A briga entre o senador Pedro Taques (PDT) e o secretário Eder Moraes aumenta de proporção a cada dia que passa e já se tornou uma disputa pessoal entre ambos. Taques voltou a "detonar" Eder Moraes, da Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo 2014, na manhã desta segunda-feira, durante entrevista ao programa Cidade Independente, da Rádio Cidade FM (94,3). "Incompetente", "mal intencionado" e "inconsequente", foram alguns adjetivos utilizados pelo senador pedetista para classificar o dirigente da Secopa, alegando que Moraes sempre que cobrado a dar transparência em alguma ação referente as obras da Copa do Mundo e ao VLT, principalmente, tenta se fazer de vítima e jogar a opinião pública contra quem pediu a informação.
"Esse moço (Eder Moraes) ainda vai transformar o governador Silval Barbosa (PMDB) em réu por conta dos sucessivos erros que vem cometendo. Ele se acha dono da Secopa e que não tem de prestar contas a ninguém sobre o andamento dos trabalhos, se esquecendo de que, quando o governador Silval Barbosa decidiu extinguir a Agecopa e criar a Secopa ligada ao seu gabinete, chamou para si todas aas responsabilidades. Portanto, o que de bom ou de ruim acontecer com relação às obras da Copa do Mundo de 2014 vai refletir diretamente na pessoa do governador e, sinceramente, do jeito que as coisas estão caminhando, que, vai acabar pagando o pato é o governador", disse Taques.
O senador mato-grossense argumentou ainda que Eder Moraes tem se recusado a fornecer qualquer tipo de informação que ele solicita sobre a Secopa, evitando dar transparência na aplicação do dinheiro público.
"Eu não vou abrir mão da minha prerrogativa constitucional de fiscalizar a aplicação do dinheiro público mesmo sendo a Secopa a única entre as 12 gestoras das obras da Copa do Mundo que não torna público onde, como e porque estão sendo aplicados os recursos públicos. Não tenho satisfações a dar ao senhor Eder Moraes, meu compromisso é com Mato Grosso e com a população que deverá ser beneficiada com essas obras e que tem o direito de saber quanto vai custar e, no caso do VLT, quanto vai pagar de passagem em um investimento tão alto. A copa do Mundo, independente dos jogos que serão disputados, tem que deixar legados e esses legados não são obras particulares desse moço", dispara.
Pedro Taques também questionou a evolução patrimonial do secretário Eder Moraes, comparando tudo o que recebeu no Estado desde que era presidente da MT Fomento com as aquisições pessoais que fez. "Contando todo o tempo em que ele dirigiu a MT Fomento, foi secretário de Fazenda, depois da Casa Civil, presidente da Agecopa e agora secretário da Secopa, os valores devem girar em torno dos R$ 400 mil, porém, sua evolução patrimonial cresceu absurdamente e eu quero saber se a Receita Federal sabe disso, se tudo está incluso na sua declaração do Imposto de Renda", alfineta o senador.
Também responsabilizou o governador Silval Barbosa pelo fato de Eder Moraes ter se transformado em "intocável" no Governo. "Eu disse ontem (domingo) por telefone ao governador Silval Barbosa que iria criticá-lo hoje, nesta entrevista pro causa dos procedimentos do secretário da Secopa.
Disse que ele (Silval Barbosa) é o responsável direto por todas as ações desse cidadão e que isso vai refletir direto na sua imagem. Eu não entendo como que alguém que foi o responsável pelo caso das Cartas de Crédito, uma vez que era o secretário de Fazenda e, portanto, ordenador de despesas, pela implosão da Agecopa, pelo envolvimento direto no escãndalo dos maquinários, no programa "MT 100% Equipado e 40% roubado", ainda continue dando as cartas no governo dessa maneira. Parece que o governador teme Eder Moraes de alguma forma. A mim ele não assusta e é bom que se diga que, quando ele (Eder) ainda era gerente do BIC Banco, eu já estava combatendo o crime organizado e nunca me atemorizei, portanto, não vai ser agora que isso vai acontecer", completa Pedro Taques.
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