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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Passa de 350 o número de mortos na região serrana do Rio de Janeiro


Em Teresópolis, são 152 vítimas; em Nova Friburgo, são 168; e em Petrópolis, 36

Do R7 | 13/01/2011 às 10h15
Roberto Ferreira / Agência O Dia

Volta a chover nesta quinta-feira (13) no município de Teresópolis, um dos mais atingidos após o temporal de terça-feira (11)

Subiu para 356 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingem a região serrana do Estado do Rio de Janeiro desde a tarde de terça-feira (11). A assessoria de imprensa da Prefeitura de Teresópolis informou às 9h50 desta quinta-feira (13) que 152 pessoas morreram no município. Segundo a assessoria da Prefeitura de Petrópolis, a cidade registra 36 mortos. A assessoria da Prefeitura de Nova Friburgo informou às 9h34 que 168 pessoas morreram na cidade.

Boletim da Defesa Civil de Teresópolis, até as 9h50 desta quarta, foram registradas 2.500 pessoas entre desabrigados e desalojados. Há ainda centenas de desaparecidos. O bairro mais atingido foi o Caleme. Mas, em Campo Grande e na Posse, a situação também está crítica.

Equipes da Defesa Civil estão trabalhando desde as 5h da manhã no resgaste às vítimas e no encaminhamento de desabrigados para o Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara, mais conhecido como "Pedrão", na rua Tenente Luiz Meirelles, 211, no Centro.

Chuvas castigam região serrana

O número de mortos em decorrência das chuvas que atingem a região serrana do Rio já passa de 300, na manhã desta quinta-feira. Segundo a informações passada pela assessoria da prefeitura de Friburgo, até o fim da noite, eram 155 mortos. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil de Teresópolis, Flávio Luiz de Castro, mais 16 corpos foram levados para o IML do município no início da manhã. No final da noite desta quarta, o número de mortos na região era de 130. Em Petrópolis, o prefito Paulo Mustrangi confirmou 34 mortes até as 22h30 de quarta.

Com mais de 130 mortes, Teresópolis enfrenta sua maior tragédia. Segundo o coronel Flávio Castro, da Defesa Civil, o número de desabrigados passa de 900 e já são mais de 1.200 desalojados no município.

- Esse é o maior desastre de toda a história de Teresópolis. O número de vítimas pode aumentar. Nossa maior dificuldade é a questão do acesso. Ao todo, são mil homens trabalhando.

Em Nova Friburgo, o número de mortos também já passa de cem, entre as vítimas estão três bombeiros. Em Petrópolis, as mortes ocorreram nas localidades Ponte Vermelha, Gentil, Madame Machado e Brejal, de com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado. As autoridades acreditam que o número de mortes na cidade pode passar dos 40.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quarta-feira (12) a medida provisória que libera R$ 780 milhões em créditos extraordinários para os municípios afetados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, São Paulo e outras localidades.

Problemas antigos

A população das localidades de Benfica e Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio, está acostumada a sofrer com a força das chuvas. Quem mora próximo ao rio Santo Antônio sente mais os efeitos das cheias. No entanto, os relatos dos sobreviventes dizem que nunca a água chegou ao nível que alcançou desta vez.

Nério da Costa Mesquita, de 83 anos, alugava uma casa em Benfica e perdeu tudo. Só lhe restou a roupa do corpo.

- Começamos a levantar as coisas, mas não imaginamos que a água ia subir tanto. Foi muita água. Agora tenho de esperar, sem água [para beber], sem mantimento, sem nada.

O proprietário da casa de Mesquita, Nilson Moreira de Macedo, que mora no mesmo terreno, também mantinha uma oficina na área. Ele perdeu o local onde morava e todos os objetos de trabalho.

- Não afetou só minha casa, mas o local de trabalho. Moro aqui há 35 anos. Nunca vi nada assim.

O Hemorio (Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro) informou que precisa de cerca de 300 bolsas de sangue para enviar para a região serrana, principalmente Teresópolis e Nova Friburgo. Segundo a assessoria do instituto, as cidades atingidas pelas chuvas têm grande número de vítimas que necessitam de transfusão de sangue.

O Hemorio pede para que a população compareça ao hemocentro ou a dos 26 postos de coleta de sangue no Estado. Segundo o instituto, janeiro é um mês em que, tradicionalmente, o número de doadores cai. Para doar sangue é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, estar bem de saúde e trazer um documento oficial de identidade com foto. Entre a triagem e a doação, todo o processo leva cerca de uma hora.

O Hemorio fica na rua Frei Caneca, 8, no centro. O horário de funcionamento é das 7h às 18h, todos os dias, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Para mais informações, o hemocentro oferece o 0800-282 0708 para tirar dúvidas e agendar horário para a doação.

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