Líderes Arlindo Chinaglia e Jilmar Tatto (Foto: Salu Parente/Liderança do PT)
“Ruralistas retrógrados, que querem impor uma agenda para o governo na Câmara. A Lei Geral da Copa está em primeiro lugar para votar, o Código Florestal vem depois”, enfatizou Jilmar Tatto.
Por falta de acordo, o plenário da Câmara adiou a apreciação da proposta da Lei Geral da Copa (PL 2330/11), prevista inicialmente para ontem (21). O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) reiterou que vai continuar buscando um acordo para viabilizar a votação, que depende de um entendimento entre os partidos da base aliada e da oposição.
O impasse se dá em torno da definição da data de votação do novo Código Florestal (PL 1876/99). “Vou reunir os líderes na próxima semana para buscar o entendimento”, disse o presidente Marco Maia.
O líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP) lamentou que a Lei Geral da Copa, que prevê regras para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, não tenha sido votada. Ele atribuiu a responsabilidade à oposição e “aqueles” que querem votar o Código Florestal antes da Lei da Copa. “Ruralistas retrógrados, que querem impor uma agenda para o governo na Câmara. A Lei Geral da Copa está em primeiro lugar para votar, o Código Florestal vem depois”, enfatizou Jilmar Tatto. “É preciso debater o mérito do Código”, afirmou o líder petista.
O que foi aprovado no Senado, acrescentou Jilmar Tatto sobre o Código Florestal, “ foi fruto de amplas negociações, envolvendo inclusive deputados. É o texto do Senado que a Bancada do PT apoia. O principal problema do texto que se quer votar na Câmara é o item que desobriga a recuperação das áreas permanentes que foram depredadas . Isso é inadmissível, pois as áreas degradadas devem ser recuperadas, para o bem de toda a sociedade, inclusive dos próprios agricultores. Mas alguns ruralistas não querem recuperar e querem a anistia, querem continuar fazendo com que a agricultura sofra prejuízos a partir deste uso errado da natureza”, ressaltou o líder do PT.
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que não há divergências entre os líderes dos partidos da base aliada sobre a Lei Geral da Copa, mas o tema do Código Florestal “ainda não está plenamente resolvido” entre as bancadas. “Vamos procurar o diálogo com a base do governo e, também, com a oposição e ver se é possível alguma aproximação no tema Código Florestal. Não posso dar garantia, mas vamos esgotar a negociação”, frisou Chinaglia.
Acordo
Arlindo Chinaglia ressaltou ainda a importância de que seja cumprido o acordo internacional assumido pelo governo brasileiro com a Federação Internacional de Futebol (FIFA) para a realização da Copa do Mundo de 2014. “O povo brasileiro quer que a Copa seja realizada no nosso país e o povo também é a favor de que se cumpra os acordos. E o Brasil assinou um acordo internacional assumindo um compromisso com a FIFA para a realização da copa no Brasil”, finalizou o líder do governo.
Assista no vídeo abaixo a fala dos líderes Arlindo Chinaglia e Jilmar Tatto
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