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terça-feira, 6 de julho de 2010

“É muito fácil torcer só quando ganha” “A ficha ainda não caiu”


Zagueiro brasiliense diz que não digeriu a eliminação da Copa, exalta trabalho da Seleção e minimiza a necessidade de renovação do grupo

•Roberto Wagner - Especial para o Correio
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Lúcio disse que não está acompanhando mais a Copa e que não tem preferência por nenhuma seleção semifinalista
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Por quê? O que aconteceu de errado? O Dunga descontrolou o grupo? Perguntas como essas ainda martelam a cabeça do torcedor brasileiro, há poucos dias da eliminação da Seleção do Mundial da África do Sul. Também sem respostas precisas, o zagueiro e capitão da equipe verde-amarela, Lúcio, abriu ontem as portas de seu apartamento no Sudoeste e tentou justificar a frustrante participação da trupe canarinho em solo africano. Para o jogador, o técnico Dunga era um dos pontos fortes da delegação. Os pulos, os gritos e até os palavrões do comandante foram definidos por Lúcio como “garra, uma determinação muito grande”.

A sinceridade de sempre do brasiliense, porém, não o fez poupar críticas ao destempero psicológico de Felipe Melo, rebater o discurso do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, de que o novo grupo a ser formado precisa de uma reformulação grande, com jogadores de 19, 20 anos e, claro, dizer que vai lutar muito para estar vestido com uma camisa amarela, um calção azul e meiões brancos na Copa do Mundo do Brasil, em 2014.

Dispensa de Dunga
“Não sei como é o contrato dele com a CBF, mas, de qualquer forma, é sempre uma situação delicada. O que a gente pode falar é que o Dunga fez um bom trabalho, mas, infelizmente, não ganhou a Copa. Mesmo assim, tem um histórico vitorioso com o Brasil.”

Novo técnico
“Trabalhei com o Felipão em 2002 e tivemos a felicidade de sermos campeões mundiais. Acredito que todos que foram citados (Felipão, Mano Menezes, Ricardo Gomes, Vanderlei Luxemburgo e Leonardo) são grandes profissionais e têm condições de assumir. É difícil falar quem é o favorito.”

Renovação
“É possível (estar em 2014). Sempre quando uma seleção não consegue o objetivo de ser campeã, sem dúvida é quase automático chegarem novos jogadores. Vão aparecer novos craques, mas isso não quer dizer que vá trocar 100% da Seleção. Não acredito nisso. Depende muito da forma física que cada jogador vai apresentar. Isso é o que determina uma convocação. O que eu sei é que a experiência é sempre bem-vinda, independentemente da idade. O que leva um jogador à Seleção é o bom futebol, nada mais.”

Lamentações
“A gente sabe que não era só um discurso de união do grupo. É a verdade. Infelizmente, não levamos sorte em alguns detalhes, principalmente no jogo contra a Holanda.”

Preparação para o Mundial
“Sem dúvida, acredito que tanto os jogadores quanto a CBF conseguiram fazer o melhor para o Brasil. A preparação foi muito bem feita. Não acredito que tenha sido isolamento para a gente. Tivemos treinos com a presença da torcida, sim. Mas o time precisa de tempo só para os ajustes e também de tranquilidade para poder estar bem. Essa preparação de 2010 foi bem mais equilibrada que a de 2006.”

Jorginho
“Não foi só o Jorginho que levou a família para a África do Sul. Vários outros jogadores também levaram e de forma alguma isso foi motivo de atrito lá dentro.”

Felipe Melo
“Dependendo da forma como acontece uma expulsão, você sempre contesta. Mas para a dele não temos uma justificativa do porquê de ter feito aquilo. É difícil jogar com um jogador a menos. A pressão de estar sendo eliminado passa pela cabeça de todo mundo. Isso não justifica o fato de acontecer a expulsão da forma que foi.”

Defesa do grupo
“Esse grupo é muito especial. Todos trabalharam muito forte, deram o máximo para garantir o sonho do torcedor, mas acredito que o verdadeiro brasileiro tem que sentir orgulho da sua pátria, tem de estar do lado, porque torcer e amar só quando ganha é muito fácil.”

Dor que não passa
“Cair a ficha é difícil. Fico pensando o que poderia ter sido diferente, o que fizemos de errado. Mas, como frisei, todos deram o máximo e isso dá um pouco mais de conforto.”

Nervosismo
O Dunga sempre passava uma garra, uma determinação muito grande para o grupo. Acredito que isso (temperamento enérgico) não influenciou. Até porque, na própria expulsão do Kaká, quem viu na TV percebeu que foi uma encenação ridícula do jogador da Costa do Marfim. Na derrota para a França em 2006, todo mundo perguntava por que a seleção não tinha raça, gana e até um nervosismo no bom sentido. Agora, em 2010, vocês cobram justamente o contrário. Perguntam por que a gente não manteve a tranquilidade.”

Campeã da Copa
“Todas as quatro seleções mostraram muita qualidade, têm nomes fortes. Não estou acompanhando mais a Copa do Mundo. Para mim, ela acabou. Não tenho nenhuma seleção de preferência.”

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