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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Abicalil deve assumir FNDE da gestão Dilma; PT quer Alexandre na PGE


Romilson Dourado
A direção regional do PT, capitaneado pela corrente liderada pelo seu presidente Carlos Abicalil, deve conseguir ampliar a participação no governo Silval Barbosa, mesmo com perda de representação na Assembleia, onde possui duas cadeiras e ficará com uma a partir da próxima legislatura. Além da pasta da Educação, que o partido já conduz com Rosa Neide, o ex-deputado Alexandre Cesar surge como nome forte para o posto de procurador-geral do Estado. Hoje, quem está à frente da PGE é Dorgival Veras.

Em reunião com lideranças partidárias, inclusive com o próprio Abicalil, Silval já sinalizou com essa possibilidade. Ele comprou a versão petista, segundo a qual Alexandre possui bom perfil para o cargo e já integra os quadros como procurador do Estado. O PT não abre mão também da Educação, que comanda desde o início do segundo mandato do governo Blairo Maggi, a partir de janeiro de 2007. Teve no cargo o deputado estadual Ságuas Moraes, que se elegeu federal nas urnas de 3 de outubro. Com a saída do parlamentar da administração, o bloco de Abicalil emplacou na cadeira de titular a então adjunta Rosa Neide.


Por enquanto, o governador reeleito promete atender pleitos do grupo de Abicalil, derrotado ao Senado. Já a ala da senadora Serys Marly, que perdeu para deputada federal, não tem conseguido espaço no Palácio Paiaguás.

O governador reeleito ofereceu ao próprio Abicalil a Seduc, maior pasta da estrutura da máquina. Este só não disse "sim" ao convite porque vive expectativa de ser prestigiado no governo da presidente eleita Dilma Rousseff. A tendência é que assuma a presidência do Fundo Nacional da Educação, autarquia vinculada ao Ministério da Educação e uma das mais cobiçadas da máquina da União. Abicalil tem respaldo do presidente Lula. Nesse caso, ele substituiria o presidente Daniel Silva Balaban.

Com a missão de prever recursos e executar ações, o FNDE é responsável, por exemplo, por 12 programas, entre eles Alimentação Escolar, Transporte Escolar e Livro Didático e ainda detém orçamento para custear o Fundeb (Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação), o FIES (Financiamento Estudantil) e o Salário-Educação.


Abicalil, Ságuas e Alexandre são velhos parceiros nas ações petistas. O primeiro está mandato de federal há praticamente 8 anos. Já disputou e perdeu para governador, em 98. Ságuas foi prefeito de Juína por duas vezes, ocupa hoje cadeira na Assembleia e foi secretário de Educação da gestão Maggi por praticamente três anos e se elegeu à Câmara Federal. Alexandre já concorreu aos cargos de vice-prefeito de Cuiabá, de prefeito, de governador e de deputado estadual por duas vezes. Não se elegeu em nenhuma delas. Apesar disso, atuou como deputado no lugar de Ságuas por ter saído das eleições de 2006 como suplente. Agora, vê a chance de integrar o primeiro escalão do governo estadual como procurador-geral.

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