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sábado, 23 de outubro de 2010

MG: centenas de prefeitos e lideranças aderem à campanha de Dilma


Para uma platéia de prefeitos e vice-prefeitos de 432 cidades mineiras, movimentos sociais e comunidade, a candidata Dilma Rousseff se comprometeu nesta sexta-deira (22) a fazer um governo municipalista. Segundo ela, as parcerias vêm sendo adotadas no governo Lula e serão aprofundadas. Dilma recebeu apoio de lideranças de diversos partidos. Na semana passada, o candidato José Serra tucano reuniu-se em Belo Horizonte com representantes de 450 cidades mineiras. O Estado tem 853 municípios.

A candidata ressaltou que somente a união do governo federal com estados e municípios permite a realização de políticas transformadoras. “É inconcebível que o Brasil seja um país rico com municípios pobres”, destacou, que participou do encontro em Belo Horizonte.

Ela também comparou como é a relação entre o governo Lula com os municípios e como era na gestão do PSDB. “Vocês lembram bem os cães e cassetetes que eram colocados contra os prefeitos e as prefeitas? No nosso governo, eles foram substituídos pelo respeito, pela dignidade no tratamento e sobretudo por um processo republicano de repartição dos recursos”, afirmou.

Para destacar exemplos, Dilma citou o Bolsa Família. “Todas as conquistas do último período não seriam possíveis se não houvesse parceria com os prefeitos. O Bolsa Família é um exemplo disso. O governo federal entra com os recursos e as prefeituras fazem o cadastramento das famílias e o controle se as crianças estão na escola e recebendo as vacinas”, explicou.

Apoio do PV

Durante o ato, Dilma recebeu manifestos de apoio da Associação dos Portadores de Hanseníase, de professores da Universidade Federal de Minas Gerais, do Sindicato dos Professores, dos reitores de Institutos Federais de Educação, de juristas, religiosos, artistas, policiais e das Pastorais de Juventude da Igreja Católica.

Representando o Partido Verde (PV), a prefeita de Natal, Micarla de Souza, e o deputado federal e ex-candidato a governador de Minas Gerais, José Fernando, declararam voto em Dilma no segundo turno. “Quantas injustiças estão fazendo contra você. Mas o povo brasileiro vai fazer justiça. Trago a palavra de muitos companheiros verdes que estão com você”, disse a presidente estadual da sigla. Em seguida, entregou a Dilma um adesivo na cor verde com o número 13 estampado. “Nós continuamos com o sonho de eleger uma presidente mulher. Nós acreditamos em Dilma para tocar o nosso projeto de um Brasil sustentável”, afirmou Micarla, que se elegeu com uma base aliada ao DEM.

“Dilma tem muito mais afinidade com o projeto apresentado por Marina no primeiro turno. É por isso que eu peço para quem votou em Marina, que agora vote em Dilma”, defendeu José Fernando. A prefeita de Capinópolis, Dinair Isaac, filiada ao DEM, e o prefeito de Itamonte, Marquinhos, do PSDB, também manifestaram seu apoio à candidatura de Dilma.

PAC nas cidades

A candidata fez referência também ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Os nossos adversários dizem que o PAC não existe, mas eu tenho certeza que os prefeitos sabem que o PAC existe. Isso porque os projetos foram discutidos junto com os municípios.”

Dilma se comprometeu em concluir as obras em andamento e investir mais em projetos de saneamento, asfaltamento e na construção de seis mil novas creches. Por fim, conclamou os prefeitos e prefeitas a se unirem no esforço de levar o Bolsa Família e o Samu a 100% de cobertura no país.

Mineiridade

Dilma aproveitou a grande acolhida para reforçar suas origens mineiras e apresentou um pacote de benfeitorias aos municípios. No início de seu discurso, a candidata falou do apreço que tem pelo estado onde nasceu e pela capital Belo Horizonte. "Foi aqui que eu iniciei o processo de conscientização da cidadania e aprendi a lutar pela diversidade", disse a candidata, se referindo aos anos em que ingressou no movimento de combate à ditadura. ''Aqui em Minas eu me convenci que um outro Brasil era possível, sem ditatura, democrático, com direito de expressão, comprometido com a liberdade imprensa. Por isso Minas tem na bandeira 'liberdade ainda que tardia''', completou. A candidata ainda se referiu ao estado dizendo que Minas ''é uma ilha cercada de Brasil por todos os lados''.

Esta é a segunda visita de Dilma a Belo Horizonte em menos de uma semana. No último sábado, ela esteve na capital mineira com o presidente Lula, que discursou em favor da afilhada política. As visitas à cidade fazem parte da estratégia da coordenação da campanha do PT, que quer reforçar as origens mineiras de Dilma, de olho nos votos do segundo maior colégio eleitoral do país. Dilma nasceu em Belo Horizonte, apesar de ser radicada no Rio Grande do Sul, mas segundo um levantamento interno do PT, 42% dos mineiros ainda não sabem que a candidata é nascida em Minas.

Uberlândia


À noite, a candidata fez um comício com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

No comício em Uberlândia, Dilma pediu que a militância não aceite provocações na reta final da campanha eleitoral. Embora a campanha do PSDB tente “semear o ódio”, lançando mentiras e calúnias, Dilma afirmou que o Brasil é um país democrático e tolerante, e o brasileiro, um povo trabalhador e pacífico. Ela alertou ainda para as falsas promessas apresentadas por José Serra.

“O meu adversário põe pele de cordeiro e diz que ele representa a continuidade. Vamos lembrar que ele passou oitos anos fazendo a oposição mais ferrenha contra nós. E eu queria avisar vocês que de hoje até o dia da eleição vão tentar criar mentiras, falsidades e calúnias contra minha candidatura”, disse a candidata, no comício.

No palanque ao lado de Dilma, o presidente Lula afirmou que é preciso grandeza quando a derrota está próxima e que a “turma da Dilma” não pode ser acusada de patrocinar agressões contra a campanha adversária.

“A turma da Dilma é a turma da paz, a turma que trabalha, que paga INSS, que sustenta esse país. Por isso, se querem disputar as eleições, tenham a grandeza que eu tive. Eu perdi, mas não fiz nenhuma maracutaia para acusar o adversário”, ressaltou Lula, pedindo uma reflexão sobre o futuro do país.

Segundo ele, mais que uma disputa entre Dilma e José Serra, as eleições de 2010 representam uma disputa entres dois modelos de Brasil. “Eu queria que cada mulher e cada homem de Uberlândia lembrassem perfeitamente bem o que era o Brasil em 2003, quando eu assumi a presidente da República. Como era a vida do aposentado, a vida de quem recebia salário mínimo, a vida do trabalhador que queria emprego, a vida do jovem que queria estudar”, ressaltou Lula.

Meta é ter 2,5 milhões de votos a mais que Serra em MG

Com o mapa dos votos do Estado em mãos, a campanha de Dilma Rousseff trabalha na tentativa de ampliar a vantagem da petista em Minas Gerais no segundo turno em relação ao ex-governador José Serra. A intenção, segundo o vice-presidente do PT-MG, deputado federal Miguel Correa Júnior, é colocar 2,5 milhões de votos à frente do adversário tucano. Para isso, no entanto, terão que conter o tucanato mineiro e, principalmente, a influência do senador eleito Aécio Neves (PSDB), que trabalha pela campanha de Serra no Estado.

Correa Júnior admite que há pontos preocupantes, como as regiões Leste, Centro e Sul do Estado. Com o mapa desenhado da situação no primeiro turno, ele exemplifica os principais obstáculos: "Em Belo Horizonte, por exemplo, onde a Marina Silva (PV) venceu, acho que ganhamos, mas por muito pouco, cerca de 5% de diferença. Já na região metropolitana, onde há bolsões beneficiados com o PAC e o Bolsa Família, acreditamos que a Dilma vai crescer muito".

Para emplacar a diferença pensada pelo comando da campanha em Minas, a concorrente teria que herdar uma boa parte dos votos de Marina. No primeiro turno, Dilma teve 5.067.399 votos no Estado, contra 3.317.872 de Serra - cerca de 1,7 milhões de diferença - e 2.291.502 da senadora verde. Além de não perder eleitores, a petista teria que conquistar outros 800 mil votos para chegar à meta de 2,5 milhões de frente.

Grupo de emergência

Na busca de barrar o efeito de Aécio, um grupo de emergência foi escalado pelo Planalto. Uma das aquisições foi o vice-presidente José Alencar (PRB), que participa de alguns eventos, mas, em função do tratamento constante de saúde, não pode ficar na linha de frente. Assim, o ministro da Articulação Institucional, Alexandre Padilha, tem estado em Minas sistematicamente. A mira: os 853 prefeitos do Estado.

"Quem tem a força nacional para falar com os prefeitos no interior são o presidente Lula, a Dilma e o Padilha. Sem a disponibilidade óbvia dos dois primeiros, Padilha tem atuado muito", afirma Miguel Correa. O ministro, segundo o dirigente petista, aproveita o bom trânsito que tem com prefeitos em todo o País para tentar abrir portas em direção à Dilma Rousseff.

Com agências

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