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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para Vox Populi, católicos pobres do Sudeste e Nordeste sustentam ascensão petista


Com o aumento de apoio no Sudeste e no Nordeste – as duas maiores regiões, que reúnem 70,4% do eleitorado nacional -, entre aqueles que ganham até um salário mínimo e no rebanho de católicos praticantes, as intenções de voto na candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) cresceram de 48% para 51%, de acordo com pesquisa do Vox Populi divulgada ontem e realizada entre os dias 15 e 17. José Serra (PSDB), adversário da petista no segundo turno, oscilou dentro da margem de erro, de 1,8 ponto percentual, de 40% para 39%, na comparação entre os dois últimos levantamentos feitos pelo instituto. Na pesquisa anterior, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, uma semana depois do primeiro turno, os indecisos somavam 6%. Agora, são 4%. O número de entrevistados que disseram que anularão ou votarão em branco, em 31 de outubro, manteve-se o mesmo: 6%.

Quando são levadas em conta apenas as intenções de votos válidos, a diferença que era de 8 pontos percentuais (54% a 46%) subiu para 14 (57% a 43%).

Os resultados do Vox Populi indicam que Dilma Rousseff conseguiu estancar a sangria de votos no eleitorado religioso, o que teria sido um dos fatores que a impediram de vencer a corrida ao Planalto já no primeiro turno.

Entre os católicos praticantes, a preferência pela petista subiu de 49% para 54%, enquanto o tucano caiu de 42% para 37%. Entre os evangélicos, Dilma ainda perde para Serra (44% a 42%), mas a diferença diminuiu. No levantamento anterior, que dividia o segmento em dois, a petista tinha uma desvantagem de 6 pontos (46% a 40%) entre os praticantes (que representavam 90% da amostra dos evangélicos) e de 2 pontos (46% a 44%), entre os demais 10% de não praticantes.

A recuperação de Dilma pode ser explicada pela intensa reação da campanha petista, que procurou negar e combater as acusações de que a candidata e seu partido seriam favoráveis à descriminalização do aborto e a outras propostas que encontram resistência no eleitorado religioso, como a união civil de homossexuais e a legalização da prostituição.

Dilma Rousseff chegou a assinar uma carta, na semana passada, comprometendo-se a não mudar a legislação atual. No entanto, ao atender às pressões de líderes religiosos, Dilma perdeu espaço entre os ateus. No segmento dos que dizem não ter religião, a ex-ministra da Casa Civil caiu de 54% para 49%, enquanto Serra cresceu um pouco acima da margem de erro, subindo de 34% para 36%.

No estrato de católicos não praticantes e entre os adeptos de outras religiões (não católicos e não evangélicos), ambos os presidenciáveis aumentaram suas preferências. No primeiro segmento, Dilma passou de 52% para 55%; e Serra, de 35% para 37%. No segundo, a petista avançou mais, de 44% para 48%, enquanto o tucano subiu de 39% para 41%.

A subida de Dilma, segundo o Vox Populi, se deve também à recuperação de terreno na região Sudeste, que concentra 43,4% do eleitorado brasileiro, e no Nordeste, que reúne 27%. No Sudeste, a petista cresceu 5 pontos percentuais, passando de 42% para 47%, e o tucano caiu de 42 para 40%. No Nordeste, a preferência por Dilma aumentou 6 pontos, indo de 59% para 65%, e Serra perdeu 5, declinando de 33% para 28%.

Na Região Sul, única onde o tucano lidera e que agrega 14,9% do eleitorado, os dois presidenciáveis oscilaram muito próximos da margem de erro: Dilma perdeu 1 ponto (de 42% para 41%) e Serra subiu 2 (de 48% para 50%). Nas regiões Norte e Centro-Oeste, tomadas conjuntamente, e que reúnem 14,5% dos eleitores brasileiros, a situação é mais equilibrada. Segundo a nova pesquisa, a petista tem 47% e o tucano, 44%. Na pesquisa anterior, as duas regiões apareceram separadas e ambas apresentavam uma diferença maior entre os dois: 48% a 42%, no Centro-Oeste, e 49% a 41%, no Norte.

Quando se analisam as preferências de acordo com o rendimento dos eleitores, Dilma teve um avanço significativo entre os mais pobres: subiu 8 pontos (de 52% para 61%) no segmento que ganha até um salário mínimo, e Serra perdeu 7 (38% para 31%). A petista também cresceu entre os eleitores com ensino superior (de 37% para 40%), reduzindo a vantagem do tucano, que era de 14 pontos, para 7.

Os resultados do Vox Populi desagradaram de tal maneira o PSDB que o presidente do partido, o senador Sérgio Guerra, convocou uma entrevista coletiva – que se tornou um pronunciamento, já que não foi aberta para perguntas dos repórteres – na sede do comitê de campanha, em São Paulo, para atacar o instituto

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