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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Orçamento das famílias brasileiras apresenta melhora nos últimos 6 anos, diz IBGE


Confirmando a melhora da situação do orçamento das famílias brasileiras nos últimos seis anos, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira, 23, a sua POF (Pesquisa do Orçamento Familiar) 2008/2009, trazendo dados muito interessantes sobre despesas e rendimentos médios dos brasileiros. É interessante destacar que a pesquisa feita pelo IBGE leva em conta aspectos quantitativos e também subjetivos, associados à percepção dos entrevistados sobre suas condições de vida. E, em ambos os casos, foram registradas grandes melhoras.

De acordo com o levantamento, o rendimento médio dos brasileiros em 2008/2009 foi de R$ 2.763,47, o que corresponde a um crescimento de 54,4% frente ao valor registrado na POF 2002/2003. A despesa total média das famílias, por sua vez, cresceu em menor proporção, de 47,7%, atingindo R$ 2.626,31 na POF 2008/2009. Com isso, houve uma melhora na relação entre despesa e rendimento médio das famílias brasileiras ao longo destes seis anos: enquanto em 2002/2003, as despesas correspondiam a 99,35% dos rendimentos das famílias, em média, em 2008/2009 esse percentual recuou para 95%, denotando uma melhora no padrão de vida.

Outro dado revelado que comprova a melhora das condições do orçamento familiar: enquanto em 2002/2003, 85,3% das famílias com menores rendimentos tinham, em média, despesas superiores ao que elas recebiam mensalmente, na POF 2008/2009 esse percentual caiu para 68,4%, mostrando um melhor equilíbrio financeiro das famílias brasileiras. E a desigualdade também caiu: segundo a POF 2008/2009, a despesa média per capita dos 10% de famílias com maior rendimento (R$ 2.844,56) foi 9,6 vezes superior à despesa média dos 40% com menor renda (R$ 296,35). Em 2002/2003, essa relação era de 10,1.

Melhora percepção dos brasileiros sobre padrão de vida
Contudo, a parte mais interessante da POF divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE diz respeito à pesquisa qualitativa, que mostra uma melhora generalizada da percepção das famílias brasileiras sobre seu padrão de vida. Neste sentido, quando aferido o grau de dificuldade das famílias para chegarem ao final do mês com o rendimento monetário recebido mensalmente, 75% declararam apresentar dificuldade. Este patamar corresponde a uma queda de 10,5 pontos percentuais frente à aquele registrado em 2002/2003, quando 85,5% das famílias declaram alguma dificuldade para chegar ao final do mês com o rendimento recebido.

Em contrapartida, o percentual de famílias que declararam ter facilidade para chegar ao final do mês com o rendimento monetário recebido avançou de 14,5% em 2002/2003 para 25% em 2008/2009. No que diz respeito à avaliação da quantidade de alimentos consumidos, houve uma melhora generalizada em todas as regiões brasileiras. Neste sentido, a POF 2008/2009 mostrou que apenas 35,5% dos brasileiros declararam que a quantidade de alimentos que consomem é insuficiente, contra 46,7% registrados na POF 2002/2003. Na região Norte, o percentual de famílias que declarou que a quantidade de alimentos que consome é insuficiente caiu de 63,9% para 51,5% no período, enquanto no Nordeste o recuo foi de 60,8% para 49,8%. No Sudeste, apenas 29,4% das famílias declararam que os alimentos são insuficientes, contra 43,4% da POF 2002/2003.

Já na região Sul, o percentual de famílias que declararam que os alimentos são insuficientes caiu de 30,2% em 2002/2003 para 22,9% em 2008/2009. No Centro-Oeste, por sua vez, o índice recuou de 38,8% para 32% no mesmo período. A POF 2008/2009 mostrou também que houve uma melhora na avaliação do tipo de alimento consumido pelas famílias. Neste sentido, 35,2% das famílias afirmaram consumir sempre o tipo preferido de alimento, percentual acima dos 26,8% registrados em 2002/2003. O percentual que declarou sem sempre consumir o tipo preferido de alimento recuou de 56,1% para 51,9% no período, ao passo de aqueles que raramente consomem o tipo preferido de alimento caíram de 17,1% para 12,9% neste intervalo de tempo.

Os dados divulgados pelo IBGE confirmam, dessa maneira, a melhora do padrão de vida das famílias brasileiras ao longo do governo Lula, o que já vinha sendo sinalizado por outros indicadores. E é importante destacar que as condições de vida melhoraram na própria percepção dos brasileiros, conforme mostrado pelo levantamento. A POF foi feita pelo IBGE, que visitou cerca de 60 mil domicílios urbanos e rurais, entre maio de 2008 e maio de 2009. Há dados sobre despesas, rendimentos (monetários ou não) e variação patrimonial, além da avaliação das famílias sobre as próprias condições de vida. São detalhados, ainda, os gastos com Habitação, Alimentação, Transporte, Saúde, Educação, Impostos, Contribuições trabalhistas, Pagamento de dívidas etc., segundo diferentes faixas de rendimento das famílias.

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