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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sai pra lá, FMI. O Brasil agora é outro


No "Tijolaço" Brizola Neto

Houve um tempo, quando Serra estava no governo federal, em que o FMI abria boca e o Brasil dizia amém. Não só porque concordava com o receituário do fundo, como era grande devedor e não podia discordar.

Mas nos últimos oito anos, o Brasil não só pagou sua dívida e prescinde do FMI, como passou a emprestar ao fundo. Por isso, soam anacrônicas as recomendações contidas num relatório publicado hoje pelo FMI de restringir os gastos públicos e o crédito.

Parece mais programa econômico do Serra e não serve para a nova realidade do país. Se não tivesse elevado os gastos públicos com seus programas de distribuição de renda e nem aberto o crédito através dos bancos estatais, o Brasil estaria de pires na mão após a crise de 2008/2009, como passou durante os oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, que reapareceu na campanha de Serra, depois de um tempo escondido, mostrando a ligação visceral entre os dois.

Segundo matéria da BBC Brasil, o documento do FMI, chamado Perspectivas Econômicas das Américas, o Brasil deve estar atento para os riscos de superaquecimento da economia, inflação e deterioração das contas externas. É exatamente o discurso do Brasil da roda presa. Segurar os gastos, crescer pouco e que se danem os brasileiros que melhoraram de vida com a política oposta à recomendada pelo fundo.

O melhor é não dar ouvidos ao FMI, como foi feito nos últimos oito anos e seguir com a política de crescimento com distribuição de renda que mudou a face do país. O emprego está em alta, todos os setores da economia estão otimistas e a inflação continua sob controle.

O governo tem sabido combater a entrada excessiva de capital estrangeiro, como voltou a fazer ao elevar novamente a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para quem vem aqui apenas especular sem investir na produção. Como disse Lula, hoje, em Goiás, o Brasil quer se tornar a quinta economia mundial em 2016. “Adoramos americanos e europeus mas gostamos mais de brasileiros e tomamos conta das nossas decisões. O Brasil está determinado a se tornar a 5ª economia mundial até 2016. Esse país não tem mais possibilidade de voltar ao passado. Não tem mais possibilidade de ser um país que pensa pequeno.”

Já foi o tempo em que cada recomendação do FMI era ouvida sem contestação. O Brasil recuperou a sua soberania e sabe tomar suas decisões econômicas. Esse é mais um dos motivos para que os tucanos não voltem jamais ao comando do país. Para eles, o FMI é uma espécie de tribunal e o que ele determina não se discute. Cumpre-se.

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