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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

“Pessoas compram bens porque têm renda e salário”


outubro 28th, 2010 | Autor: Jussara Seixas

A candidata à presidência pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, concedeu entrevista hoje aos canais de comunicação do Grupo RBS e falou sobre suas soluções para os problemas do país. Ela destacou a mudança que o governo Lula trouxe ao país e como isso se reflete nas pessoas. “No Brasil as pessoas estão comprando seus bens porque elas tiveram renda”, respondeu ao ser questionada sobre um possível superaquecimento do consumo.

Dilma ressaltou ainda que fará o Sistema Único de Saúde (SUS) dar um salto de qualidade e construirá 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centenas de policlínicas para atender os brasileiros que precisam de um especialista. Dessa forma, segundo ela, o SUS ficará completo e as pessoas não precisarão fazer filas nos hospitais, que hoje estão saturados.

Veja abaixo as principais declarações de Dilma:

Renda e Trabalho
“Eu vejo o seguinte: não existe país capitalista sem crédito. Nós saímos de R$ 400 bilhões, em 2002, para R$ 1,5 trilhão de estoque de crédito em 2010. Se não fosse isso, o país não estava crescendo. Ninguém cresce sem crédito. No Brasil, o que essas pessoas estão fazendo é comprando seus bens porque elas tiveram renda. Uma das pessoas que teve um desses 14 milhões de empregos que nós criamos nesse período tem renda hoje para pagar sua prestação, tem horizonte para pagar. A maioria desses contratos de financiamento se dá por prestações fixas, em que as pessoas vão lá e pagam. O que está havendo no Brasil não é só aumento de crédito, é aumento de renda, é salário no bolso do trabalhador.”

Saúde
“Eu vou consolidar o sistema SUS. Toda demanda de saúde desemboca nos hospitais. Daí defendo a instalação das UPAS, para atender demandas de urgência e emergência dos hospitais. Exames, emergenciais, casos de enfarte, por exemplo, ou traumas de acidentes. Além disso, defendo a criação de policlínicas especializadas, cujos problemas os hospitais também não resolvem. Há filas longas e demora de até seis meses para o atendimento.”

Sem desmatamento
“Eu não sou a favor de nenhuma forma de ser complacente com o desmatamento no Brasil. O mundo não nos perdoará se nós formos complacentes com o desmatamento. A gente plantando etanol em São Paulo e eles diziam que nós desmatamos a Amazônia. A questão do desmatamento no Brasil está centrada em três biomas fundamentais: amazônico, cerrado e mata atlântica, sem diminuir o Pantanal. Então, muito cuidado com qualquer política de flexibilização do desmatamento. Comprometerá o agronegócio brasileiro. É importante que o Brasil tenha consciência dessas duas dimensões, da importância do agronegócio, que não desmata pra produzir, e a dimensão do nosso país como sendo liderança na questão do clima, uma liderança verde no mundo.”

Reforma Tributária
“A Reforma Tributária pode e vai permitir, do meu ponto de vista, que o Brasil dê um salto de competitividade, vai permitir que o país cresça mais. Defendo que se desonere investimentos, que se diminua a tributação sobre folha de salário, e que se unifique o ICMS sobre o mesmo produto, impedindo concorrências desleais e guerra fiscal entre os estados. Acredito que alguns produtos merecem redução de tributos, até por uma questão social, sobre remédios, por exemplo, e sobre energia elétrica temos que rever. Aí é fundamental a parceria entre União e estados.”

Drogas
“A primeira questão é o policiamento das nossas fronteiras. Só faz isso com duas coisas: tecnologia e treinamento de pessoal especializado no combate à droga na fronteira. Hoje, quem tem mais capacidade é a Polícia Federal. E há uma parceria fundamental entre as Forças Armadas, a Polícia Federal e as policiais civis e militares nos estados com fronteira. Não é possível dizer que vai fazer uma nova força e ignorar as polícias civil e militar. Eu defendo as clínicas especializadas no tratamento aos dependentes químicos e que o sistema público banque, e que façamos acordos com as comunidades terapêuticas de igrejas, por exemplo. O viciado em crack necessita de um tempo de internação, não em três ou seis meses, precisa de um ano ou mais. Precisa de uma rede de tratamento do crack.”

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