (2012)
entendem que o PT tem atuação "positiva para a política brasileira";
- 63% (2008) e 72% (2012)
avaliam que “o PT ajuda o Brasil a crescer”.

Fenômeno de massa e “laços sólidos com o eleitorado”

O sociólogo diz que em suas três décadas de existência o PT tornou-se um fenômeno de massa e que se diferenciou dos demais partidos, ao “formar laços sólidos com uma ampla parcela do eleitorado”.

Do nosso ponto de vista, o interessante é que o PT consegue manter este “saldo muito bom” – no entender do articulista – apesar do “tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa”.”

Ele conclui o artigo com uma pergunta, que deixo aqui para ser respondida depois que tudo isso passar, por novas pesquisas com os brasileiros: será que o “coro da indústria de comunicação” conseguirá desgastar a força dessa imagem com o “julgamento do mensalão”?

E ainda outra: por que certa mídia tem tanto medo de um partido que é resultado das lutas democráticas de muitos brasileiros? Que dá provas, todos os dias, ao longo de anos a fio, do respeito que tem à democracia, do respeito às divergências, do livre debate das ideias?

Só que esta segunda pergunta não será respondida por nenhuma consulta que se faça ao povo. Para buscar a resposta, precisamos consultar a história política do nosso país, saber como se formou a maior parte dessa “grande mídia”, de como parte dela se articulou em mais de uma ocasião para impor no comando político do país os pontos de vistas que atendiam aos interesses da “casa Grande”, nas palavras do diretor de redação da Carta Capital, Mino Carta.

Talvez esteja aí, nessa diferença, a origem do verdadeiro medo que está na base desse “tratamento sistematicamente negativo” a que se refere o sociólogo Marcos Coimbra: de um lado a democracia inclusiva que o PT prega, defende e pratica e, de outro, a democracia para poucos, excludente, de parte dessa “grande mídia”.

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