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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Há dois anos, Brasil começou a vencer a crise internacional


No dia 15 de setembro de 2008, o mundo acordou com uma notícia que mudaria os destinos econômicos de bilhões de pessoas nos anos seguintes. A quebra do banco Lehman Brothers deu início a pior crise financeira mundial desde 1930. Em uma semana, o banco perdeu 77% do seu valor de mercado e abriu uma quebradeira no sistema financeiro internacional sem precedentes da história.

Nesse momento, o governo também mostrou outra forma de gerir crises financeiras. Não seriam mais anunciados pacotes completos, da década de 1990, com forte desaceleração da economia. O presidente e Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciaram medidas pontuais e certeiras, com soluções concretas e eficazes para cada setor da economia. Nada de improviso, como se fazia nos anos dos tucanos no país.

Em outubro, o governo percebeu que o melhor jeito de atravessar a crise mundial e transformá-la numa marolinha seria colocar o pé no acelerador e estimular o mercado interno. Naquele mês, foram liberados créditos adicionais para os produtores rurais, cerca de R$ 5,5 bilhões adicionais ao Plano Safra anunciado tradicionalmente em junho. A construção civil teve acesso a créditos adicionais de R$ 11 bilhões, e o BNDES recebeu uma injeção de R$ 7 bilhões do FGTS só para o setor da infraestrutura.

Em novembro, em mais uma resposta forte, o governo anunciou uma nova ampliação do crédito para as empresas e criou linhas especiais de financiamento de eletrodomésticos pela Caixa Econômica Federal de R$ 2 bilhões. Também são criados estímulos aos exportadores e recursos extras do BNDES para capital de giro de pequenas e médias empresas.

O mês de dezembro foi a vez da retirada do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos e da redução do o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras a prazo e cheque especial. Foi uma renúncia fiscal de mais de R$ 8 bilhões. O Brasil estava preparado para entrar em 2009, acelerando o consumo e reduzindo os efeitos da crise iniciada nos Estados Unidos e que se aprofundou nas economias ricas do continente europeu.

Casa própria

O governo começou o ano de 2009 com novas medidas para garantir que a economia não entrasse em recessão. Em janeiro, o Tesouro Nacional emprestou R$ 100 bilhões ao BNDES . O crédito ficou disponível para todas as empresas, desde que elas se comprometessem a manter os empregos.

Em março, o programa Minha Casa, Minha Vida, elaborado pela então ministra e hoje candidata Dilma Rousseff, é lançado e impulsiona de vez o setor da construção civil no país. O governo subsidia pela primeira vez maciçamente um programa popular de habitação com R$ 34 bilhões para construção de 1 milhão de moradias.

Junto com o programa, o governo amplia a isenção de IPI para o setor da construção civil. Em abril, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reduz novamente o IPI, dessa vez para fogões, geladeiras, máquinas de lavar roupa e outros eletrodomésticos.

Resultados

A gestão da crise financeira internacional provou a competência do governo Lula para administrar o país, mesmo diante das adversidades. Muito diferente dos tempos em que qualquer crise, mesmo em países periféricos, tornava o país vulnerável.

Diferentemente da época do PSDB, o governo fez parte da solução da crise e não do problema. O presidente Lula e sua equipe econômica foram chamados para propor soluções mundiais no G-20.

No ano passado, mesmo com todo o mundo sofrendo com o desemprego e a recessão, o país gerou mais de 1 milhão de empregos formais, a taxa básica de juros caiu abaixo dos 10% ao ano pela primeira vez na história e a inflação se manteve sob controle.

As decisões tomadas pelo governo entre 2008 e 2009 tiveram um grande efeito nesse ano. Enquanto as principais economias mundiais patinam para crescer pifiamente ou sofrem com a recessão e o desemprego, o Brasil cresceu 8,8% no primeiro semestre de 2010, em comparação com 2009. Ficou atrás apenas de China, que crescer 10,3% no período.

Em 2010, já foram criados 1,6 milhão de empregos com carteira assinada e a previsão é que se ultrapasse os 2 milhões de vagas formais.

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